quinta-feira, 14 de outubro de 2021

As cinco vezes em que o Sintrense defrontou equipas da I Divisão na Taça

Sintrense é presença assídua nos campeonatos nacionais
Em vésperas de receber o FC Porto (sexta-feira, 18.45) em jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, o Sport União Sintrense vai defrontar pela sexta vez uma equipa da I Divisão na prova rainha.
 
Curiosamente, nas cinco ocasiões anteriores, três dos adversários do emblema de Sintra atingiram a final da competição, sendo que dois acabaram mesmo por erguer o troféu em pleno Estádio Nacional, no Jamor.
 
Embora seja presença assídua nos campeonatos nacionais, desde 1988-89 que o Sintrense não mede forças na Taça com um oponente primodivisionário.
 
Vale por isso a pena recordar os cinco confrontos anteriores entre a formação amarela e azul e clubes da I Divisão na Taça de Portugal.
 

1964-65: 32 avos de final

1ª mão: Sp. Braga 5-1 Sintrense (13 de setembro de 1964)
2ª mão: Sintrense 2-1 Sp. Braga (20 de setembro de 1964)
Numa época em que o Sintrense se estreava na II Divisão Nacional, apanhou pela primeira vez na Taça de Portugal uma equipa primodivisionária, neste caso o Sp. Braga.
Na primeira-mão, no Estádio 28 de Maio, que cerca de uma década depois se passaria a chamar Estádio Municipal 1º de Maio, os bracarenses receberam e golearam a formação de Sintra por 5-1, num encontro em que os Palmeira (dois), Bino, Teixeira e Morais marcaram para os arsenalistas e Sérgio para os visitantes.
No entanto, uma semana depois os minhotos foram derrotados no Campo Manuel Soares Barreto por 1-2.
Nessa edição da prova, o Sp. Braga viria a atingir pela primeira vez as meias-finais.
 

 

1966-67: 16 avos de final

1ª mão: Vitória de Setúbal 3-0 Sintrense (15 de janeiro de 1967)
2ª mão: Sintrense 1-2 Vitória de Setúbal (29 de janeiro de 1967)
Após ter afastado o Luso Barreiro na primeira eliminatória, o Sintrense apanhou pela frente um Vitória de Setúbal que nas duas épocas anteriores tinha atingido a final da Taça de Portugal e que inclusivamente tinha conquistado o troféu em 1965.
Sem surpresa, os sadinos ultrapassaram a formação de Sintra, depois de terem vencido por 3-0 no Bonfim e por 2-1 no terreno do adversário.
Ainda assim, o Sintrense aproveitou o fator casa para fazer a vida negra aos setubalenses, que viriam a conquistar a sua segunda Taça de Portugal nessa temporada. “Sentimos algumas dificuldades no Sintrense, pois o campo era pelado e mais pequeno que o normal. E eles fizeram das tripas coração. Eram da II Divisão”, recordou Fernando Tomé, em declarações proferidas ao jornal O Setubalense.
 
 

1967-68: 16 avos de final

1ª mão: Belenenses 3-0 Sintrense (21 de janeiro de 1968)
2ª mão: Sintrense 1-2 Belenenses (28 de janeiro de 1968)
Pela segunda época consecutiva, o Sintrense defrontava uma equipa da I Divisão nos 16 avos de final, desta feita o Belenenses, um clube que nessa altura já contava no palmarés com um título nacional e duas Taças de Portugal.
Tal como nas ocasiões anteriores, prevaleceu a lei do mais forte, com vitórias dos azuis tanto no Restelo (3-0) como em Sintra (2-1).
Na eliminatória anterior, o Sintrense tinha afastado o Tramagal. Já o emblema da Cruz de Cristo haveria de chegar aos quartos de final da Taça.
 
 

1971-72: oitavos de final

Sporting 3-0 Sintrense (1 de abril de 1972)
Após afastar Nazarenos, Portimonense, Sp. Espinho e Sp. Bissau nas rondas anteriores, o Sintrense chegou pela segunda vez aos oitavos de final da Taça de Portugal e teve direito a visitar um dos maiores palcos do futebol nacional, o velhinho Estádio José Alvalade.
Perante um Sporting onde pontificavam nomes como Vítor Damas, Hilário e Hector Yazalde, a formação de Sintra foi derrotada por três bolas a zero, com golos de Fernando Peres (25 minutos, de grande penalidade), Nélson Fernandes (27’) e Dinis (45’).
Os leões haveriam de chegar à final da Taça de Portugal, onde foram derrotados pelo rival Benfica.
 

 

1988-89: 64 avos de final

Sintrense 0-3 Belenenses (1 de novembro de 1988)
Cerca de duas décadas depois, Sintrense e Belenenses voltaram a medir forças na Taça de Portugal, numa altura em que a turma de Sintra militava na III Divisão Nacional e a de Belém vivia a melhor fase no pós-Matateu, apesar de ter passado pela II Divisão na década de 1980.
A resistência do Sintrense durou toda a primeira parte e 17 minutos da segunda. Depois os azuis do Restelo construíram uma vitória folgada, com golos de Jaime das Mercês (62 minutos), Paulo Sérgio (83’) e Chiquinho Conde (84’).
“O Sintrense adiou enquanto pôde e as forças lhe permitiram – num encontro marcado pela diferença de valores técnicos e capacidades físicas – a derrota sofrida no segundo tempo, quase de rompante, frente a um Belenenses astuto e com outras soluções para alterar um resultado que parecia querer persistir muito para além dos 62 minutos”, escreveu o jornalista Bertolino de Carvalho na edição do dia seguinte do Diário de Notícias.
O emblema da Cruz de Cristo, então orientado pelo inglês John Mortimore, haveria de conquistar a Taça nessa temporada.






 










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