Portimonense e Estoril são as grandes sensações da I Liga |
Ao cabo de oito jornadas e numa
altura em que o ritmo do campeonato
sofre uma segunda paragem para os compromissos das seleções nacionais, é
unânime que Portimonense
e Estoril
são (para já) as grandes surpresas da I
Liga, surgindo nesta fase logo a seguir aos chamados três grandes – e à
frente de Sp.
Braga e Vitória
de Guimarães – na tabela classificativa.
Os algarvios
estão mesmo a viver um arranque histórico, uma vez que nunca chegaram à oitava
jornada com mais do que 14 pontos. Nesta altura, a turma de Paulo
Sérgio soma quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, precisamente o
registo alcançado sob a orientação de Manuel José em 1984-85, temporada marcada
pela melhor classificação (final) de sempre do clube na I
Divisão, o 5.º lugar, e pelo inédito apuramento para as competições
europeias.
O Portimonense
concluiu a oitava jornada com apenas quatro golos sofridos, o melhor registo de
sempre do emblema
do sul do país. Em termos de golos marcados, não é preciso recuar muito
tempo para encontrar uma marca melhor do que os oito que leva neste momento. Em
2018-19, com António Folha, somavam onze por esta altura.
Quanto ao Estoril,
só não está a protagonizar o melhor arranque da sua história porque neste
momento soma 15 pontos e em 1947-48 somou cinco vitórias, um empate e duas
derrotas que lhe valeriam 16 pontos de acordo com a regra atual de três pontos
por triunfo. Nessa temporada, sob a orientação do húngaro János Biri, os canarinhos
alcançaram pela primeira vez o quarto lugar – feito apenas igualado em 2013-14
com Marco
Silva, que não foi além de nove (2012-13) e 14 pontos (2013-14) ao cabo de
oito jornadas nas duas épocas que culminaram com apuramentos para a Liga
Europa.
Caso as vitórias valessem três
pontos na altura, também o Estoril
de 1946-47, também orientado por um húngaro, Lippo Hertzka, tinha concluído a 8.ª
ronda com 15 pontos, fruto de cinco triunfos (e três derrotas).
Em termos de golo, para encontrar
um melhor registo ofensivo do que os 12 golos apontados pelos homens de Bruno
Pinheiro é preciso recuar aos tempos de Marco
Silva, cujos pupilos faturaram por 12 vezes nas primeiras oito jornadas em
2013-14. Defensivamente, para descobrir melhor registo do que os sete golos
sofridos dos estorilistas
esta época é necessário retroceder até 1976-77, quando os canarinhos
então orientados por António Medeiros tinham encaixado apenas seis golos.
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