terça-feira, 20 de setembro de 2022

Os 11 jogadores com mais jogos pelo Marítimo na I Divisão

Dez jogadores que ficaram na história do Marítimo
Fundado a 20 de setembro de 1910 por Cândido Gouveia, o Clube Sport Marítimo adotou as cores conotadas com o Partido Republicano Português, para contrapor com o carácter monárquico e elitista do seu principal rival nos primeiros tempos, o Club Sports Madeira.
 
Já depois da cisão que deu origem ao Clube Futebol União, os verde-rubros participaram em 13 das 17 edições do Campeonato de Portugal, para o qual estavam habilitados a competir os respetivos vencedores dos campeonatos regionais, acabando mesmo por se sagrarem campeões nacionais em 1925-26 ao bater o Belenenses na final.
 
Entretanto, o Campeonato de Portugal deu lugar a um sistema de divisões que excluiu todas as equipas insulares. Por isso, o Marítimo só se estreou nos campeonatos nacionais, neste caso a II Divisão, em 1973-74. Quatro épocas depois, os maritimistas tornaram-se na primeira equipa madeirense a chegar à I Divisão.
 
Após duas descidas e outras tantas subidas, o autoproclamado Maior das Ilhas acabou por consolidar a sua posição no primeiro escalão, estando desde 1985-86 a competir entre os grandes. Em 2022-23, os madeirenses estão a participar pela 43.ª vez – a 38.ª consecutiva – no patamar maior do futebol português.
 
Ao longo deste já longo trajeto, o melhor que os maritimistas conseguiram foi o quinto lugar por seis vezes, em 1992-93, 1993-94, 1997-98, 2007-08, 2009-10 e 2011-12.
 
Paralelamente, foram finalistas vencidos da Taça de Portugal em 1994-95 e 2000-01 e da Taça da Liga em 2014-15 e 2015-16 e participaram por nove vezes na Taça UEFA/Liga Europa.
 
Vale por isso a pena recordar os onze jogadores com mais jogos pelo Marítimo na I Divisão.
 
 

11. Alex Bunbury (165 jogos)

Alex Bunbury
O melhor marcador de sempre do Marítimo na I Divisão, com 59 golos.
Possante avançado internacional canadiano (1,86 m), chegou ao Funchal em dezembro de 1993, depois de uma experiência em Inglaterra ao serviço do West Ham. “Não conhecia nada do Marítimo. Só sabia que era uma equipa da I Divisão e sabia que a I Liga portuguesa era boa. E eu queria era jogar, portanto era o suficiente. Mal cheguei apaixonei-me pela ilha da Madeira e pelo clube. Foi tudo muito bom”, contou ao Maisfutebol.
Com impacto imediato na equipa, rapidamente conquistou a titularidade, tendo marcado golos atrás de golos que ajudaram os madeirenses a fazer algumas das melhores épocas de sempre. Em 1993-94 ainda foi a tempo de marcar quatro golos que ajudaram os verde-rubros a alcançar o quinto lugar no campeonato, classificação repetida em 1997-98, numa campanha em que faturou por onze vezes. Pelo meio, contribuiu para a caminhada até à final da Taça de Portugal em 1994-95.
“Os meus sete anos na ilha e as viagens para o continente a cada duas semanas são a experiência mais memorável da minha carreira futebolística. Tive a felicidade de jogar com jogadores extremamente talentosos, treinadores especiais e os melhores adeptos do mundo. A minha passagem pelo clube teve muito sucesso se observarmos que jogámos na final da Taça de Portugal contra o Sporting e nos qualificámos para as competições europeias, onde jogámos contra a Juventus e o Leeds United… não há muito melhor que isto, especialmente quando estás no mesmo campo que o Luís Figo e o Roberto Baggio. O meu apreço e amor pelo futebol português e ainda mais pelas pessoas e pelo país é algo que as palavras não conseguem descrever. Devo muito ao Marítimo e às gentes da Madeira, especialmente aos presidentes Rui Fontes e Carlos Pereira, por acreditarem em mim e me darem a oportunidade de jogar com tantos jogadores excelentes”, afirmou, ao portal Relato.
No verão de 1999, após uma temporada em que apontou 15 golos, deixou a Madeira e rumou aos norte-americanos do Sporting Kansas City.
 
 
 

10. Albertino (169 jogos)

Albertino
Lateral direito internacional jovem português, chegou ao Marítimo no verão de 1997, proveniente da Académica, e por lá se manteve durante sete anos.
Durante o seu percurso nos Barreiros amealhou um total de 169 jogos (151 a titular) na I Divisão e apontou três golos, tendo ajudado os madeirenses a alcançarem um honroso quinto lugar logo na época de estreia e a chegarem à final da Taça de Portugal em 2000-01. Em pleno Jamor, Albertino teve a oportunidade de enfrentar o seu irmão gémeo Nélson, que atuava no FC Porto.
No verão de 2004 deixou o Funchal e rumou ao Marco. “Sinto um misto de emoções. Por um lado, satisfação e gratidão por estas sete temporadas; mas por outro estou angustiado e triste, pela forma como vou sair do Marítimo. Mas tudo tem o seu fim e tenho de aceitar que o meu casamento com o Marítimo vai acabar", sublinhou, na hora da despedida.
 
