Dez jogadores importantes na história recente do Benfica |
Um dos sete totalistas da Taça
da Liga, o Sport
Lisboa e Benfica está prestes a iniciar a 17.ª presença (esta terça-feira
às 20:15, na visita ao Arouca) numa prova que já venceu por sete ocasiões (2008-09, 2009-10,
2010-11, 2011-12,
2013-14, 2014-15 e 2015-16).
Além de recordistas de títulos,
as águias
detêm também os máximos de golos (129), vitórias (42) e presenças
em finais (oito) da competição.
11. Nico Gaitán (15 jogos)
Nico Gaitán |
Disputou o mesmo número de jogos
de Jonas, mas amealhou mais 203 minutos em campo – 1057 contra 854.
Médio ofensivo/extremo
internacional argentino contratado ao Boca
Juniors no verão de 2010, foi incumbido da difícil missão de fazer esquecer
Di María, que tinha acabado de partir para o Real
Madrid.
“Não estava à espera que o Benfica me
contratasse, estava feliz no Boca.
Mas sabia que em qualquer momento isso poderia acontecer, está sempre na cabeça
chegar à Europa. Estou muito grato pelo Benfica se
ter lembrado de mim. O mister Jesus ligou-me,
imaginem a conversa com ele: eu não percebia português e ele não falava
espanhol… Mas fiquei muito feliz por me quererem e pelo treinador me ter
ligado, era sinal que me queriam muito”, lembrou em entrevista à BTV,
em maio de 2020.
Em seis temporadas de águia
ao peito amealhou 15 jogos (11 a titular) e quatro golos na Taça
da Liga, tendo contribuído para as conquistas de 2010-11, 2011-12,
2013-14, 2014-15 e 2015-16, sendo que a final desta última acabou por ser o
jogo de despedida para Gaitán.
“Lembro-me [do meu último jogo e
do momento a chorar no banco]. Vi que ia sair. A minha última bola pelo Benfica deu
golo, foi o Jonas que me passou. Foi muito diferente. Antes do jogo já sabia
que ia sair do Benfica,
mas não disse a nenhum dos meus companheiros porque queria que se focassem no
jogo. Naquela tarde passei muito tempo a pensar se a decisão que estava a tomar
era correta ou não. Não consegui descansar depois do almoço como num jogo
normal. Correu tudo bem, a equipa conseguiu ganhar. Depois do jogo comuniquei
aos meus colegas, para saberem por mim antes que soubessem pelos media”,
recordou.
Paralelamente, venceu três
campeonatos (2013-14, 2014-15 e 2015-16), uma Taça
de Portugal (2013-14), uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2014) e atingiu por duas vezes a final da Liga
Europa (2012-13
e 2013-14).
Depois transferiu-se para o Atlético
Madrid, mas não mostrou na capital
espanhola o brilho que outrora encantou a Luz.
10. Salvio (16 jogos)
Salvio |
Extremo que despontou no Lanús e
entrou na Europa pela porta do Atlético
Madrid, chegou pela primeira vez ao Benfica em
2010-11 por empréstimo dos colchoneros.
Embora tivesse chegado já nos
últimos dias do mercado de verão e sofrido duas lesões que o deixaram algumas
semanas afastado dos relvados, atuou em quatro jogos (dois a titular) e marcou
dois golos na caminhada que culminou na conquista da Taça
da Liga.
Na temporada seguinte voltou
ao Vicente
Calderón, mas as águias
não o perderam de vista, fazendo-o regressar em 2012-13, desta vez a título
definitivo. Entre 2012 e 2019 somou mais 12 encontros (cinco a titular) e
três golos na Taça
da Liga, tendo voltado a conquistar a prova em 2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu cinco
campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças
de Portugal (2013-14 e 2016-17), três Supertaças
Cândido de Oliveira (2014, 2016 e 2017) e atingiu por duas vezes a final da
Liga
Europa (2012-13
e 2013-14).
