Dez jogadores que ficaram na história do Oleiros |
Fundada a 10 de outubro de 1976,
a Associação Recreativa e Cultural de Oleiros tem vivido o seu período áureo já
em pleno século XXI, quando somou seis participações no Campeonato
de Portugal e sete na Taça
de Portugal.
Embora sem qualquer título da
Associação de Futebol de Castelo Branco no palmarés, o emblema oleirense
beneficiou do facto de campeão de 2015-16, o Sp.
Covilhã B, não poder subir aos patamares nacionais para, como segundo
classificado, ser promovido ao anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores.
A ARCO conseguiu estabilizar na
prova sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol durante meia dúzia de
anos, acabando por ser despromovida em 2022 não devido a falta de mérito desportivo,
mas na secretaria, uma vez que foi excluída administrativamente da edição de
2022-23 por não cumprir o então recém-implementado requisito de ser uma
entidade formadora com certificação de três estrelas. Depois dessa decisão
federativa o clube decidiu suspender o futebol sénior.
Paralelamente, a formação da
Beira Baixa conquistou a Taça de Honra AFCB em 2015-16 e chegou à 3.ª
eliminatória da Taça
de Portugal em 2017-18 e 2020-21. Na primeira ocasião foi eliminada pelo Sporting,
mas deu boa réplica (2-4), na segunda arrastou uma igualdade a zero com o Gil
Vicente até ao desempate por grandes penalidades.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Oleiros no Campeonato
de Portugal.
10. Fábio Gaião (42 jogos)
Fábio Gaião |
Defesa central da Amora, concelho
do Seixal, fez a maior parte da formação no Amora,
mas que teve uma passagem pelos infantis do Benfica
e pelos juniores do Desp.
Chaves, passou pelos seniores do próprio Amora,
Coruchense
e Gafetense
antes de ingressar no Oleiros no verão de 2018.
Em época e meia no emblema da
Beira Baixa amealhou 42 jogos (38 a titular) no Campeonato
de Portugal, ajudando o conjunto oleirense a manter-se nos patamares
nacionais.
“A ARCO é um clube humilde, mas
cumpridor. É um clube de uma terra pequena, mas com gente muito acolhedora e
que gosta do clube e apoia sempre ao máximo. É um bom clube para jogadores
jovens progredirem na carreira pois aqui o foco é quase só exclusivo no
futebol. Na qual estou grato pela oportunidade que me deram de poder vestir
esta camisola durante duas épocas”, afirmou ao portal Futebol
Épico em novembro de 2019.
Em novembro de 2019 mudou-se para
o Fabril.
9. Jackson (44 jogos)
Jackson |
Ponta de lança brasileiro
proveniente do América Pernambucano, assinou pelo Oleiros no verão de 2016.
Em duas temporadas no emblema da
Beira Baixa amealhou 44 partidas (38 a titular) e 16 remates certeiros no Campeonato
de Portugal, registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na
competição. Paralelamente, marcou um golo ao Sporting
na eliminatória da Taça
de Portugal disputada em casa em outubro de 2017.
Após essas duas épocas
transferiu-se para o Sport de Recife.
8. Leandro Santos (53 jogos)
Leandro Santos |
Médio natural de Cernache do
Bonjardim, concelho da Sertã, representou Vitória
de Sernache e Sertanense antes de se juntar ao irmão Rui Velho no plantel
do Oleiros em 2016-17.
Em duas temporadas no emblema da
Beira Baixa totalizou 53 encontros (44 a titular) e um golo (à Naval, em
dezembro de 2016) no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais.
Paralelamente, atuou 45 minutos na eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting
em outubro de 2017.
No verão de 2018 voltou ao Vitória
de Sernache.
7. André Farinha (54 jogos)
André Farinha |
Lateral/extremo direito natural
de Évora e que jogou nas camadas jovens do Sporting
ao longo de cinco temporadas, concluiu a formação no Lusitano
de Évora e passou pelo Gibraltar United antes de ingressar no Oleiros no
verão de 2018.
Em duas épocas no emblema da
Beira Baixa somou um total de 54 partidas (52 a titular) e quatro golos no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais.
“Oleiros é uma etapa importante
na minha ainda curta carreira”, afirmou ao portal Reconquista
em abril de 2020, meses antes de se transferir para a Académica,
clube pelo qual não chegou a jogar.
6. Michael Santos (55 jogos)
Michael Santos |
Médio brasileiro de
características ofensivas há largos anos em Portugal, nomeadamente na região
centro, passou por clubes como Carapinheirense,
Académica
B e Mortágua
antes de assinar pelo Oleiros no verão de 2018.
