O pontapé-canhão que brilhou no Salgueiros e chegou a ser titular no Sporting. Quem se lembra de Pedrosa?
Pedrosa somou 100 jogos e dez golos pelo Salgueiros
Hoje vivemos num tempo em que
muitos futebolistas malham no ginásio, mas curiosamente perdeu-se a figura do
pontapé-canhão, que esteve tão em voga no futebol na década de 1990, com
Roberto Carlos como expoente máximo. Por cá também tivemos jogadores com essa
característica: Isaías,
Barroso, Dinda e, entre outros, Pedrosa.
Após concluir a formação no FC
Porto, este lateral esquerdo iniciou a carreira de futebolista profissional
no Maia
e um ano depois foi contratado pelo Salgueiros,
no verão de 1991, tendo feito parte da única participação europeia do emblema
de Vidal Pinheiro, na Taça
UEFA em 1991-92 – foi, aliás, o único jogador salgueirista
a ser expulso em provas internacionais.
Os bons desempenhos
catapultaram-no para a seleção
nacional de sub-21, pela qual jogou uma vez em abril de 1994, e para o Sporting,
para onde se transferiu poucos meses depois no âmbito do negócio que também
levou Ricardo
Sá Pinto para Alvalade. Na primeira época em Lisboa
praticamente não jogou, mas em compensação participou no percurso que culminou
na conquista da Taça
de Portugal.
Seguiu-se um empréstimo ao Gil
Vicente que lhe permitiu regressar mais forte ao Sporting
em 1996-97. Nessa temporada disputou 38 jogos em todas as competições, todos na
condição de titular, o que lhe valeu uma chamada à seleção nacional em agosto
de 1996. Contudo, não saiu do banco numa visita à Arménia e assim não chegou a
tornar-se internacional A.
Quando parecia embalado para se
afirmar em Alvalade,
foi afetado por lesões que o impossibilitaram de disputar mais de oito partidas
em 1997-98. No final dessa época foi colocado na lista de dispensas, mas como
não aceitou rescindir contrato foi colocado a treinar à parte com Afonso
Martins, que se encontrava na mesma situação.
Depois de mais de um ano sem
jogar, regressou ao Salgueiros
no verão de 1999, a tempo não só de relançar a carreira, mas também de conseguir
a sua melhor marca de golos numa temporada na I
Liga, sete em 2000-01, um dos quais ao… Sporting.
Muito cobiçado, inclusivamente
pelos turcos do Galatasaray, deu, no verão de 2001, o salto para o Boavista,
clube pelo qual foi vice-campeão nacional em 2001-02, tendo contribuído para a
caminhada até às meias-finais da Taça
UEFA na época seguinte, antes de pendurar as botas em 2004.
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