segunda-feira, 25 de julho de 2022

Rafa Alves, um guarda-redes experiente e que “joga muito bem com os pés”

Rafa Alves assinou por dois anos pelo Vitória
Anunciado recentemente como reforço do Vitória de Setúbal, Rafa Alves é o mais experiente de um lote de cinco guarda-redes dos sadinos. Aos 28 anos, este guardião formado maioritariamente no Sp. Braga vai procurar alcançar no Bonfim a quinta (!) promoção na carreira, depois de ter ajudado (ainda que pouco dentro de campo) União da Madeira (2015) e Desp. Aves (2017) a subirem à I Liga, Vizela (2020) a ascender à II Liga e PAEEK a chegar à I Liga do Chipre (2021).

Quem conhece o atleta e também a realidade vitoriana diz que o ex-Académico de Viseu não vai sentir o peso de suceder a um guarda-redes de quem os adeptos gostavam muito, João Valido. “São guarda-redes em fases diferentes, o Rafa já tem muita experiência em Portugal e no estrangeiro. Não tenho dúvidas de que estará à altura”, crê André Claro, que se cruzou com com Rafa Alves em terras de Viriato no primeiro semestre deste ano e que representou o Vitória entre agosto de 2015 e janeiro de 2017.

“Vai dar uma boa resposta, tem a experiência necessária para correr bem”, corrobora o também guarda-redes Ivo Gonçalves, que concorreu com Rafa Alves por um lugar na baliza do Vizela em 2019-20 e integrou o plantel sadino em 2005-06.

No entender de André Claro, que foi orientado por Micael Sequeira no Famalicão em 2011-12, o novo guardião dos setubalenses “tem um excelente jogo posicional” e “joga muito bem com os pés, o que se enquadra na forma do mister Micael jogar”.

Já Ivo Gonçalves diz que Rafa Alves não tem “pontos fracos”. “É fazer o que ele sabe, treinar bem e preparar-se bem na pré-época. O resto aparece com a qualidade que ele tem”, vaticinou o atual guarda-redes do Länk Vilaverdense, equipa que também vai competir na Liga 3 na época que está prestes a iniciar.

Não é um menino acabado de sair dos juniores”

Há três anos e meio habituados às belíssimas performances de Makaridze e João Valido, os adeptos do Vitória viram a equipa principal descer até ao terceiro escalão do futebol português em 2020, mas nem por isso baixaram o grau de exigência. Ainda por cima, agora é necessário ganhar quase sempre para cumprir o objetivo de subir à II Liga.


Estará Rafa Alves preparado para lidar com essa pressão? “Sim, o Rafa é uma pessoa muito calma, vai passar muita tranquilidade para a equipa e para os adeptos. Essa pressão todos jogadores deste nível já estão habituados e... é tão bom jogar com apoio nas bancadas. Mesmo na hora da crítica tiram o melhor de nós e com o Rafa não será diferente”, acredita André Claro, ainda sem clube para 2022-23.

“Sei bem o que é jogar pelo Vitória, pois já representei o clube e sei o que isso representa, mas o Rafa não é um menino acabado de sair dos juniores. Já esteve em contextos diferentes e lidou bem com isso”, lembrou Ivo Gonçalves, que descreve o novo guarda-redes vitoriano como “ um colega espetacular e brincalhão” e com “espírito de equipa”.

Nascido a 4 de janeiro de 1994 em Braga, Rafael Salgado Alves dividiu a formação entre Palmeiras e Sp. Braga, tendo chegado a ser convocado para um jogo da equipa principal dos bracarenses numa altura em que era Jorge Paixão o treinador. Entretanto mudou-se para o União da Madeira e, apesar da pouca utilização, contribuiu para a subida à I Liga, patamar em que atuou em duas partidas em 2015-16. Na época seguinte representou o Desp. Aves e voltou a saborear uma promoção à I Liga. Seguiram-se três anos no Vizela, concluídos com a subida administrativa à II Liga. Em 2020-21 teve a primeira e por enquanto única experiência no estrangeiro, ao serviço do PAEEK, e foi o guarda-redes titular na caminhada que culminou na promoção à I Liga do Chipre. Já na temporada passada vestiu as camisolas de Trofense e Académico de Viseu, mas em ambos os clubes a titularidade da baliza esteve noutras mãos.



Micael Sequeira catapultou André Claro

Além de ter formado uma dupla de sucesso com Suk no Vitória em 2015-16 e de ter sido companheiro de equipa de Rafa Alves no Académico de Viseu, André Claro foi ainda orientado por Micael Sequeira no Famalicão em 2011-12.

Nessa temporada, os onze golos do avançado ao serviço dos famalicenses, na altura na II Divisão B, catapultaram-no para o futebol profissional, uma vez que se transferiu para o Arouca no final dessa época. Esse salto, diz o atacante, foi facilitado pelo modelo de jogo implementado pelo treinador. “Foi muito importante. Chegou com um futebol atrativo e de ataque e isso valorizou-me. Neste momento é um treinador muito mais experiente e acho que vai ser a pessoa certa para levar o Vitoria até onde merece estar. Melhor que treinador, é uma excelente pessoa e por isso vai dar certo”, vaticinou.













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