terça-feira, 31 de outubro de 2023

Os 11 jogadores com mais jogos pelo Benfica na Taça da Liga

Dez jogadores importantes na história recente do Benfica
Um dos sete totalistas da Taça da Liga, o Sport Lisboa e Benfica está prestes a iniciar a 17.ª presença (esta terça-feira às 20:15, na visita ao Arouca) numa prova que já venceu por sete ocasiões (2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16).
 
Além de recordistas de títulos, as águias detêm também os máximos de golos (129), vitórias (42) e presenças em finais (oito) da competição.
 
Vale por isso a pena recordar os onze jogadores com mais jogos pelo Benfica na Taça da Liga.
 

11. Nico Gaitán (15 jogos)

Nico Gaitán
Disputou o mesmo número de jogos de Jonas, mas amealhou mais 203 minutos em campo – 1057 contra 854.
Médio ofensivo/extremo internacional argentino contratado ao Boca Juniors no verão de 2010, foi incumbido da difícil missão de fazer esquecer Di María, que tinha acabado de partir para o Real Madrid.
“Não estava à espera que o Benfica me contratasse, estava feliz no Boca. Mas sabia que em qualquer momento isso poderia acontecer, está sempre na cabeça chegar à Europa. Estou muito grato pelo Benfica se ter lembrado de mim. O mister Jesus ligou-me, imaginem a conversa com ele: eu não percebia português e ele não falava espanhol… Mas fiquei muito feliz por me quererem e pelo treinador me ter ligado, era sinal que me queriam muito”, lembrou em entrevista à BTV, em maio de 2020.
Em seis temporadas de águia ao peito amealhou 15 jogos (11 a titular) e quatro golos na Taça da Liga, tendo contribuído para as conquistas de 2010-11, 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16, sendo que a final desta última acabou por ser o jogo de despedida para Gaitán.
“Lembro-me [do meu último jogo e do momento a chorar no banco]. Vi que ia sair. A minha última bola pelo Benfica deu golo, foi o Jonas que me passou. Foi muito diferente. Antes do jogo já sabia que ia sair do Benfica, mas não disse a nenhum dos meus companheiros porque queria que se focassem no jogo. Naquela tarde passei muito tempo a pensar se a decisão que estava a tomar era correta ou não. Não consegui descansar depois do almoço como num jogo normal. Correu tudo bem, a equipa conseguiu ganhar. Depois do jogo comuniquei aos meus colegas, para saberem por mim antes que soubessem pelos media”, recordou.
Paralelamente, venceu três campeonatos (2013-14, 2014-15 e 2015-16), uma Taça de Portugal (2013-14), uma Supertaça Cândido de Oliveira (2014) e atingiu por duas vezes a final da Liga Europa (2012-13 e 2013-14).
Depois transferiu-se para o Atlético Madrid, mas não mostrou na capital espanhola o brilho que outrora encantou a Luz.
 
 
 

10. Salvio (16 jogos)

Salvio
Extremo que despontou no Lanús e entrou na Europa pela porta do Atlético Madrid, chegou pela primeira vez ao Benfica em 2010-11 por empréstimo dos colchoneros.
Embora tivesse chegado já nos últimos dias do mercado de verão e sofrido duas lesões que o deixaram algumas semanas afastado dos relvados, atuou em quatro jogos (dois a titular) e marcou dois golos na caminhada que culminou na conquista da Taça da Liga.
Na temporada seguinte voltou ao Vicente Calderón, mas as águias não o perderam de vista, fazendo-o regressar em 2012-13, desta vez a título definitivo. Entre 2012 e 2019 somou mais 12 encontros (cinco a titular) e três golos na Taça da Liga, tendo voltado a conquistar a prova em 2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu cinco campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças de Portugal (2013-14 e 2016-17), três Supertaças Cândido de Oliveira (2014, 2016 e 2017) e atingiu por duas vezes a final da Liga Europa (2012-13 e 2013-14).
Cada vez com menos espaço na equipa então às ordens de Bruno Lage, regressou à Argentina no verão de 2019 para representar o Boca Juniors. “Se a minha carreira teria sido mais fácil? Sim, podia. Mas sou uma pessoa forte por tudo o que passei”, confessou nas redes sociais pouco antes da despedida.
 
