quarta-feira, 6 de março de 2024

Jogou no Benfica mas o único título que ganhou na Luz foi pela Grécia. Quem se lembra de Karagounis?

Karagounis somou 67 jogos e três golos pelo Benfica
Médio grego de características ofensivas, representou o Benfica entre 2005 e 2007 e viveu o momento mais alto da carreira precisamente no Estádio da Luz, não de águia ao peito, mas ao serviço da seleção da Grécia, quando conquistou o Campeonato da Europa em 2004.
 
Formado no Panathinaikos, Giorgos Karagounis foi dando nas vistas na Liga dos Campeões ao serviço do emblema de Atenas, afirmando-se como um médio rotativo, com chegada à área e especialista em livres diretos. Em 2000-01 marcou mesmo um golo memorável de livre ao Manchester United em Old Trafford, como que dando a provar aos red devils do próprio veneno, uma vez que do outro lado estava só um dos melhores executantes de sempre nesse tipo de lances, David Beckham.
 
 
Na temporada seguinte marcou um golaço de cabeça que ajudou o Panathinaikos a eliminar o Arsenal.
 
 
O salto para um emblema de maior dimensão mundial tornou-se inevitável, acabando por ser o Inter de Milão a acolhê-lo no verão de 2003. Ao longo da primeira época em San Siro atuou pela primeira vez no Estádio da Luz, numa partida para a Taça UEFA, mas pouco jogou às ordens de Alberto Zaccheroni.
 
Porém, não haveria de acusar falta de ritmo no final dessa temporada, aparecendo em grande no Euro 2004, ajudando a Grécia a conquistar um improvável título, tendo marcado o golo inaugural do torneio, num disparo de fora da área no triunfo sobre Portugal no Dragão.
 
 
O estatuto de campeão europeu não lhe valeu de muito no regresso a Milão, onde às ordens de Roberto Mancini voltou a ser pouco utilizado. A solução encontrada, já no final do mercado de verão de 2005, foi a transferência para o Benfica, que se preparava para voltar a competir na Liga dos Campeões.
 
Na primeira época na Luz, às ordens de Ronald Koeman, desiludiu. Não esteve à altura do que se esperava. Foi até mais vezes suplente utilizado (17) do que titular (13). E só marcou um golo.
 
Na temporada seguinte teve como treinador alguém que já o tinha orientado no Panathinaikos, Fernando Santos, e ganhou a admiração dos adeptos, integrando um losango do meio-campo no qual cabiam quatro de cinco jogadores: Petit, Katsouranis, Karagounis, Rui Costa e Simão. Atuou em 37 jogos, marcou dois golos e ajudou o Benfica a manter-se na luta pelo título até à última jornada do campeonato e a chegar aos quartos de final da Taça UEFA.
 
 
Após dois anos em Lisboa sem qualquer troféu conquistado, alegou problemas pessoais para rescindir o contrato que era válido até junho de 2008, terminando-o 12 meses mais cedo, e voltou ao Panathinaikos, numa altura em que já tinha 30 anos.
 
Apesar da idade, ainda foi a tempo de disputar mais dois Europeus (2008 e 2012), dois Mundiais (2010 e 2014) e de jogar duas épocas na Premier League ao serviço do Fulham (2012 a 2014).








 

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