Cada vez com menos espaço na
equipa então às ordens de Bruno
Lage, regressou à Argentina no verão de 2019 para representar o Boca
Juniors. “Se a minha carreira teria sido mais fácil? Sim, podia. Mas sou
uma pessoa forte por tudo o que passei”, confessou nas redes sociais pouco
antes da despedida.
9. Rafa Silva (16 jogos)
Rafa Silva |
Disputou o mesmo número de jogos de Salvio, mas amealhou mais 238 minutos em campo – 1075 contra 837.
Atacante móvel e bastante rápido que despontou no Feirense e explodiu no Sp. Braga, assinou pelo Benfica no verão de 2016, poucos meses após se ter sagrado campeão europeu ao serviço de Portugal.Desde então que somou já 16 jogos (12 a titular) e dois golos na Taça da Liga, tendo contribuído para a caminhada até à final da prova em 2021-22 e até às meias-finais em 2016-17, 2018-19 e 2020-21.
Paralelamente, conquistou três campeonatos (2016-17, 2018-19 e 2022-23), uma Taça de Portugal (2016-17) e três Supertaças (2017, 2019 e 2023) de águia ao peito.
8. Óscar Cardozo (18 jogos)
Óscar Cardozo |
Um jogador marcante no Benfica nas
primeiras duas décadas do século XXI e que conseguiu tornar-se no melhor
marcador estrangeiro da história do clube, com um total de 172 golos em todas
as competições, sete dos quais na Taça da Liga – registo que faz dele o segundo melhor marcador de sempre das águias
na competição, atrás de Jonas (10).
Entre 2007 e 2014 totalizou 18 partidas
(10 a titular) na prova e os tais sete remates certeiros, tendo levantado o
troféu em 2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12
e 2013-14.
Paralelamente, venceu dois
campeonatos (2009-10 e 2013-14) e uma Taça de Portugal (2013-14) e atingiu por duas vezes a final da Liga
Europa (2012-13
e 2013-14).
“Superei as minhas expectativas,
marquei muitos golos e conquistei vários troféus. Só tenho pena de não ter
ganho a Liga
Europa, mas fomos duas vezes à final, algo que muitos outros gostariam de
conseguir”, assumiu, em declarações à BTV.
No verão de 2014 transferiu-se
para os turcos do Trabzonspor.
7. Aimar (18 jogos)
Pablo Aimar |
Disputou o mesmo número de jogos
de Cardozo, mas amealhou mais 180 minutos em campo – 1331 contra 1151.
Médio ofensivo que despontou no River
Plate e se notabilizou no futebol europeu ao serviço do Valência
e do Saragoça,
reforçou o Benfica após
a descida dos aragoneses à II Liga Espanhola e a retirada de Rui Costa, em 2008.
“Vou retirar-me, quero que uses a minha camisola”, terá dito o antigo
internacional português a El Mago, acerca do número 10.
Embora nunca tivesse sido
propriamente um titular indiscutível e raramente atuasse os 90 minutos,
conquistou os benfiquistas com
a classe com que tratava a bola.
Em quatro épocas e meia de águia
ao peito amealhou 18 partidas (15 a titular) e um golo na Taça
da Liga, tendo vencido a prova em 2008-09, 2009-10, 2010-11 e 2011-12.
Em 2009-10 também se sagrou campeão nacional.
Em janeiro de 2013 mudou-se para
o Johor FC, da Malásia. “A palavra que quero deixar aos adeptos é um obrigado.
Agradeço pela forma como me trataram e pela forma como me fizeram sentir bem
aqui, a mim e à minha família. O que sinto pelo Benfica,
por Lisboa e pelas pessoas é agradecimento”, afirmou, aquando da saída da Luz.
“O clube tem a cor, a paixão, a
gente, o estádio, a cidade. Irmos a França, ao Luxemburgo, numa pré-época, ou
até a Inglaterra e uma parte grande do estádio estava coberta de adeptos
do Benfica.
