O “Furacão” que brilhou no Belenenses e FC Porto. Quem se lembra de Emerson?
Emerson representou Belenenses e FC Porto
Era possante (1,86 m), levava
tudo à frente e ninguém o conseguia travar no meio-campo, o que lhe valeu a
alcunha de “Furacão”. Emerson jogou nos campeonatos de Inglaterra
e Espanha,
mas antes brilhou em Portugal.
Depois de cumprir a formação no Flamengo
e de ter iniciado o percurso como sénior no Coritiba, o treinador brasileiro
Moisés Andrade trouxe-o para Portugal no verão de 1991 para reforçar o Belenenses,
então na II
Liga. Entretanto o técnico, que só esteve dois meses no cargo, foi substituído
pelo compatriota Abel Braga. E Emerson continuou a brilhar, ao ponto de captar
o interesse dos três grandes. “Falou-se muito do Benfica,
inclusive o Toni,
que era o treinador na altura, disse numa entrevista que eu era um grande
jogador, mas tinha a equipa composta”, revela, acrescentando que teve a
possibilidade de ir para Alvalade.
“O Sporting
queria-me, mas como o Paulo Sousa foi contratado, vindo do Benfica,
acabei por não ir”, acrescenta, lembrando que “foi Bobby Robson” que o quis no FC
Porto. “Ele tinha sido despedido do Sporting
e pediu a minha contratação", revelou ao Diário
de Notícias em maio de 2017. No verão de 1994 transferiu-se
mesmo para o FC
Porto, tendo vivido dois dos melhores anos da carreira nas Antas e
conquistado dois campeonatos e duas Supertaças de dragão
ao peito. Com a camisola azul
e branca amealhou 89 partidas e onze golos em todas as competições. “As
pessoas perguntam-me sempre onde foi o meu auge. Eu não tenho dúvidas que foi
no FC
Porto. Ali é que estava tudo a sair-me bem. Às vezes nem eu acreditava que
jogava aquilo tudo. Fazia coisas e pensava: ‘como é que eu fiz isto?’”, afirmou
ao Maisfutebol
em outubro de 2013.
Mas como não gostava de ficar
muito tempo no mesmo sítio, Emerson transferiu-se para os ingleses do Middlesbrough
em 1996, depois de ser eleito melhor jogador do ano da I
Liga portuguesa. Meio ano após a despromoção ao Championship e as presenças
nas finais da Taça da Liga e da Taça de Inglaterra, ingressou no campeonato
espanhol em janeiro de 1998, primeiro para representar o Tenerife, clube
pelo qual voltou a vivenciar uma descida de divisão, e depois o Deportivo
(entre 2000 e 2002), que lhe devolveu a possibilidade de jogar Liga
dos Campeões e conquistar troféus, neste caso a Taça do Rei e a Supertaça
de Espanha. Na última temporada em Espanha
(2002-03), vestiu a camisola do Atlético
Madrid.
Pelo meio foi apresentado como
trunfo eleitoral de um candidato à presidência do Benfica
nas eleições de outubro de 1997, Abílio Rodrigues, mas quem venceu o sufrágio foi
Vale
e Azevedo. Viria ainda representar equipas
importantes como os escoceses do Rangers,
os brasileiros do Vasco
da Gama e os gregos do AEK Atenas.
Apesar da boa carreira, ficou a
mágoa de nunca ter jogado pela seleção
brasileira: “Esteve perto! Em 1998 eu ainda era um desconhecido e não tinha
muitas esperanças, mas em 2002 o selecionador, o Emerson Leão, foi à Corunha e
disse que ia chamar-me para um jogo com o Peru, mas não me convocou. Depois ele
foi substituído pelo Luiz
Felipe Scolari e o meu nome nunca mais foi falado.”
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