quarta-feira, 4 de junho de 2025

O campeão europeu pela Grécia e intercontinental pelo FC Porto. Quem se lembra de Seitaridis?

Giourkas Seitaridis vestiu a camisola do FC Porto em 2004-05
Foi um dos campeões europeus pela Grécia em Portugal, em 2004, e reforçou o FC Porto no início da época seguinte, mas a sua qualidade há muito que estava referenciada pelos lados do Dragão. Tanto assim foi que quem indiciou a sua contratação foi José Mourinho, com quem não chegou a cruzar-se nos azuis e brancos, por tê-lo identificado como o sucessor perfeito para Paulo Ferreira: alto (1,85 m), seguro defensivamente, forte no jogo aéreo e com capacidade física e qualidade técnica para embalar com bola pelo flanco direito.
 
Giourkas Seitaridis nasceu na zona portuária do Pireu, em Atenas, e começou por representar o PAS Giannina, de onde saiu para o Panathinaikos em janeiro de 2001, cerca de meio ano depois de se ter sagrado campeão da II Liga grega.
 
No emblema da capital helénica mostrou que tinha qualidade para ser um jogador de seleção, tendo feito a estreia pela principal equipa nacional da Grécia em fevereiro de 2002, poucos meses antes de estar presente no Campeonato da Europa de sub-21. Eleito jovem futebolista grego do ano em 2001, deu nas vistas ao marcar um golo ao Manchester United, na segunda fase de grupos da Liga dos Campeões, em março desse ano.
 
 
Valorizado pelo contributo para a dobradinha grega de 2003-04 e para o apuramento da sua seleção para o Euro 2004, comprometeu-se com o FC Porto ainda antes do Campeonato da Europa realizado em Portugal, numa transferência que rendeu três milhões de euros aos cofres do Panathinaikos, mas que só foi oficializada no final de julho.
 
Entretanto, não só se sagrou campeão europeu como foi escolhido para a equipa ideal do torneio, o que reforçou a sua valorização. O Real Madrid ainda mostrou interesse nos seus serviços, mas chegou tarde.
 
Na única época em que atuou de dragão ao peito foi titular indiscutível, tendo começado no onze 33 dos 34 jogos que disputou e conquistado a Supertaça Cândido de Oliveira e a Taça Intercontinental, mas deu a sensação de ter ficado um pouco aquém das expetativas.
 
Ainda assim, o FC Porto conseguiu valorizá-lo ao ponto de, em maio de 2005, o ter transferido para o Dínamo de Moscovo por 10 milhões de euros, mais do triplo do que custou, tendo seguido para a Rússia na companhia de Costinha, Maniche e… Thiago Silva – meio ano depois de Derlei ter feito o mesmo trajeto.
 
Tal como quase todos os elementos do gigante contingente português no clube, Seitaridis não teve uma adaptação fácil à Rússia, país muito mais frio que Grécia ou Portugal.
 
 
Depois de apenas dez jogos pelo Dínamo, transferiu-se para o Atlético Madrid em junho de 2006 por 12 milhões de euros, tendo reencontrado Costinha e Maniche na capital espanhola. Embora num clima mais favorável do que o de Moscovo, não teve um início de aventura propriamente bem conseguido no Vicente Calderón, uma vez que foi expulso no jogo de estreia, diante do Racing Santander, e também no quinto encontro pelos colchoneros, frente ao Recreativo Huelva.
 
Ainda assim, afirmou-se como titular no Atlético até uma grave lesão nos dois tendões de Aquiles o ter levado à mesa de operações em novembro de 2007. Posteriormente, foram as contratações de Tomáš Ujfaluši e John Heitinga a retirar-lhe espaço, o que até fez com que fosse considerado um jogador transferível e se tivesse falado do interesse (não efetivado) do Benfica. Apesar das contrariedades, foi convocado para o Euro 2008.
 
No final de abril de 2009, Seitaridis e Maniche foram suspensos pelo presidente do clube, Enrique Cerezo, por não aparecerem no Vicente Calderón para assistir a um jogo diante do Sporting Gijón, o que era obrigatório para os jogadores não convocados. Duas semanas depois, o lateral grego foi mesmo despedido, quando ainda tinha um ano de contrato para cumprir, ao fim de 72 jogos em três anos ao serviço dos rojiblancos.
 
 
Livre para assinar por qualquer clube, voltou ao Panathinaikos em setembro de 2009, mas o regresso ficou marcado por problemas físicos frequentes. Ainda assim, conseguiu ser chamado para o Mundial 2010 e dar um pequeno contributo para a conquista da dobradinha grega em 2009-10. Entre novembro de 2010 e novembro de 2012 voltou a ser orientado por um treinador português – depois de Fernando Santos no Panathinaikos em 2002-03 e José Couceiro no FC Porto em 2004-05 –, Jesualdo Ferreira.
 
No verão de 2013 encerrou a carreira, aos 32 anos. 



 


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