Fora de Portugal, nem sempre se tem a ideia do quão grande é o Benfica.
Por isso, foi tão bom ter vivido isso. A mim traz-me recordações felizes desse
tempo. As minhas duas filhas mais novas são portuguesas, nasceram aí. Às vezes
ainda meto o hino, aquele que ouvíamos antes dos jogos”, revelou em maio de
2020, numa conversa com Saviola para a BTV.
6. Samaris (18 jogos)
Samaris |
Médio grego de elevada estatura
(1,89 m) e características defensivas, foi contratado pelo Benfica
ao Olympiacos
no verão de 2014, após ter participado no Campeonato do Mundo desse ano.
Entre dezembro de 2014 e dezembro
de 2019 amealhou um total de 18 partidas (15 a titular) na Taça
da Liga, tendo conquistado a prova em 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu quatro
campeonatos (2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), uma Taça
de Portugal (2016-17) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2016).
Em agosto de 2021 rescindiu com o
Benfica,
numa altura em que já tinha pouco espaço no plantel, e acabou por assinar pelos
holandeses do Fortuna Sittard cerca de três meses depois.
“Tudo que é bom tem um fim. Com
esta revogação de contrato, o meu ciclo acabou aqui na nossa equipa. Um
obrigado é pouco para agradecer todas as pessoas que trabalharam comigo ao
longo destes sete anos maravilhosos. Mas o obrigado é a palavra que mais
utilizo desde que aprendi português. Isto porque fui, sou e serei eternamente
grato por tudo que vivi aqui graças a todos vós, adeptos fantásticos, que me
apoiaram sempre. Eternamente grato”, escreveu nas redes sociais aquando da
despedida.
5. Pizzi (23 jogos)
Pizzi |
Médio ofensivo/extremo internacional
português que concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior ao serviço
do Sp.
Braga, que o emprestou sucessivamente, foi contratado pelo Benfica
ao Atlético
Madrid no verão de 2013. Contudo, os encarnados
cederam-no ao Espanyol em 2013-14.
Na época seguinte iniciou um
percurso de sete anos e meio de águia
ao peito, tendo nesse período totalizado 23 partidas (17 a titular) e cinco
golos na Taça
da Liga, prova que venceu em 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, conquistou também
quatro campeonatos (2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), uma Taça
de Portugal (2016-17) e três Supertaças
Cândido de Oliveira (2016, 2017 e 2019).
Em janeiro de 2022 foi cedido aos
turcos do Basaksehir e meio ano depois transferiu-se em definitivo para o Al
Wahda, dos Emirados Árabes Unidos.
“Foram oito anos bons para mim e
para o clube. O sentimento é mútuo, dei muito ao clube dentro de campo e o
clube também sempre me ofereceu todas as condições para melhorar a cada dia. Acho
que vai ficar para sempre no meu coração. Quero que recordem o Pizzi como o
jogador que ajudou a conquistar todos estes títulos. Fui mais um a tentar
ajudar e remar para o bem deste clube, é assim que quero ser recordado para
sempre”, afirmou, aquando da despedida.
4. André Almeida (23 jogos)
André Almeida |
Disputou o mesmo número de jogos
de Pizzi, mas amealhou mais 385 minutos em campo – 1820 contra 1435.
Jogador polivalente, que nos
primeiros anos de Benfica
alternava entre o lado direito, o lado esquerdo da defesa e também o
meio-campo, foi recrutado ao Belenenses
no verão de 2011 e, após ter estado emprestado à União
de Leiria na primeira metade de 2011-12, foi repescado em janeiro de 2012.
Desde então até fevereiro de 2023 somou 23
encontros (20 a titular) na Taça
da Liga, prova que conquistou em 2011-12,
2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu também cinco
campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças
de Portugal (2013-14 e 2016-17) e três Supertaças
Cândido de Oliveira (2017) e atingiu por duas vezes a final da Liga
Europa (2012-13
e 2013-14)., tendo ainda marcado presença no Mundial 2014.