Em duas temporadas no emblema do
distrito de Castelo Branco amealhou 55 encontros (33 a titular) e um golo (ao
Anadia, em maio de 2019) no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais.
No verão de 2020 regressou ao Carapinheirense.
5. Dentinho (56 jogos)
Dentinho |
Avançado brasileiro proveniente
do América Pernambucano tal como Jackson, chegou pela primeira vez ao Oleiros
nos derradeiros meses de 2016.
Em pouco mais de ano e meio
totalizou 45 partidas (29 a titular) e 12 golos no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais.
Paralelamente, atuou 45 minutos na eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting
em outubro de 2017.
No verão de 2018 mudou-se para o
Sport de Recife na companhia de Jackson, mas voltou ao emblema da Beira Baixa
um ano depois para atuar em 11 jogos (cinco a titular) no anteriormente
denominado Campeonato
Nacional de Seniores até janeiro de 2020, quando se transferiu para o
Tocha, dos distritais da AF Coimbra.
4. Ivan Fidalgo (57 jogos)
Ivan Fidalgo |
Extremo natural de Coimbra e com
passagem pelas camadas jovens da Académica,
passou pelos seniores de Anadia, Pampilhosa,
Sertanense e Mafra
antes de ingressar no Oleiros no verão de 2017.
Em duas temporadas no emblema da
Beira Baixa amealhou 57 encontros (49 a titular) e 12 remates certeiros no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais,
marcando mesmo o golo que garantiu a permanência na época 2017-18, diante do Mortágua,
fora, aos 85 minutos. Paralelamente, atuou os 90 minutos da eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting
em outubro de 2017.
Passados esses dois anos,
transferiu-se para o Recreio
de Águeda.
3. Jimmy (71 jogos)
Jimmy |
Médio internacional cabo-verdiano
de características defensivas, jogou nas ligas profissionais ao serviço de
União da Madeira, Académica
e Santa
Clara e passou ainda pelo Marinhense antes de assinar pelo Oleiros em
janeiro de 2018.
Em pouco mais de dois anos no
emblema do distrito de Castelo Branco totalizou 71 encontros (67 a titular) e
seis golos no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais.
No verão de 2020 transferiu-se
para o Valadares Gaia.
2. Guilherme Campos (84 jogos)
Guilherme Campos |
Mais um futebolista brasileiro,
desta vez um jogador polivalente, capaz de atuar como defesa central ou médio
defensivo. Após surgir em Portugal para atuar pelos juniores do União
de Coimbra em 2013-14, passou três anos no Carapinheirense
antes de assinar pelo Oleiros no verão de 2017.
Em três temporadas no emblema da
Beira Baixa amealhou 84 encontros (74 a titular) e dois golos no Campeonato
de Portugal, ajudando a consolidar a equipa nos patamares nacionais. Paralelamente,
atuou 45 minutos na eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting
em outubro de 2017.
No verão de 2020 transferiu-se
para o Benfica
Castelo Branco.
1. Tiago Gomes (115 jogos)
Tiago Gomes |
Defesa central natural de Castelo
Branco, concluiu a formação no Benfica
local e passou ainda por Penelense e Sourense antes de ingressar no Oleiros
em 2015-16.
Na primeira época no clube conquistou
a Taça de Honra AF Castelo Branco e contribuiu para a promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que totalizou 115 partidas (todas como titular) e
cinco golos entre 2016 e 2020, ajudando a consolidar a equipa oleirense nos
patamares nacionais. Paralelamente, atuou os 90 minutos na eliminatória da Taça
de Portugal diante do Sporting
em outubro de 2017.
No verão de 2020 transferiu-se
para o Pampilhosa.
“Termina a minha ligação à Associação Recreativa e Cultural de Oleiros. Foi o
fechar de um capítulo de cinco anos que para sempre marcará grande parte da
minha carreira futebolística. Levo daqui um prazer enorme de ter feito parte da
história, conquistas e progresso deste clube, assim como estarei eternamente
grato pelo subsequente desenvolvimento profissional e pessoal que aqui me foi
proporcionado. Mais importante ainda são as amizades e relações pessoais que
tive o prazer de criar com pessoas com qualidades humanas extraordinárias que
de alguma forma estiveram ligadas a esta instituição na última meia década. Desejo
o maior sucesso à ARC Oleiros! Continuaremos a fazer história, agora separadamente!”,
escreveu no Facebook
aquando da despedida.
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