 


9. Zainadine (170 jogos)

Zainadine
Defesa central internacional moçambicano que marcou presença no CAN 2010, entrou no futebol português em 2013-14, quando se tornou jogador do Nacional.
Após duas épocas e meia na Choupana e uma temporada nos chineses do Tianjin Teda, reforçou o Marítimo em janeiro de 2017, inicialmente por empréstimo, mas a partir de meados de 2018 a título definitivo.
Desde que chegou aos Barreiros que já amealhou 170 encontros (165 a titular) e seis golos na I Liga, tendo contribuído para o apuramento para a Liga Europa em 2017.
 
 
 

8. Eusébio (173 jogos)

Eusébio
Tem nome de goleador, mas era um lateral esquerdo de elevada estatura (1,89 m) natural do Funchal e que fez grande parte da formação no Marítimo, tendo transitado para a equipa principal em 1992-93.
Embora tivesse sido um titular indiscutível em não mais do que três ou quatro épocas, Eusébio pertenceu aos quadros dos verde-rubros durante 13 anos, apesar de ter estado emprestado ao Sp. Espinho em 1994-95 (durante meio ano) e ao Machico em 1996-97.
Em termos de I Liga amealhou 173 encontros (158 a titular) e seis golos entre 1992 e 2005, tendo contribuído para a obtenção de um honroso 5.º lugar em 1992-93, 1993-94 e 1997-98 e para a caminhada até à final da Taça de Portugal em 2000-01.
Após uma longa ligação aos maritimistas, mudou-se para o Estrela da Amadora no verão de 2005, tendo encerrado a carreira depois de uma temporada na Reboleira.
 
 
 

7. Bruno (182 jogos)

Bruno
Mais um madeirense formado em grande parte pelo Marítimo, neste caso um médio com qualidade de passe e especialista na execução de bolas paradas que transitou para a equipa principal em 1992-93, mas que acabou por se estrear oficialmente pelos seniores de verde-rubros apenas em agosto de 1994, já após um empréstimo à Camacha.
Em 1994-95 participou em cinco partidas na I Liga, todas como suplente utilizado, tendo nessa temporada contribuído para a caminhada até à final da Taça de Portugal.
Nas duas épocas que se seguiram esteve cedido ao Machico, tendo regressado depois aos Barreiros para se afirmar em definitivo entre 1997 e 2002. Nesse período amealhou 102 jogos (93 a titular) e quatro golos no campeonato, ajudando os madeirenses a alcançar o quinto lugar em 1997-98 e a chegar novamente ao Jamor em 2000-01. Paralelamente, representou uma vez a seleção nacional B em janeiro de 2002, diante da congénere norueguesa.
No verão de 2002 deu o salto para o FC Porto, o que fez dele um campeão nacional e um vencedor da Taça de Portugal e da Taça UEFA às ordens de José Mourinho, mas em janeiro de 2003 voltou aos maritimistas para participar em sete jogos no campeonato, todos como titular e até final de fevereiro.
Em 2003-04 esteve cedido ao Moreirense e nos três anos que se seguiram representou o Nacional. “Eu ia jogar contra o clube do meu coração e isso não é fácil. Houve muitas pessoas que não entenderam essa situação e como eu mantive o meu nível exibicional no Nacional, as pessoas não conseguiram compreender muito bem”, confessou ao Maisfutebol.
No verão de 2007 regressou uma vez mais ao Marítimo, aos 33 anos, para totalizar 68 partidas (66 a titular) e dez golos ao longo de três épocas, ajudando os verde-rubros a igualar a melhor classificação da sua história, o quinto lugar, em 2007-08 e 2009-10. “Entre muitas situações não é fácil escolher os melhores momentos e os piores, mas naturalmente que entre os melhores estão as muitas idas à Europa pelo Marítimo”, contou, em jeito de balanço.
No verão de 2010 deixou os leões do Funchal, mas continuou na ilha da Madeira ao serviço do União.
“O Bruno era claramente acima da média. Tecnicamente muito evoluído. Aliás, se chegou ao FC Porto é porque tinha qualidade. Para o Mourinho o ir buscar...”, afirmou Carlos Brito, que o treinou no Nacional em 2006-07, ao portal Bancada. “Muita qualidade técnica e inteligentíssimo. Quando joguei com ele, ele já não tinha aquela velocidade e força física, mas compensava com qualidade de passe e nas bolas paradas. Ele era muito bom”, acrescentou o central Fábio Ervões, com quem Bruno partilhou o balneário no União da Madeira em 2011-12.
 
