terça-feira, 18 de novembro de 2025

O campeão europeu pelo Real Madrid que não vingou no Benfica. Quem se lembra de Júlio César?

Júlio César chegou à Luz um ano após ter vencido a Liga dos Campeões
Foi maioritariamente titular no Real Madrid campeão europeu de 1999-00, passou pelo AC Milan e tinha fama de ser um central que saía bem a jogar, mas não confirmou no Benfica as credenciais que lhe eram atribuídas.
 
Júlio César Santos Correa nasceu a 18 de novembro de 1978 em São Luís do Maranhão, no Brasil, mas sempre foi pouco conhecido no seu país, onde nunca chegou a jogar. Após passar pelas camadas jovens dos mexicanos do América, estreou-se como futebolista profissional nos hondurenhos do Marathón, de onde saiu aos 17 anos para os espanhóis do Valladolid, em 1996.
 
Deu-se bem nos pucelanos, ao ponto de ter contribuído para um honroso 7.º lugar na liga espanhola em 1996-97, que valeu o apuramento para a Taça UEFA, e para classificações a meio da tabela nas duas épocas que se seguiram.
 
O salto para um emblema de maior dimensão tornou-se inevitável e veio a acontecer no verão de 1999, quando assinou pelo Real Madrid. Apesar da concorrência de nomes como Helguera, Hierro, Karanka, Iván Campo ou Sanchís, beneficiou de um sistema tático de três centrais para ser muito utilizado por John Toshack e depois Vicente del Bosque. Nessa primeira época de ligação aos merengues, atuou em 32 jogos oficiais, nove dos quais na campanha que culminou na conquista da oitava Liga dos Campeões do clube.
 
Na temporada seguinte, Del Bosque apostou num sistema com quatro defesas e Júlio César perdeu espaço. Ainda iniciou 2000-01 no Santiago Bernabéu, mas foi emprestado durante dois meses ao AC Milan antes de regressar a Espanha para representar a Real Sociedad, numa altura em que ainda era possível jogar por três clubes numa temporada.
 
Na época seguinte foi cedido ao Benfica, surpreendendo a imprensa portuguesa com respostas em… castelhano, sintomático dos muitos anos passados em países hispânicos. Desportivamente foi de mais a menos. Começou como titular no eixo defensivo ao lado de Argel, ainda com Toni no comando técnico, mas lá mais para a frente João Manuel Pinto roubou-lhe a titularidade, já com Jesualdo Ferreira ao leme. Atuou em 21 jogos (20 a titular) entre I Liga e Taça de Portugal, tendo apontado três golos, curiosamente dois deles no mesmo encontro, numa vitória tangencial sobre o Alverca na Luz (3-2) – o outro foi numa goleada ao Salgueiros em Paranhos (4-1).
 
 
Entretanto terminou a ligação contratual ao Real Madrid e prosseguiu a sua aventura como globetrotter. Foi campeão austríaco pelo Áustria Viena (2002-03) e bicampeão grego pelo Olympiacos (2006-07 e 2007-08), venceu troféus também pelos mexicanos do Tigres e pelos norte-americanos do Sporting Kansas City e passou ainda por Inglaterra (Bolton), Roménia (Dínamo Bucareste) e Turquia (Gaziantepspor) antes de terminar a carreira no Canadá (Toronto FC) em 2013. Pelo meio voltou ao Valladolid e assinou contrato pelo Marítimo durante a época 2010-11, mas não chegou a estrear-se pelos madeirenses.
 
 
Em 2019 iniciou a carreira de treinador, tendo já trabalhado em Espanha, na Ucrânia e no México.



 
 




  

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