Sintrense é presença assídua nos campeonatos nacionais |
Em vésperas de receber o FC
Porto (sexta-feira, 18.45) em jogo da 3.ª eliminatória da Taça
de Portugal, o Sport
União Sintrense vai defrontar pela sexta vez uma equipa da I
Divisão na prova rainha.
Curiosamente, nas cinco ocasiões
anteriores, três dos adversários do emblema
de Sintra atingiram a final da competição, sendo que dois acabaram mesmo
por erguer o troféu em pleno Estádio Nacional, no Jamor.
Embora seja presença assídua nos
campeonatos nacionais, desde 1988-89 que o Sintrense
não mede forças na Taça
com um oponente primodivisionário.
Vale por isso a pena recordar os
cinco confrontos anteriores entre a formação amarela e azul e clubes da I
Divisão na Taça
de Portugal.
1964-65: 32 avos de final
Numa época em que o Sintrense
se estreava na II Divisão Nacional, apanhou pela primeira vez na Taça
de Portugal uma equipa primodivisionária, neste caso o Sp.
Braga.
Na primeira-mão, no Estádio 28 de Maio, que cerca de uma década depois se
passaria a chamar Estádio Municipal 1º de Maio, os bracarenses
receberam e golearam a formação
de Sintra por 5-1, num encontro em que os Palmeira (dois), Bino, Teixeira e
Morais marcaram para os arsenalistas
e Sérgio para os visitantes.
No entanto, uma semana depois os minhotos
foram derrotados no Campo Manuel Soares Barreto por 1-2.
Nessa edição da prova, o Sp.
Braga viria a atingir pela primeira vez as meias-finais.
1966-67: 16 avos de final
1ª mão: Vitória
de Setúbal 3-0 Sintrense
(15 de janeiro de 1967)
Após ter afastado o Luso Barreiro na primeira eliminatória, o Sintrense
apanhou pela frente um Vitória
de Setúbal que nas duas épocas anteriores tinha atingido a final da Taça
de Portugal e que inclusivamente tinha conquistado o troféu em 1965.
Sem surpresa, os sadinos
ultrapassaram a formação
de Sintra, depois de terem vencido por 3-0 no Bonfim
e por 2-1 no terreno do adversário.
Ainda assim, o Sintrense
aproveitou o fator casa para fazer a vida negra aos setubalenses,
que viriam a conquistar a sua segunda Taça
de Portugal nessa temporada. “Sentimos algumas dificuldades no Sintrense,
pois o campo era pelado e mais pequeno que o normal. E eles fizeram das tripas
coração. Eram da II Divisão”, recordou Fernando
Tomé, em declarações proferidas ao jornal O
Setubalense.
1967-68: 16 avos de final
1ª mão: Belenenses
3-0 Sintrense
(21 de janeiro de 1968)
2ª mão: Sintrense
1-2 Belenenses
(28 de janeiro de 1968)
Pela segunda época consecutiva, o Sintrense
defrontava uma equipa da I
Divisão nos 16 avos de final, desta feita o Belenenses,
um clube que nessa altura já contava no palmarés com um título nacional e duas Taças
de Portugal.
Tal como nas ocasiões anteriores, prevaleceu a lei do mais forte, com
vitórias dos azuis
tanto no Restelo (3-0) como em Sintra (2-1).
Na eliminatória anterior, o Sintrense
tinha afastado o Tramagal. Já o emblema
da Cruz de Cristo haveria de chegar aos quartos de final da Taça.
1971-72: oitavos de final
Após afastar Nazarenos, Portimonense,
Sp. Espinho e Sp. Bissau nas rondas anteriores, o Sintrense
chegou pela segunda vez aos oitavos de final da Taça
de Portugal e teve direito a visitar um dos maiores palcos do futebol
nacional, o velhinho Estádio José Alvalade.
Perante um Sporting
onde pontificavam nomes como Vítor Damas, Hilário e Hector Yazalde, a formação
de Sintra foi derrotada por três bolas a zero, com golos de Fernando Peres
(25 minutos, de grande penalidade), Nélson Fernandes (27’) e Dinis (45’).
Os leões
haveriam de chegar à final da Taça
de Portugal, onde foram derrotados pelo rival Benfica.
1988-89: 64 avos de final
Sintrense
0-3 Belenenses
(1 de novembro de 1988)
Cerca de duas décadas depois, Sintrense
e Belenenses
voltaram a medir forças na Taça
de Portugal, numa altura em que a turma
de Sintra militava na III Divisão Nacional e a de
Belém vivia a melhor fase no pós-Matateu, apesar de ter passado pela II
Divisão na década de 1980.
A resistência do Sintrense
durou toda a primeira parte e 17 minutos da segunda. Depois os azuis
do Restelo construíram uma vitória folgada, com golos de Jaime das Mercês (62
minutos), Paulo Sérgio (83’) e Chiquinho Conde (84’).
“O Sintrense
adiou enquanto pôde e as forças lhe permitiram – num encontro marcado pela
diferença de valores técnicos e capacidades físicas – a derrota sofrida no
segundo tempo, quase de rompante, frente a um Belenenses
astuto e com outras soluções para alterar um resultado que parecia querer
persistir muito para além dos 62 minutos”, escreveu o jornalista Bertolino de
Carvalho na edição do dia seguinte do Diário
de Notícias.
O emblema
da Cruz de Cristo, então orientado pelo inglês John Mortimore, haveria de
conquistar a Taça
nessa temporada.
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