 
  
 

6. Marcos (200 jogos)

Marcos
Guarda-redes brasileiro natural de Siqueira Campos, no estado do Paraná, chegou ao Marítimo em janeiro de 2003, proveniente do Paraná.
Em seis anos e meio nos Barreiros amealhou 200 encontros (todos a titular) e 207 golos sofridos na I Liga, tendo contribuído para a obtenção de um honroso 5.º lugar em 2007-08 e conquistado o estatuto de um dos melhores guardiões de sempre dos leões da Madeira.
Em 2004-05, ganhou mesmo o prémio Record de melhor guarda-redes da I Liga.
No verão de 2009 deixou o Funchal e rumou ao futebol italiano.
 


5. Edgar Costa (213 jogos)

Edgar Costa
Um dos dois únicos elementos desta lista que ainda se encontram no ativo – e ao serviço do clube.
Extremo natural de Câmara de Lobos, concluiu a formação e iniciou o seu trajeto enquanto sénior no União da Madeira, tendo ainda passado sem grande sucesso pelo Nacional e depois pelo Moreirense antes de ingressar no Marítimo no verão de 2014.
Embora nem sempre um titular indiscutível, Edgar Costa tem sido feliz nos Barreiros como não o tinha sido em nenhum outro clube na carreira. Aos 34 anos, ostenta a braçadeira de capitão e é um digno representante da fibra madeirense nos verde-rubros.
Ao longo deste percurso nos maritimistas amealhou um total de 213 encontros (161 a titular) e 15 golos, tendo contribuído para as caminhadas até final da Taça da Liga em 2014-15 e 2015-16 e para o apuramento para a Liga Europa em 2017.
A irmã mais nova de Edgar Costa, Érica, representa a equipa principal feminina do Marítimo.
 
 
 

4. Zeca (216 jogos)

Zeca
Mais um madeirense formado no Marítimo, neste caso um médio de características defensivas que percorreu praticamente todas as seleções jovens portuguesas e que foi convocado pela primeira vez para um jogo da equipa principal em 1991-92.
Contudo, teve de esperar pela época seguinte para somar os primeiros minutos na I Liga e iniciar um percurso de 14 anos consecutivos sempre a jogar ao serviço dos insulares no primeiro escalão.  
Ao longo desse percurso amealhou 216 encontros (171 a titular) e três golos pelos verde-rubros no patamar maior do futebol português, tendo contribuído para a obtenção da melhor classificação de sempre do clube entre os grandes, o quinto lugar, em 1992-93, 1993-94 e 1997-98. Paralelamente, ajudou os maritimistas a chegar à final da Taça de Portugal em 1994-95 e 2000-01.
No verão de 2005 cortou o cordão umbilical e transferiu-se para o Santa Clara.
 
 
 

3. Ewerton (248 jogos)

Ewerton
Guarda-redes brasileiro recrutado ao Portuguesa no verão de 1987, foi o dono da baliza do Marítimo ao longo de oito anos, ajudando a estabelecer os insulares na I Divisão, mesmo a jogar sem… um rim e o baço.
“A história da minha chegada ao Marítimo é bem curiosa. Nos anos 80 não existia de uma forma tão presente a figura do empresário de futebol. Não é como hoje, nada a ver. E então acontecia muito de os clubes enviarem o treinador, o diretor ou o presidente a ver jogos ao Brasil. Foi o que aconteceu comigo. Na altura, veio o senhor Carlos Pereira, que atualmente é presidente, e o Manuel Oliveira, que era o treinador. Vieram ali no mês de julho, para assistir jogos e contratar jogadores. Chegaram a São Paulo e não sabiam para onde ir. Nos aeroportos do Brasil havia a figura do carregador de malas, que ajudava a levar a bagagem. Ora, o carregador que os ajudou tinha vestida uma camisola do Corinthians. Como eles ainda não tinham plano, perguntaram se sabia se havia algum jogo por aquela altura. Como ele era adepto do Corinthians, disse-lhes que eles jogavam essa noite, no Pacaembu. E o jogo era contra o Noroeste de Bauru, onde eu estava emprestado! Veja lá bem. Acho que ganhámos 2-0, salvo erro. Eles viram e gostaram muito. Decidiram ir até Campinas e acompanharam mais três jogos nossos. Ao quarto jogo já estava vendido. O senhor Manuel [Oliveira] queria levar seis jogadores do Noroeste. Acabei por ir eu, o Vadinho, que era um trinco, e o Amarildo, que era um central, que foi para o FC Porto e depois eles emprestaram ao Marítimo”, recordou, ao Maisfutebol, em abril de 2018.
Entre 1987 e 1995 amealhou um total de 248 encontros (todos a titular) e 290 golos sofridos, tendo contribuído para a obtenção do quinto lugar no campeonato em 1992-93 e 1993-94, naquelas que foram as duas primeiras (de seis) vezes em que os maritimistas concluíram o campeonato nessa posição e também as duas primeiras (de nove) ocasiões em que os leões do Funchal se apuraram para as competições europeias.
Paralelamente, foi decisivo na caminhada até à primeira final da Taça de Portugal para os madeirenses, em 1994-95, tendo inclusivamente defendido a baliza verde-rubra no Jamor. Nessa campanha, a exibição mais destacada foi na vitória sobre o FC Porto na meia-final, nos Barreiros. “Foi, sem dúvida, um dos jogos mais importantes da minha carreira. Levou-nos à final da Taça de Portugal e também coincidiu com o nascimento da minha terceira filha, Luciana. Ela fará 20 anos em maio”, lembrou, ao Record, em abril de 2015..
Em 1995-96 ainda arrancou a temporada no clube, mas acabou por deixar o Marítimo e encerrar a carreira durante essa época.
 