3. Maxi Pereira (24 jogos)
Maxi Pereira |
Na altura um médio que atuava
preferencialmente pelo corredor direito, chegou à Luz proveniente
do Defensor Sporting, o único clube que tinha conhecido até então. “Sofri muito
no meu primeiro ano no Benfica.
Foi uma mudança brutal na minha vida. Eu já tinha 23 anos, mas o Benfica necessitava
desesperadamente de bons resultados e a exigência era altíssima. O treinador
era o José António Camacho. Tive de trabalhar muito e acho que evoluí bastante
logo no primeiro ano”, recordou ao Maisfutebol em
2020.
Já uma presença habitual nas
convocatórias da seleção uruguaia, um estatuto que reforçou após chegar
ao Benfica,
foi adaptado com sucesso à lateral direita por Quique Flores em 2008-09 e foi
titularíssimo nessa posição na equipa benfiquista até 2015.
Em oito anos nos encarnados disputou
um total de 24 jogos (21 a titular) na Taça
da Liga e marcou um golo, tendo vencido a competição em 2008-09, 2009-10,
2010-11, 2011-12,
2013-14 e 2014-15.
Paralelamente, conquistou três
campeonatos (2009-10, 2013-14 e 2014-15), uma Taça
de Portugal (2013-14) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2014) e atingiu por duas vezes a final da Liga
Europa (2012-13
e 2013-14). Pelo meio, venceu uma Copa América (2011) e participou em três
Mundiais (2010, 2014 e 2018) ao serviço do Uruguai.
Jogador raçudo, com mais vontade
do que talento, terminou contrato com o Benfica em
2015 e acabou por rumar ao FC
Porto. “Estive oito anos no Benfica e
na última época, quando estava prestes a terminar o contrato, não fizeram muito
para o renovar. Se queriam tanto um jogador – como diziam – esperavam que
terminasse o contrato? Afinal, não sei se me queriam assim tanto”, lamentou em
outubro de 2015 em declarações ao diário uruguaio Ovácion.
2. Luisão (24 jogos)
Luisão |
Disputou o mesmo número de jogos
de Maxi Pereira, mas amealhou mais 230 minutos em campo – 2160 contra 1930.
Defesa central brasileiro, chegou
ao Benfica proveniente
do Cruzeiro no
verão de 2003, numa fase em que os encarnados jogavam
no Jamor enquanto terminavam as obras do novo estádio e estavam há dois anos
sem competir nas competições europeias.
Em termos de Taça
da Liga, competição criada em 2007-08, amealhou um total de 24 encontros
(todos como titular) e dois golos até dezembro de 2016, quando disputou o
último jogo nesta prova que venceu por sete vezes (2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12,
2013-14, 2014-15 e 2015-16), registo que faz dele o futebolista mais titulado
da competição.
Paralelamente, sagrou-se campeão
nacional por seis vezes (2004-05, 2009-10, 2013-14, 2014-15, 2015-16 e 2016-17),
venceu três Taças
de Portugal (2003-04, 2013-14 e 2016-17), quatro Supertaças (2005,
2014, 2016 e 2017) e participou nas campanhas até às finais da Liga
Europa em 2012-13
e 2013-14.
Despediu-se da Luz e dos relvados
no final de 2018, aos 37 anos, depois de 15 no clube, grande parte deles
enquanto capitão. Depois passou a integrar a estrutura do clube.
1. Jardel (35 jogos)
Contudo, logo aí iniciou um
percurso vitorioso de 35 jogos e um golo de águia
ao peito na Taça
da Liga até dezembro de 2010, tendo vencido a prova por cinco ocasiões, em 2010-11,
2011-12,
2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu cinco
campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças
de Portugal (2013-14 e 2016-17), e duas Supertaças (2014
e 2017), tendo ainda participado nas caminhadas até à final da Liga
Europa em 2012-13
e 2013-14.
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