O goleador do Belenenses que virou arma secreta do Benfica (sempre com JJ). Quem se lembra de Weldon?
Weldon brilhou no Belenenses antes de representar o Benfica
No Belenenses
foi o goleador de serviço em 2007-08. No Benfica
ficou conhecido como a arma secreta na época do título de 2009-10. Em ambas as
condições, esteve às ordens de Jorge
Jesus.
Avançado brasileiro que havia
passado por clubes importantes no seu país como Santos,
Cruzeiro
e Sport
Recife, tendo ainda vivenciado experiências em França com as camisolas de
Sochaux e Troyes, tinha a fama de ser um jogador muito rápido na condução de
bola, mas algo instável psicologicamente, pouco intenso nos treinos e com mais
gosto pelo dinheiro do que pelo futebol. Quem confiou nele foi Jorge
Jesus, sempre muito atento ao mercado brasileiro, que o contratou para o
seu Belenenses
no verão de 2007, após a saída de Dady para o Osasuna. Silas,
que muitas vezes o serviu na única temporada [2007-08] em que jogaram juntos,
recorda-o como “uma fera nos jogos, que rendeu muitos pontos à equipa”, mas com
um comportamento completamente diferente nos treinos. “Quando chegou, no
primeiro treino que fez, nem parecia um jogador de I
Liga. Estávamos a treinar e passávamos-lhe a bola e ele não reagia... a
bola passava-lhe sempre ao lado. Até que Jorge
Jesus, que era o nosso treinador, se virou para o adjunto e disse ‘ó Raúl
[José], este não é o gajo que nós fomos ver ao Brasil’”, contou o antigo médio
ao Diário
de Notícias em outubro de 2016. Weldon, que apontou 13 golos em
30 jogos oficiais pelos azuis
do Restelo, admite que “nunca foi de treinar muito”, mas ressalva que nesse
dia estava cansado por não ter dormido após ter aterrado em Lisboa. “Com o mister
Jesus
tínhamos de treinar como se fosse um jogo, tínhamos de correr, senão ele nos
xingava e nos dirigia palavrões”, assumiu o avançado, que nessa época marcou o
único golo – e que golo! – da vitória sobre o Benfica
no Restelo (1-0).
Entretanto o atacante voltou ao
Brasil para jogar por Cruzeiro
e Sport,
mas no verão de 2009 regressou a Portugal para reforçar o Benfica,
aos 29 anos, pouco depois de Jorge
Jesus ter sido anunciado como novo treinador dos encarnados,
com o treinador a apelidá-lo de “jogador mais rápido do mundo com a bola
controlada”. Tapado por Cardozo, Saviola, Nuno
Gomes e posteriormente Alan Kardec, ficou conhecido como a arma secreta que
saltava do banco para marcar. Fê-lo nos dois primeiros jogos, na receção ao Marítimo
para o campeonato (1-1) e na goleada caseira sobre os ucranianos do Vorskla no playoff
da Liga
Europa (4-0). Depois de uma seca de golos que durou mais de meio ano e de
ter recusado sair em janeiro para os gregos do PAOK, reapareceu com dois bises
em abril, em partidas em que foi titular de forma surpreendente, nas visitas à
Naval (4-2) e Académica
(3-2).
Contribuiu para a conquista do
campeonato e da Taça
da Liga em 2009-10, mas na época seguinte não foi tão feliz. Apesar de se
ter estreado na Liga
dos Campeões, aos 30 anos, não foi além de oito encontros e zero golos. Viria ainda a aventurar-se nos
campeonatos da Roménia e da China e de voltar ao Brasil antes de regressar uma
vez mais a Portugal para representar sem grande sucesso o Olhanense,
na II
Liga, em 2014-15.
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