 

9. Rafa Silva (16 jogos)

Rafa Silva
Disputou o mesmo número de jogos de Salvio, mas amealhou mais 238 minutos em campo – 1075 contra 837.
Atacante móvel e bastante rápido que despontou no Feirense e explodiu no Sp. Braga, assinou pelo Benfica no verão de 2016, poucos meses após se ter sagrado campeão europeu ao serviço de Portugal.
Desde então que somou já 16 jogos (12 a titular) e dois golos na Taça da Liga, tendo contribuído para a caminhada até à final da prova em 2021-22 e até às meias-finais em 2016-17, 2018-19 e 2020-21.
Paralelamente, conquistou três campeonatos (2016-17, 2018-19 e 2022-23), uma Taça de Portugal (2016-17) e três Supertaças (2017, 2019 e 2023) de águia ao peito. 


 

8. Óscar Cardozo (18 jogos)

Óscar Cardozo
Um jogador marcante no Benfica nas primeiras duas décadas do século XXI e que conseguiu tornar-se no melhor marcador estrangeiro da história do clube, com um total de 172 golos em todas as competições, sete dos quais na Taça da Liga – registo que faz dele o segundo melhor marcador de sempre das águias na competição, atrás de Jonas (10).
Entre 2007 e 2014 totalizou 18 partidas (10 a titular) na prova e os tais sete remates certeiros, tendo levantado o troféu em 2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12 e 2013-14.
Paralelamente, venceu dois campeonatos (2009-10 e 2013-14) e uma Taça de Portugal (2013-14) e atingiu por duas vezes a final da Liga Europa (2012-13 e 2013-14).
“Superei as minhas expectativas, marquei muitos golos e conquistei vários troféus. Só tenho pena de não ter ganho a Liga Europa, mas fomos duas vezes à final, algo que muitos outros gostariam de conseguir”, assumiu, em declarações à BTV.
No verão de 2014 transferiu-se para os turcos do Trabzonspor.
 
 
 

7. Aimar (18 jogos)

Pablo Aimar
Disputou o mesmo número de jogos de Cardozo, mas amealhou mais 180 minutos em campo – 1331 contra 1151.
Médio ofensivo que despontou no River Plate e se notabilizou no futebol europeu ao serviço do Valência e do Saragoça, reforçou o Benfica após a descida dos aragoneses à II Liga Espanhola e a retirada de Rui Costa, em 2008. “Vou retirar-me, quero que uses a minha camisola”, terá dito o antigo internacional português a El Mago, acerca do número 10.
Embora nunca tivesse sido propriamente um titular indiscutível e raramente atuasse os 90 minutos, conquistou os benfiquistas com a classe com que tratava a bola.
Em quatro épocas e meia de águia ao peito amealhou 18 partidas (15 a titular) e um golo na Taça da Liga, tendo vencido a prova em 2008-09, 2009-10, 2010-11 e 2011-12. Em 2009-10 também se sagrou campeão nacional.
Em janeiro de 2013 mudou-se para o Johor FC, da Malásia. “A palavra que quero deixar aos adeptos é um obrigado. Agradeço pela forma como me trataram e pela forma como me fizeram sentir bem aqui, a mim e à minha família. O que sinto pelo Benfica, por Lisboa e pelas pessoas é agradecimento”, afirmou, aquando da saída da Luz.
“O clube tem a cor, a paixão, a gente, o estádio, a cidade. Irmos a França, ao Luxemburgo, numa pré-época, ou até a Inglaterra e uma parte grande do estádio estava coberta de adeptos do Benfica. Fora de Portugal, nem sempre se tem a ideia do quão grande é o Benfica. Por isso, foi tão bom ter vivido isso. A mim traz-me recordações felizes desse tempo. As minhas duas filhas mais novas são portuguesas, nasceram aí. Às vezes ainda meto o hino, aquele que ouvíamos antes dos jogos”, revelou em maio de 2020, numa conversa com Saviola para a BTV.
 
