O Elvas defrontou Boavista no Bessa em setembro de 2008 |
Na receção ao Santa
Clara (este domingo, às 11:00) em jogo da 4.ª eliminatória da Taça
de Portugal, O
Elvas Clube Alentejano de Desportos vai defrontar pela sétima vez uma
equipa das ligas profissionais na prova
rainha desde que em 1991 caiu para os campeonatos amadores.
Depois de ter estado 15 anos sem qualquer confronto com equipas da I Divisão ou da II Liga, o histórico emblema alentejano, que somou cinco presenças no primeiro escalão, vai reviver neste fim de semana memórias de tempos cada vez mais distantes, na esperança de ser tomba-gigante.
1991-92: 3.ª eliminatória
Belenenses 1-0 O
Elvas (17 de novembro de 1991)
Recém-despromovido à II Divisão
B, após ter participado na edição inaugural da II
Liga, O
Elvas então orientado por Isidro Beato eliminou o Ermesinde em casa (2-1)
antes de se deslocar a um dos palcos míticos do futebol português, o Estádio do
Restelo, numa altura em que o Belenenses
militavam na II
Liga.A resistência elvense na capital durou até ao minuto 103, quando Gonçalves, que havia substituído Luís Quintas ao intervalo, marcou o golo que deu o apuramento aos azuis.
“Acabou já de noite o mau espetáculo de futebol a que se assistiu ontem no Restelo. (…) [Os do Belenenses] foram realmente jogadores que andaram por ali, a tentar marcar um golo que fosse, sem discernimento, sem concentração. Foi o Belenenses a equipa que ao longo dos 120 minutos mais intenção ofensiva manifestou, mas que raríssimas vezes criou lances de grande perigo para a bem escalonada, e sobretudo consciente, defesa alentejana”, resumiu o Diário de Notícias na edição do dia seguinte.
1992-93: 4.ª eliminatória
Estrela
da Amadora 4-0 O
Elvas (29 de novembro de 1992)
Ainda na II Divisão B, O
Elvas agora orientado por Carlos Cardoso voltou a defrontar para a Taça
uma equipa que viria a subir da II
Liga à I
Liga, neste caso o Estrela
da Amadora de João Alves.Depois de eliminarem Sp. Lamego (4-2) e Mafra (3-2 no jogo de desempate), os elvenses foram goleados na Reboleira por 4-0.
1994-95: 5.ª eliminatória
Após afastar União
de Coimbra, Sesimbra
e Paredes,
O
Elvas comandado por Miluir Macedo, então na II Divisão B, mediu forças com
o Rio
Ave de Jaime Pacheco, então na II
Liga, para a Taça
de Portugal.Na cidade raiana, houve empate a um golo: Sérgio Ribeiro adiantou os vila-condenses aos 51 minutos, mas Juanito empatou a partida na conversão de uma grande penalidade (69’). “Uma partida interessante, com O Elvas e o Rio Ave a não conseguirem desfazer a igualdade a um golo verificada no fim do tempo regulamentar. (…) No prolongamento, O Elvas foi a equipa que mais atacou e Agatão teve duas oportunidades para resolver favoravelmente a eliminatória”, podia ler-se no Jornal de Notícias.
Na altura, em caso de igualdade após os 120 minutos, a decisão era adiada para um jogo de desempate no terreno da equipa que havia jogado como visitante. E assim foi. Em Vila do Conde, a resistência elvense ainda empurrou a decisão para prolongamento, etapa em que Juliano (102’) e Rui Barbosa (113’) marcaram os golos que deram o apuramento aos rioavistas. “O favoritismo rioavista veio a confirmar-se após o prolongamento, pese o seu maior pendor ofensivo. Todavia, a equipa alentejana com a lição bem estudada acabou por tapar bem o caminho para a baliza”, escreveu o Jornal de Notícias.
1995-96: 5.ª eliminatória
O
Elvas 0-1 Vitória
de Guimarães (10 de janeiro de 1996)
Ainda comandado pelo brasileiro Miluir
Macedo, mas já a militar na III Divisão, O
Elvas fez uma grande campanha na Taça
de Portugal, ao eliminar Odemirense (3-2 fora), Lusitano
de Évora (2-0 em casa no jogo de desempate), Lusitano
VRSA (2-1 em casa) e Barreirense
(3-2 fora).Depois, na quinta eliminatória, teve pela frente uma das principais equipas do futebol português, o Vitória de Guimarães, numa fase em que era Manuel Machado que estava a assumir o comando técnico de forma interina.
Os vimaranenses acabaram por apurar-se para a próxima eliminatória, como era de esperar, mas tiveram de suar bastante para bater os alentejanos, uma vez que o golo decisivo de Dane Kuprešanin só surgiu na segunda parte do prolongamento, aos 107 minutos. “Em Elvas, o Vitória de Guimarães suou as estopinhas para bater o clube local, a militar na III Divisão. Os alentejanos baquearam frente aos vimaranenses por 1-0, golo obtido já no prolongamento”, escreveu o Diário de Notícias.
1996-97: 3.ª eliminatória
Moreirense 2-1 O
Elvas (9 de novembro de 1996)
Depois de afastar Padernense (2-1
fora) e Pescadores
(2-0 em casa), O
Elvas de Manuel Henriques teve pela frente o Moreirense,
um clube que na altura militava na II
Liga, dava os primeiros passos nas ligas profissionais e era orientado por
Carlos Garcia.Os minhotos marcaram primeiro, por intermédio de Janovic, aos 33 minutos. À passagem da hora de jogo, um autogolo de Altino empatou a partida (61’). E, quando já cheirava a prolongamento, Armando deu o apuramento à equipa da casa (86’).
“Pode dizer-se, com justa propriedade, que este jogo não foi minimamente uma pera doce para o Moreirense, perante uma equipa de dois escalões inferiores. É que O Elvas, que milita na III Divisão Nacional, foi uma equipa que fez um futebol aberto e que usufruiu, aos 28 minutos, da primeira oportunidade para abrir o ativo”, podia ler-se no Jornal de Notícias.
2008-09: 2.ª eliminatória
12 anos depois, O
Elvas voltou a medir forças frente a uma equipa das ligas profissionais.
Desta feita, a equipa então comandada por Luís Roquete defrontar o Boavista
de Rui Bento, que tinha acabado de ser despromovido à II
Liga na sequência do caso Apito Dourado.Após afastar o Benfica Castelo Branco na Beira Baixa (2-0), o conjunto alentejano foi derrotado no Bessa por 2-0, com Ivan Santos (43 minutos) e Pedro Moreira (87’) a marcarem os golos dos axadrezados.
“A conclusão a que se chega depois de ver um Boavista-O Elvas, a contar para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, é que, realmente, vale a pena andar na escola para depois encarar os grandes desafios com tranquilidade. Ivan Santos e Pedro Moreira, formados no Boavista, já contratados, respetivamente, por Benfica e FC Porto, deram o exemplo. (…) Para quem trabalha de manhã e treina ao fim da tarde, os alentejanos deram uma excelente réplica, mas acabou por ser dominada por um Boavista naturalmente mais forte”, escreveu o jornal O Jogo.
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