Rafa Alves assinou por dois anos pelo Vitória |
Anunciado recentemente
como reforço do Vitória
de Setúbal, Rafa Alves é o mais experiente de um lote de cinco
guarda-redes dos sadinos.
Aos 28 anos, este guardião formado maioritariamente no Sp.
Braga vai procurar alcançar no Bonfim
a quinta (!) promoção na carreira, depois de ter ajudado (ainda que
pouco dentro de campo) União da Madeira (2015) e Desp.
Aves (2017) a subirem à I
Liga, Vizela
(2020) a ascender à II
Liga e PAEEK a chegar à I Liga do Chipre (2021).
Quem conhece o atleta e
também a realidade vitoriana
diz que o ex-Académico
de Viseu não vai sentir o peso de suceder a um guarda-redes de
quem os adeptos gostavam muito, João
Valido. “São guarda-redes em fases diferentes, o Rafa já tem
muita experiência em Portugal e no estrangeiro. Não tenho dúvidas
de que estará à altura”, crê André
Claro, que se cruzou com com Rafa Alves em terras de Viriato no
primeiro semestre deste ano e que representou o Vitória
entre agosto de 2015 e janeiro de 2017.
“Vai dar uma boa
resposta, tem a experiência necessária para correr bem”,
corrobora o também guarda-redes Ivo Gonçalves, que concorreu com
Rafa Alves por um lugar na baliza do Vizela
em 2019-20 e integrou o plantel sadino
em 2005-06.
No entender de André
Claro, que foi orientado por Micael Sequeira no Famalicão
em 2011-12, o novo guardião dos setubalenses “tem um excelente
jogo posicional” e “joga muito bem com os pés, o que se enquadra
na forma do mister Micael jogar”.
Já Ivo Gonçalves diz
que Rafa Alves não tem “pontos fracos”. “É fazer o que ele
sabe, treinar bem e preparar-se bem na pré-época. O resto aparece
com a qualidade que ele tem”, vaticinou o atual guarda-redes do
Länk
Vilaverdense, equipa que também vai competir na Liga 3 na época
que está prestes a iniciar.
“Não é um menino acabado de sair dos juniores”
Há três anos e meio
habituados às belíssimas performances de Makaridze
e João
Valido, os adeptos do Vitória
viram a equipa principal descer até ao terceiro escalão do futebol
português em 2020, mas nem por isso baixaram o grau de exigência.
Ainda por cima, agora é necessário ganhar quase sempre para cumprir
o objetivo de subir à II
Liga.
Estará Rafa Alves
preparado para lidar com essa pressão? “Sim, o Rafa é uma pessoa
muito calma, vai passar muita tranquilidade para a equipa e para os
adeptos. Essa pressão todos jogadores deste nível já estão
habituados e... é tão bom jogar com apoio nas bancadas. Mesmo na
hora da crítica tiram o melhor de nós e com o Rafa não será
diferente”, acredita André
Claro, ainda sem clube para 2022-23.
“Sei bem o que é jogar
pelo Vitória,
pois já representei o clube e sei o que isso representa, mas o Rafa
não é um menino acabado de sair dos juniores. Já esteve em
contextos diferentes e lidou bem com isso”, lembrou Ivo Gonçalves,
que descreve o novo guarda-redes vitoriano
como “ um colega espetacular e brincalhão” e com “espírito de
equipa”.
Nascido a 4 de janeiro de
1994 em Braga, Rafael Salgado Alves dividiu a formação entre
Palmeiras e Sp.
Braga, tendo chegado a ser convocado para um jogo da equipa
principal dos bracarenses
numa altura em que era Jorge Paixão o treinador. Entretanto mudou-se
para o União da Madeira e, apesar da pouca utilização, contribuiu
para a subida à I
Liga, patamar em que atuou em duas partidas em 2015-16. Na época
seguinte representou o Desp.
Aves e voltou a saborear uma promoção à I
Liga. Seguiram-se três anos no Vizela,
concluídos com a subida administrativa à II
Liga. Em 2020-21 teve a primeira e por enquanto única
experiência no estrangeiro, ao serviço do PAEEK, e foi o
guarda-redes titular na caminhada que culminou na promoção à I
Liga do Chipre. Já na temporada passada vestiu as camisolas de
Trofense
e Académico
de Viseu, mas em ambos os clubes a titularidade da baliza esteve
noutras mãos.
Micael Sequeira catapultou André Claro
Além de ter formado uma
dupla de sucesso com Suk no Vitória
em 2015-16 e de ter sido companheiro de equipa de Rafa Alves no
Académico
de Viseu, André
Claro foi ainda orientado por Micael Sequeira no Famalicão
em 2011-12.
Nessa temporada, os onze
golos do avançado ao serviço dos famalicenses, na altura na II
Divisão B, catapultaram-no para o futebol profissional, uma vez que
se transferiu para o Arouca
no final dessa época. Esse salto, diz o atacante, foi facilitado
pelo modelo de jogo implementado pelo treinador. “Foi muito
importante. Chegou com um futebol atrativo e de ataque e isso
valorizou-me. Neste momento é um treinador muito mais experiente e
acho que vai ser a pessoa certa para levar o Vitoria até onde merece
estar. Melhor que treinador, é uma excelente pessoa e por isso vai
dar certo”, vaticinou.
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