Vitória de Setúbal procura sucessor para Alexandre Santana |
Questionado sobre o perfil do
próximo treinador do Vitória
de Setúbal, o novo investidor da SAD sadina
Hugo Pinto avançou ao jornal O
Setubalense que “vai ser alguém com experiência de ligas
profissionais”. “Procuramos alguém que tenha a capacidade de agarrar na equipa
e nos nossos jovens e potenciá-los”, prosseguiu. A estes, dá para acrescentar
um último requisito: um técnico com disposição para trabalhar na Liga 3, por
muito grande que seja a dimensão do emblema
vitoriano.
Tiago Fernandes |
Se tivermos em conta que um dos
administradores da SAD é Francis Obikwelu, que certamente durante as últimas
décadas terá estado mais atento ao que passava no seio do Sporting
do que em outro clube, um nome que vem à cabeça é o de Tiago Fernandes.
Filho do antigo jogador e
treinador de leões
e sadinos,
Manuel
Fernandes, tem no Vitória
um clube que lhe diz muito, uma vez que, além do passado do pai, representou a
equipa B vitoriana
em 2006-07, foi adjunto do progenitor na equipa principal dos setubalenses
em 2009-10 e 2010-11, fez a sua licenciatura em Desporto na Escola
Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal e é um homem do
distrito.
Além de nos últimos anos ter
dirigido várias equipas nas ligas profissionais, como Sporting
(ainda que interinamente) e Desp.
Chaves na I
Liga e Estoril
e Leixões
na II
Liga, trabalhou durante cerca de sete anos na formação
leonina, tendo conquistado o título nacional de juniores em 2016-17. Pelas
suas mãos passaram e evoluíram futebolistas como Tiago Djaló, Romário Baró,
Gonçalo Inácio, Félix Correia, Jovane Cabral, Rafael Leão, Luís Maximiano,
Demiral, Thierry Correia e Daniel
Bragança, assim como os vitorianos
Josué Duverger e André
Pedrosa.
Tendo em conta que saiu das suas
últimas três experiências na mó de baixo e que ainda não se afirmou como
treinador de seniores, poderá ver no projeto do Vitória
a possibilidade de relançar a carreira.
João Tralhão |
Outro nome a ter em conta, ainda
que sem qualquer ligação ao Vitória,
é o de João Tralhão.
Sem clube após ter saído em março
do Vilafranquense
com cinco pontos de vantagem sobre a primeira equipa em zona de despromoção à
Liga 3, trabalhou durante quase duas décadas na formação do Benfica
e no último ano e meio foi adjunto de Thierry Henry no Mónaco
e assumiu o comando técnico do conjunto
Vila Franca de Xira na II
Liga.
Pelas suas mãos passaram jogadores
como Florentino, João
Félix, Gedson, Jota,
Rúben Dias, Ferro, Renato
Sanches, Gonçalo Guedes, João Cancelo, Lindelof, Bruno Gaspar, André Gomes,
Nuno Tavares, Gonçalo Ramos e os ex-vitorianos
Berto, Fábio Cardoso, João
Carvalho, Frederico
Venâncio e João Teixeira, o que é um cartão de visita invejável.
Aos 40 anos, poderá acrescentar know how à estrutura de futebol dos sadinos
e capacidade para atrair jogadores de qualidade que, por uma razão ou por
outra, ainda necessitem de uma boa oportunidade para dar o salto para a
alta-roda.
Emanuel Ferro |
Uma hipótese mais rebuscada, não
só pela falta de experiência como treinador principal de uma equipa sénior como
pela provável falta de disponibilidade em abandonar o projeto em que se insere,
é Emanuel Ferro. Homem com grande
ligação à cidade de Setúbal, legalmente tem sido o treinador principal do Sporting
no último ano e meio, mas na prática é adjunto de Rúben
Amorim, após já o ter sido de Silas.
Desde 2015-16 no emblema
leonino, percorreu os escalões de sub-14, sub-23, equipa B e equipa
principal, já depois de ter trabalhado nas camadas jovens de Palmelense
e Benfica
e de ter sido coordenador da formação do CIF e dos tunisinos do Espérance de
Tunis.
Pelas suas mãos passaram jogadores
como Roderick, David Simão, Diogo Figueiras, Nélson Oliveira, Demiral, Rafael
Leão, Jovane Cabral, Luís Maximiano, Gonçalo Inácio, Thierry Correia, Daniel
Bragança, Matheus Nunes, Nuno Mendes e Tiago Tomás.
Alexandre Santos |
Outro treinador para ter em consideração
é Alexandre Santos, antigo adjunto
de José
Peseiro na seleção da Arábia Saudita, no Sp.
Braga e em vários clubes do Médio Oriente e antigo adjunto de Daúto Faquirá
no Estoril,
no Estrela
da Amadora e no próprio Vitória
de Setúbal.
Além da experiência adquirida nas
ligas profissionais enquanto adjunto, já dirigiu uma equipa na II
Liga, o Real
SC, em 2017-18. Embora tivesse pegado na equipa estando esta praticamente
condenada à despromoção, somou 15 pontos em 17 jogos, depois de o seu
antecessor ter amealhado 17 em 21. Nessa temporada orientou Carlos Vinícius,
que presentemente pertence aos quadros do Benfica.
Paralelamente, orientou os
juniores do Alverca
entre 2002 e 2005 e os sub-23 do Estoril
e do Sporting
em 2018-19, tendo contribuído para a evolução de jogadores como Luís Maximiano,
Tiago Djaló, Daniel
Bragança e Matheus Nunes.
Entre janeiro de 2020 e janeiro
de 2021 comandou a equipa principal do Alverca
no Campeonato
de Portugal, tendo totalizado 15 vitórias, dois empates e quatro derrotas
em 21 encontros na prova, mantendo os ribatejanos
sempre na luta por um lugar de acesso à II
Liga.
Leonel Pontes |
Por último, mais um nome com que
Francis Obikwelu deverá estar plenamente identificado devido aos em que
trabalhou no Sporting:
Leonel Pontes.
Depois de ter estado mais de uma
década ligado ao emblema
leonino como treinador das camadas jovens, adjunto da equipa B, dos
juniores e da equipa principal, coadjuvou Paulo Bento na seleção principal, orientou
a equipa principal do Marítimo, passou por Grécia, Egito, Hungria e Espanha
antes de voltar ao clube
de Alvalade em 2019-20 para comandar os sub-23.
Ao longo dessa temporada, lapidou
talentos como Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Eduardo Quaresma, Matheus Nunes e
Tiago Tomás, além de outros que ainda não são tão conhecidos, mas que em breve
poderão surgir na alta-roda do futebol.
Outros nomes possíveis eram os de Acácio Santos e Bruno Ribeiro, mas ambos já se encontram comprometidos para 2021-22. O primeiro com a União de Santarém, o segundo com o Praiense.
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