 
 

6. Samaris (18 jogos)

Samaris
Médio grego de elevada estatura (1,89 m) e características defensivas, foi contratado pelo Benfica ao Olympiacos no verão de 2014, após ter participado no Campeonato do Mundo desse ano.
Entre dezembro de 2014 e dezembro de 2019 amealhou um total de 18 partidas (15 a titular) na Taça da Liga, tendo conquistado a prova em 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu quatro campeonatos (2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), uma Taça de Portugal (2016-17) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2016).
Em agosto de 2021 rescindiu com o Benfica, numa altura em que já tinha pouco espaço no plantel, e acabou por assinar pelos holandeses do Fortuna Sittard cerca de três meses depois.
“Tudo que é bom tem um fim. Com esta revogação de contrato, o meu ciclo acabou aqui na nossa equipa. Um obrigado é pouco para agradecer todas as pessoas que trabalharam comigo ao longo destes sete anos maravilhosos. Mas o obrigado é a palavra que mais utilizo desde que aprendi português. Isto porque fui, sou e serei eternamente grato por tudo que vivi aqui graças a todos vós, adeptos fantásticos, que me apoiaram sempre. Eternamente grato”, escreveu nas redes sociais aquando da despedida.
 
 

5. Pizzi (23 jogos)

Pizzi
Médio ofensivo/extremo internacional português que concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior ao serviço do Sp. Braga, que o emprestou sucessivamente, foi contratado pelo Benfica ao Atlético Madrid no verão de 2013. Contudo, os encarnados cederam-no ao Espanyol em 2013-14.
Na época seguinte iniciou um percurso de sete anos e meio de águia ao peito, tendo nesse período totalizado 23 partidas (17 a titular) e cinco golos na Taça da Liga, prova que venceu em 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, conquistou também quatro campeonatos (2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), uma Taça de Portugal (2016-17) e três Supertaças Cândido de Oliveira (2016, 2017 e 2019).
Em janeiro de 2022 foi cedido aos turcos do Basaksehir e meio ano depois transferiu-se em definitivo para o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos.
“Foram oito anos bons para mim e para o clube. O sentimento é mútuo, dei muito ao clube dentro de campo e o clube também sempre me ofereceu todas as condições para melhorar a cada dia. Acho que vai ficar para sempre no meu coração. Quero que recordem o Pizzi como o jogador que ajudou a conquistar todos estes títulos. Fui mais um a tentar ajudar e remar para o bem deste clube, é assim que quero ser recordado para sempre”, afirmou, aquando da despedida.
 
 
 

4. André Almeida (23 jogos)

André Almeida
Disputou o mesmo número de jogos de Pizzi, mas amealhou mais 385 minutos em campo – 1820 contra 1435.
Jogador polivalente, que nos primeiros anos de Benfica alternava entre o lado direito, o lado esquerdo da defesa e também o meio-campo, foi recrutado ao Belenenses no verão de 2011 e, após ter estado emprestado à União de Leiria na primeira metade de 2011-12, foi repescado em janeiro de 2012.
Desde então até fevereiro de 2023 somou 23 encontros (20 a titular) na Taça da Liga, prova que conquistou em 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu também cinco campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças de Portugal (2013-14 e 2016-17) e três Supertaças Cândido de Oliveira (2017) e atingiu por duas vezes a final da Liga Europa (2012-13 e 2013-14)., tendo ainda marcado presença no Mundial 2014.
 
