Dez jogadores marcantes na história do Tirsense |
Fundado a 5 de janeiro de 1938, o
Futebol
Clube Tirsense teve várias denominações antes de assumir a atual, tendo
somado a primeira de oito presenças na I
Divisão em 1967-68. Porém, foi na década de 1990 que teve mais
protagonismo, tendo nessa altura alcançado a melhor classificação de sempre da
sua história, o 8.º lugar em 1994-95.
Um dos clubes mais
representativos do concelho de Santo Tirso, a par do Desportivo
das Aves, o emblema
jesuíta tem no palmarés um título nacional da II Divisão (1969-70) e um da II
Liga (1993-94).
Em termos de Taça
de Portugal, o melhor que conseguiu foi atingir as meias-finais em 1970-71,
tendo ainda chegado aos quartos de final em 1969-70, 1989-90 e 1990-91.
Depois do período áureo nos anos
1990, o Tirsense
sofreu uma queda abrupta até aos distritais da AF
Porto, tendo procurado recuperar algum ímpeto na segunda década do século
XXI, quando participaram na antiga II Divisão B e agora no Campeonato
de Portugal.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo emblema
de Santo Tirso na I
Divisão.
10. Silvinho (67 jogos)
Silvinho |
Extremo esquerdo internacional pelas seleções jovens brasileiras, entrou
no futebol português pela porta do Sporting
em 1986-87, tendo ainda passado pelo Vitória
de Guimarães antes de ingressar no Tirsense
no verão de 1990.
Na primeira temporada em Santo Tirso atuou em 34 partidas (32 a titular)
na I
Divisão e apontou sete golos, diante de Desp.
Chaves, Beira-Mar, Belenenses,
Estrela
da Amadora, Nacional,
Famalicão
e Farense,
ainda assim insuficientes para evitar a despromoção, numa temporada em que os jesuítas
até fizeram boa figura na Taça
de Portugal, tendo atingido os quartos de final.
Em 1991-92 contribuiu para a promoção ao primeiro
escalão, patamar em que na época seguinte participou em 33 jogos (23 a
titular) e faturou por quatro vezes, frente a Benfica,
Marítimo, Salgueiros
e FC
Porto, ajudando a assegurar a permanência.
No verão de 1993 transferiu-se para o Nacional.
9. Sérgio Abreu (67 jogos)
Central nascido na cidade francesa de Bezons, concluiu a formação e
iniciou o seu percurso como sénior no Fafe,
de onde saiu para o Tirsense
durante o verão de 1989. “Fui pela mão do Professor Neca, que já tinha sido meu
treinador no Fafe.
A adaptação foi fácil. Era um clube igual ao Fafe,
com boas condições para um clube que tinha subido naquele ano e que cumpria com
tudo que prometia aos seus jogadores, o que naquela altura era como ponto de
honra e facilitava. Tínhamos um grupo muito unido com bons jogadores como:
Lúcio, Louro, Zé Maria, Eusébio, Quim (ex-FC
Porto). Nessa época fui o melhor marcador da equipa, juntamente com o
avançado Alain (ex-Beira-Mar), com três golos cada e ainda fui eleito pelos
sócios do Tirsense,
como a revelação do clube”, recordou, numa entrevista publicada em novembro de 2013.
Em duas temporadas ao serviço dos jesuítas
amealhou 67 partidas (64 a titular) e três golos na I
Divisão, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II
Liga em 1990-91, uma época em que o emblema
de Santo Tirso chegou aos quartos de final da Taça
de Portugal pela segunda vez consecutiva.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Sp.
Braga.
8. Ernesto (73 jogos)
Ernesto |
Médio proveniente do FC
Porto, reforçou o Tirsense
na estreia do clube na I
Divisão, em 1967-68, tendo atuado em 18 jogos e marcado um golo ao Belenenses
nessa época que culminou na descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu no clube e em 1969-70 sagrou-se campeão
nacional da II Divisão e contribuiu para a consequente subida ao primeiro
escalão, patamar em que amealhou 55 partidas (sempre a titular) e um golo
(ao Varzim, em março de 1971) ao longo de duas épocas. Em 1970-71 contribuiu
para a caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal, mas na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para
evitar a descida de divisão.
Após a despromoção, em 1972, transferiu-se para o Vitória
de Guimarães.
7. Cristóvão (79 jogos)
Cristóvão |
Mais um jogador proveniente do FC
Porto, neste caso um defesa central que trocou os azuis
e brancos pelo Tirsense
em 1961 e que esteve na primeira subida dos jesuítas
à I
Divisão, em 1967.
Na época de estreia do emblema
de Santo Tirso no primeiro
escalão, Cristóvão atuou em 25 partidas e mostrou-se impotente para evitar
a descida de divisão.
Porém, permaneceu no clube após a despromoção e haveria de festejar a
conquista do título nacional da II Divisão e consequente promoção ao patamar
maior do futebol português em 1969-70.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 54 partidas (sempre a
titular) e marcou um golo (ao Atlético,
em março de 1972) na I
Divisão. Em 1970-71 contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal, mas na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para
impedir nova descida de divisão.
Após nova despromoção, este defesa permaneceu no Tirsense
durante mais três anos, até 1975.
6. Jorge (83 jogos)
Jorge Silva |
Defesa nascido em Paços de Ferreira, iniciou a carreira no clube
local, tendo cortado o cordão umbilical em 1987, precisamente quando se
mudou para o Tirsense.