 
 

2. Briguel (258 jogos)

Briguel
Defesa lateral natural do Funchal sobrinho do presidente Carlos Pereira e com alcunha inspirada do antigo internacional alemão Hans-Peter Briegel, fez toda a formação nas camadas jovens do Marítimo, tendo entrado no clube em 1986 e transitado para a equipa principal em 1998-99, embora só se tivesse estreado em agosto de 2000.
Um menino da casa que se fez capitão e referência nos Barreiros, amealhou um total de 258 encontros (235 a titular) e dois golos na I Liga entre 2000 e 2016, tendo contribuído para a obtenção do quinto lugar em 2007-08, 2009-10 e 2011-12 e para a caminhada até à final da Taça de Portugal em 2000-01.
Paralelamente, tornou-se internacional sub-21, tendo participado no Campeonato da Europa da categoria em 2002.
“Sinto orgulho pela carreira que fiz, desde a formação – onde comecei aos 7 anos – com muito trabalho e sacrifício”, afirmou ao Record em dezembro de 2014, destacando os pontos altos do seu percurso profissional: “A qualificação para a fase de grupos da Liga Europa, todas as participações europeias, as duas finais da Taça de Portugal e a presença no Campeonato da Europa pela Seleção de sub-21.”
“Ao longo da minha carreira, cheguei a ter conversações com outros clubes, mas nunca chegaram a bom porto. E também entendi que devia retribuir tudo o que o Marítimo fez por mim”, confessou, ao portal Relvado, em novembro de 2011.
Em 2016 encerrou uma carreira em que só serviu o Marítimo, mas continuou ligado ao clube nas funções de diretor desportivo.
 
 
 
 

1. Carlos Jorge (293 jogos)

Carlos Jorge
Defesa central nascido no Funchal, concluiu a formação no Marítimo e transitou para a equipa principal em 1985-86, mas nessa época só jogou para a Taça de Portugal.
Na temporada seguinte estreou-se na I Divisão, tendo atuado em 13 jogos (oito a titular).
Em 1987-88 representou o União da Madeira, mas na época que se seguiu voltou aos Barreiros e por lá ficou até ao verão de 1992, tendo nesse período amealhado 120 encontros (113 a titular) e nove golos no primeiro escalão, contribuindo para a consolidação do Marítimo no patamar maior do futebol português.
Paralelamente, somou quatro internacionalizações pela seleção nacional sub-21 e chegou a ser convocado para a seleção nacional AA, mas não saiu do banco num empate a zero com a Roménia no Estádio do Bonfim a 31 de agosto de 1989.
Valorizado pelas boas campanhas com a camisola verde-rubra, deu o salto para o Sporting a meio de 1992, mas acabou por voltar a casa dois anos depois.
Nesta derradeira passagem pelo Marítimo totalizou 160 partidas (146 a titular) e faturou por uma dezena de vezes entre 1994 e 2001, ajudando os insulares a concluírem no quinto lugar o campeonato de 1997-98 e a chegarem à final da Taça de Portugal em 1994-95 e 2000-01.
Após pendurar as botas, Carlos Jorge assumiu a função de treinador adjunto de Pedro Martins na equipa B e no plantel principal dos maritimistas entre 2009 e 2014.
 










1 comentário:

  1. senhor bruno esse equipamento mitico e enviar para a radio comercial em nome do senhor pedro ribeiro mentor do futebol e o momento agora a dar na sportv e em podcast por ai nas nets do futebol abraços a esta equipa se alguem dizer alguma coisa tudo começou por aqui ei no desporto pipebomb .

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