 
 

3. Maxi Pereira (24 jogos)

Maxi Pereira
Na altura um médio que atuava preferencialmente pelo corredor direito, chegou à Luz proveniente do Defensor Sporting, o único clube que tinha conhecido até então. “Sofri muito no meu primeiro ano no Benfica. Foi uma mudança brutal na minha vida. Eu já tinha 23 anos, mas o Benfica necessitava desesperadamente de bons resultados e a exigência era altíssima. O treinador era o José António Camacho. Tive de trabalhar muito e acho que evoluí bastante logo no primeiro ano”, recordou ao Maisfutebol em 2020.
Já uma presença habitual nas convocatórias da seleção uruguaia, um estatuto que reforçou após chegar ao Benfica, foi adaptado com sucesso à lateral direita por Quique Flores em 2008-09 e foi titularíssimo nessa posição na equipa benfiquista até 2015.
Em oito anos nos encarnados disputou um total de 24 jogos (21 a titular) na Taça da Liga e marcou um golo, tendo vencido a competição em 2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12, 2013-14 e 2014-15.
Paralelamente, conquistou três campeonatos (2009-10, 2013-14 e 2014-15), uma Taça de Portugal (2013-14) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2014) e atingiu por duas vezes a final da Liga Europa (2012-13 e 2013-14). Pelo meio, venceu uma Copa América (2011) e participou em três Mundiais (2010, 2014 e 2018) ao serviço do Uruguai.
Jogador raçudo, com mais vontade do que talento, terminou contrato com o Benfica em 2015 e acabou por rumar ao FC Porto. “Estive oito anos no Benfica e na última época, quando estava prestes a terminar o contrato, não fizeram muito para o renovar. Se queriam tanto um jogador – como diziam – esperavam que terminasse o contrato? Afinal, não sei se me queriam assim tanto”, lamentou em outubro de 2015 em declarações ao diário uruguaio Ovácion.
 
 
 

2. Luisão (24 jogos)

Luisão
Disputou o mesmo número de jogos de Maxi Pereira, mas amealhou mais 230 minutos em campo – 2160 contra 1930.
Defesa central brasileiro, chegou ao Benfica proveniente do Cruzeiro no verão de 2003, numa fase em que os encarnados jogavam no Jamor enquanto terminavam as obras do novo estádio e estavam há dois anos sem competir nas competições europeias.
Em termos de Taça da Liga, competição criada em 2007-08, amealhou um total de 24 encontros (todos como titular) e dois golos até dezembro de 2016, quando disputou o último jogo nesta prova que venceu por sete vezes (2008-09, 2009-10, 2010-11, 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16), registo que faz dele o futebolista mais titulado da competição.
Paralelamente, sagrou-se campeão nacional por seis vezes (2004-05, 2009-10, 2013-14, 2014-15, 2015-16 e 2016-17), venceu três Taças de Portugal (2003-04, 2013-14 e 2016-17), quatro Supertaças (2005, 2014, 2016 e 2017) e participou nas campanhas até às finais da Liga Europa em 2012-13 e 2013-14.
Despediu-se da Luz e dos relvados no final de 2018, aos 37 anos, depois de 15 no clube, grande parte deles enquanto capitão. Depois passou a integrar a estrutura do clube.
 


1. Jardel (35 jogos)

Jardel
Central brasileiro que assinou pelo Benfica envolto num mar de desconfiança, foi contratado ao Olhanense em janeiro de 2011 para suceder a David Luiz, que tinha saído para o Chelsea
Contudo, logo aí iniciou um percurso vitorioso de 35 jogos e um golo de águia ao peito na Taça da Liga até dezembro de 2010, tendo vencido a prova por cinco ocasiões, em 2010-11, 2011-12, 2013-14, 2014-15 e 2015-16.
Paralelamente, venceu cinco campeonatos (2013-14, 2014-15, 2015-16, 2016-17 e 2018-19), duas Taças de Portugal (2013-14 e 2016-17), e duas Supertaças (2014 e 2017), tendo ainda participado nas caminhadas até à final da Liga Europa em 2012-13 e 2013-14.
 









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