Na segunda época em Santo Tirso contribuiu para a promoção à I
Divisão, patamar em que amealhou 61 partidas (todos como titular) e dois
golos entre 1989 e 1991, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II
Liga em 1990-91, uma época em que o emblema
de Santo Tirso chegou aos quartos de final da Taça
de Portugal pela segunda vez consecutiva.
Porém, permaneceu no clube e em 1991-92 festejou nova subida de divisão.
Na época seguinte atuou em 12 jogos (10 a titular) no primeiro
escalão, mas voltou a ser despromovido.
Contudo, em 1993-94 comemorou a terceira promoção com a camisola dos jesuítas,
tendo nas duas temporadas que se seguiram totalizado dez partidas (quatro a
titular) na I
Divisão. Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação
da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se
impotente para evitar a descida de divisão.
5. Batista (87 jogos)
Na primeira época em Santo Tirso alcançou a promoção à I
Divisão, patamar em que em 1992-93 atuou em 26 partidas (sempre a titular)
e apontou dois golos, diante de FC
Porto e Desp.
Chaves, ainda assim insuficientes para evitar a descida de divisão.
Em 1993-94 sagrou-se campeão da II
Liga e nas duas temporadas que se seguiram amealhou 61 encontros (todos
como titular) e faturou por seis vezes. Se em 1994-95 contribuiu para a
obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época
seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, a jogar na II
Liga, não conseguindo impedir a descida à II Divisão B.
4. Rui Manuel (89 jogos)
Na primeira época em Santo Tirso contribuiu para a promoção ao primeiro
escalão, patamar em que em 1992-93 atuou em 32 partidas (31 a titular) e
apontou dois golos, diante de Vitória
de Guimarães e Famalicão,
ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Na temporada que se seguiu sagrou-se campeão da II
Liga e ajudou os jesuítas
a regressarem à I
Divisão, competição em que amealhou 57 jogos (55 a titular) e três golos
entre 1994 e 1996. Se em 1994-95
contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º
lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de
divisão.
Após a despromoção permaneceu no clube durante mais cinco anos, até 2001,
tendo vivenciado as descidas à II Divisão B em 1997, à III Divisão em 1998 e
aos distritais da AF
Porto em 1999, assim como a subida à III Divisão em 2000.
3. Tozé (89 jogos)
Já em 1993-94 sagrou-se campeão da II
Liga e, consequentemente, contribuiu para o regresso ao primeiro
escalão, patamar em que entre 1994 e 1996 amealhou 61 encontros (57 a
titular) e um golo (à União
de Leiria, em dezembro de 1994). Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção
da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte
voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após nova despromoção transferiu-se para o Leça.
2. Eusébio (97 jogos)
Eusébio |
Médio nascido em Santo Tirso, concluiu a formação e iniciou o seu
percurso enquanto sénior no Tirsense,
tendo transitado para a equipa principal em 1985-86, na altura para competir na
II Divisão Nacional.
Em 1988-89 contribuiu para a
promoção à I
Divisão e nas duas épocas que se seguiram amealhou 67 jogos (60 a titular)
e quatro golos no primeiro
escalão. Em ambas as temporadas ajudou os jesuítas
a chegar aos quartos de final da Taça
de Portugal, mas em 1990-91 mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão
transferiu-se para o Sp.
Braga, tendo ainda passado pelo Beira-Mar antes de regressar ao Tirsense
em 1995-96, época em que atuou em 30 partidas (todas como titular) e apontou
dois golos, diante de Farense
e Felgueiras,
ainda assim insuficientes para evitar nova despromoção.
A seguir a mais uma descida de
divisão regressou ao Beira-Mar, clube pelo qual viria a conquistar uma Taça
de Portugal.
Haveria de voltar o Tirsense
em 2001-02, na última época da carreira, para jogar na III Divisão.
1. Caetano (120 jogos)
Caetano |
Extremo de baixa estatura (1,62 m) natural de Penafiel e formado no clube
da terra e no FC
Porto, jogou quatro épocas na equipa principal dos durienses
e uma na dos dragões
antes de ingressar no Tirsense
durante o verão de 1990.
Em Santo Tirso relançou a
carreira, tendo na primeira época no clube participado em 31 jogos (27 a
titular) na I
Divisão e apontado seis golos, diante de Boavista,
Vitória
de Guimarães, Nacional,
Sp.
Braga, Farense
e Marítimo, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção. Ainda assim,
nessa temporada contribuiu para a caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal.
Em 1991-92 ajudou os jesuítas
a subir ao primeiro
escalão, patamar em que na época que se seguiu atuou em 27 partidas (todas
como titular) e faturou por três vezes, frente a Sp.
Braga, Boavista
e Estoril,
mas novamente sem conseguir evitar a despromoção.
Contudo, em 1993-94 sagrou-se
campeão nacional da II
Liga, conseguindo mais uma subida à I
Divisão, competição em que totalizou 62 encontros (sempre a titular) e sete
golos entre 1994 e 1996, tendo pelo meio conseguido tornar-se internacional A
por Portugal (por duas vezes, ambas em janeiro de 1995). Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da
melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte
voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
No verão de 1996 transferiu-se
para o Sp. Espinho, clube em que encerrou a carreira.
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