sexta-feira, 12 de março de 2021

Cinco jogadores apontados à estreia na Seleção Nacional em 2021

Fernando Santos já promoveu 47 estreias na seleção
2021 é o ano em que pela primeira vez a Seleção Nacional vai entrar na fase final de uma grande competição na condição de campeã em título. O peso dessa responsabilidade e a companhia de França e Alemanha no Grupo F do Campeonato da Europa aparentam ser obstáculos complicados de contornar para os homens de Fernando Santos, que este mês se vão voltar a reunir para preparar e disputar três jogos relativos à fase de qualificação para o Mundial 2022, frente a Azerbaijão, Sérvia e Luxemburgo.
 
Por ser ano de uma grande competição, 2021 também poderá marcar o fim do ciclo de alguns jogadores na equipa das quinas, nomeadamente os mais veteranos, como Pepe, José Fonte, João Moutinho ou... Cristiano Ronaldo.
 
Mas mais do que a necessidade de renovar algumas posições, há novos valores a emergir que prometem intrometer-se na luta por um lugar no lote de convocados e que podem baralhar (ainda mais) as contas de Fernando Santos, que já promoveu 47 estreias na Seleção Nacional e vai anunciar a primeira convocatória do ano na terça-feira. Eis os principais candidatos a somar a primeira internacionalização em 2021.
 
Rui Silva
Comecemos pela baliza. Chamado pela primeira vez à Seleção Nacional em agosto de 2020, aquando dos jogos da Liga das Nações frente a Croácia e Suécia no mês seguinte, Rui Silva voltou a ser convocado para os jogos de outubro e novembro, ultrapassando o titular do Olympiacos, José Sá, na hierarquia de Fernando Santos. No entanto, ainda não teve a possibilidade de se estrear, até porque à sua frente tem dois guarda-redes de enorme qualidade, Rui Patrício e Anthony Lopes.
Desde janeiro de 2017 no Granada, o antigo guardião do Nacional conquistou a titularidade no emblema andaluz em 2019-20 e desde a temporada passada que compete ao mais alto nível na I Liga espanhola, sendo que esta época ainda está em prova na Liga Europa.
Em afirmação num dos melhores campeonatos do mundo, já defendeu quatro penáltis na presente temporada e deverá dar o salto para o Betis em junho, quando terminar contrato com o Granada.
 
 
 

Nuno Mendes
Da baliza passamos para o lado esquerdo da defesa. Desde 2018 que Fernando Santos tem escolhido apenas dois jogadores para essa posição, Raphael Guerreiro e Mário Rui. E quando um deles se mostrou indisponível, em outubro de 2010, foi convocado Sequeira, do Sp. Braga. Porém, as circunstâncias mudaram em 2020-21 com a ascensão e afirmação de Nuno Mendes na equipa principal do Sporting.
A cada jogo que passa, a jovem promessa leonina vai provando que não se trata de apenas um jogador a fazer um bom arranque de época, mas sim que é um jogador a ter em conta para a Seleção Nacional.  Após perfilar-se como uma das figuras do líder da I Liga e de ter conquistado a titularidade dos sub-21 portugueses, não causará grande espanto quando o seu nome for selecionado para a principal equipa das quinas.
O único senão é o facto de Fernando Santos ainda não o ter observado muitas vezes numa defesa a quatro num contexto competitivo elevado.
 
 
 
João Palhinha
Da defesa passamos para o meio-campo, mas permanecemos em Alvalade. Numa altura em que William Carvalho é suplente do Betis e Danilo Pereira vai alternando entre a titularidade (mas maioritariamente como defesa central) e o banco do Paris Saint-Germain, o melhor que podia acontecer a Fernando Santos é ver um médio de características defensivas a mostrar sucessivamente um nível exibicional bastante convincente. Felizmente para o selecionador nacional, é o que tem vindo a acontecer com João Palhinha.
O médio sportinguista tem sido uma das figuras da equipa que lidera o campeonato e, arrisco dizer, é o principal candidato (entre estes cinco) a estrear-se pela Seleção Nacional já no triplo compromisso de março. A conjuntura está bastante favorável para este centrocampista que teve um pé fora do emblema verde e branco, mas que se tem revelado um autêntico monstro à frente do trio de centrais.
 
 
 
Pedro Gonçalves
Continuando em Alvalade, é inevitável do melhor marcador da I Liga, Pedro Gonçalves, que até nem é ponta de lança. Com 15 golos no campeonato e grande preponderância na manobra ofensiva da formação orientada por Rúben Amorim, o antigo jogador do Famalicão tem levado a cabo a missão que parecia impossível de fazer esquecer Bruno Fernandes.
É verdade que para as posições de ataque há um alargado leque de opções, como Cristiano Ronaldo, João Félix, Bruno Fernandes, Diogo Jota, Trincão, Pedro Neto, André Silva, Gonçalo Guedes, Rafa Silva, Paulinho ou Podence, mas quem apresenta as exibições e os números que Pote tem ostentado ganha o direito a sonhar.
 
 
 
Rafael Leão
Em último lugar, mas nem por isso menos importante, há Rafael Leão. Embora haja várias alternativas para as posições mais ofensivas, nomeadamente as já indicadas acima, quem joga muito – aproveitando a recente lesão de Zlatan Ibrahimovic – e mostra qualidade num clube como o AC Milan também tem direito a sonhar.
Embora não tenha um registo de golos assinalável para um jogador que chega a atuar em algumas ocasiões a ponta de lança, o avançado rossonero tem a vantagem de ter características que encaixam numa equipa que aposta no contra-ataque, uma arma que Fernando Santos aprecia, e de ser um jogador muito forte fisicamente (1,88 m). Normalmente, à disposição do selecionador há futebolistas rápidos mas baixos ou possantes mas mais posicionais.
 












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