Jogou no Benfica mas o único título que ganhou na Luz foi pela Grécia. Quem se lembra de Karagounis?
Karagounis somou 67 jogos e três golos pelo Benfica
Médio grego de características
ofensivas, representou o Benfica
entre 2005 e 2007 e viveu o momento mais alto da carreira precisamente no Estádio
da Luz, não de águia ao peito, mas ao serviço da seleção
da Grécia, quando conquistou o Campeonato da Europa em 2004.
Formado no Panathinaikos, Giorgos
Karagounis foi dando nas vistas na Liga
dos Campeões ao serviço do emblema de Atenas, afirmando-se como um médio
rotativo, com chegada à área e especialista em livres diretos. Em 2000-01
marcou mesmo um golo memorável de livre ao Manchester
United em Old Trafford, como que dando a provar aos red
devils do próprio veneno, uma vez que do outro lado estava só um dos
melhores executantes de sempre nesse tipo de lances, David Beckham.
Na temporada seguinte marcou um
golaço de cabeça que ajudou o Panathinaikos a eliminar o Arsenal.
O salto para um emblema de maior
dimensão mundial tornou-se inevitável, acabando por ser o Inter
de Milão a acolhê-lo no verão de 2003. Ao longo da primeira época em San
Siro atuou
pela primeira vez no Estádio da Luz, numa partida para a Taça UEFA, mas pouco
jogou às ordens de Alberto Zaccheroni. Porém, não haveria de acusar
falta de ritmo no final dessa temporada, aparecendo em grande no Euro 2004, ajudando
a Grécia
a conquistar um improvável título, tendo marcado o golo inaugural do torneio, num
disparo de fora da área no triunfo sobre Portugal
no Dragão.
O estatuto de campeão europeu não
lhe valeu de muito no regresso a Milão, onde às ordens de Roberto Mancini
voltou a ser pouco utilizado. A solução encontrada, já no final do mercado de
verão de 2005, foi a transferência para o Benfica,
que se preparava para voltar a competir na Liga
dos Campeões. Na primeira época na Luz,
às ordens de Ronald Koeman, desiludiu. Não esteve à altura do que se esperava.
Foi até mais vezes suplente utilizado (17) do que titular (13). E só marcou um
golo. Na temporada seguinte teve como
treinador alguém que já o tinha orientado no Panathinaikos, Fernando Santos, e ganhou
a admiração dos adeptos, integrando um losango do meio-campo no qual cabiam quatro
de cinco jogadores: Petit, Katsouranis, Karagounis, Rui Costa e Simão. Atuou em
37 jogos, marcou dois golos e ajudou o Benfica
a manter-se na luta pelo título até à última jornada do campeonato e a chegar aos
quartos de final da Taça
UEFA.
Após dois anos em Lisboa sem qualquer troféu conquistado, alegou
problemas pessoais para rescindir o contrato que era válido até junho de 2008,
terminando-o 12 meses mais cedo, e voltou ao Panathinaikos, numa altura em que
já tinha 30 anos. Apesar da idade, ainda foi a
tempo de disputar mais dois Europeus (2008 e 2012), dois Mundiais (2010 e 2014)
e de jogar duas épocas na Premier
League ao serviço do Fulham
(2012 a 2014).
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