terça-feira, 5 de outubro de 2021

Portimonense nunca começou melhor. Estoril iguala segundo melhor arranque

Portimonense e Estoril são as grandes sensações da I Liga
Ao cabo de oito jornadas e numa altura em que o ritmo do campeonato sofre uma segunda paragem para os compromissos das seleções nacionais, é unânime que Portimonense e Estoril são (para já) as grandes surpresas da I Liga, surgindo nesta fase logo a seguir aos chamados três grandes – e à frente de Sp. Braga e Vitória de Guimarães – na tabela classificativa.
 
Os algarvios estão mesmo a viver um arranque histórico, uma vez que nunca chegaram à oitava jornada com mais do que 14 pontos. Nesta altura, a turma de Paulo Sérgio soma quatro vitórias, dois empates e duas derrotas, precisamente o registo alcançado sob a orientação de Manuel José em 1984-85, temporada marcada pela melhor classificação (final) de sempre do clube na I Divisão, o 5.º lugar, e pelo inédito apuramento para as competições europeias.
 
O Portimonense concluiu a oitava jornada com apenas quatro golos sofridos, o melhor registo de sempre do emblema do sul do país. Em termos de golos marcados, não é preciso recuar muito tempo para encontrar uma marca melhor do que os oito que leva neste momento. Em 2018-19, com António Folha, somavam onze por esta altura.

 
Quanto ao Estoril, só não está a protagonizar o melhor arranque da sua história porque neste momento soma 15 pontos e em 1947-48 somou cinco vitórias, um empate e duas derrotas que lhe valeriam 16 pontos de acordo com a regra atual de três pontos por triunfo. Nessa temporada, sob a orientação do húngaro János Biri, os canarinhos alcançaram pela primeira vez o quarto lugar – feito apenas igualado em 2013-14 com Marco Silva, que não foi além de nove (2012-13) e 14 pontos (2013-14) ao cabo de oito jornadas nas duas épocas que culminaram com apuramentos para a Liga Europa.
 
Caso as vitórias valessem três pontos na altura, também o Estoril de 1946-47, também orientado por um húngaro, Lippo Hertzka, tinha concluído a 8.ª ronda com 15 pontos, fruto de cinco triunfos (e três derrotas).
 
Em termos de golo, para encontrar um melhor registo ofensivo do que os 12 golos apontados pelos homens de Bruno Pinheiro é preciso recuar aos tempos de Marco Silva, cujos pupilos faturaram por 12 vezes nas primeiras oito jornadas em 2013-14. Defensivamente, para descobrir melhor registo do que os sete golos sofridos dos estorilistas esta época é necessário retroceder até 1976-77, quando os canarinhos então orientados por António Medeiros tinham encaixado apenas seis golos.











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