O canhoto que venceu 14 troféus pelo FC Porto. Quem se lembra de Folha?
Folha somou 195 jogos e 19 golos pelo FC Porto
António Folha tinha apenas 17
anos quando vivenciou um dos momentos de maior protagonismo da carreira, a
conquista do título mundial de sub-20 em Riade, na Arábia Saudita, em 1989. Na altura,
foi o único jogador que estava a jogar no FC
Porto (ainda que nos juniores) – Jorge Couto estava emprestado ao Gil
Vicente – a fazer parte dessa primeira seleção portuguesa a conquistar um
troféu de cariz global.
Um dos poucos canhotos que coincidiram
com os muitos craques destros da geração de ouro na equipa
das quinas ao longo da década de 1990, passou por empréstimos a Gil
Vicente e a Sp.
Braga antes de conseguir afirmar-se, ainda que nunca de forma plena e
duradoura, na equipa principal do FC
Porto. Entre 1991 e 2001 somou 195 jogos
de dragão
ao peito, mas apenas pouco mais de metade (100) como titular, tendo averbado 19
golos e 33 assistências. Nunca conseguiu seguir o exemplo de Fernando Couto, Vítor
Baía, Domingos ou Sérgio
Conceição e dar o salto para um campeonato de maior dimensão. Mas, por
outro lado, foi amealhando títulos nas Antas: seis campeonatos (1991-92,
1994-95, 1995-96, 1996-97, 1997-98 e 1998-99), quatro Taças
de Portugal (1993-94, 1997-98, 1999-00
e 2000-01)
e quatro Supertaças
(1991, 1993, 1994 e 1998).
Paralelamente, somou 26
internacionalizações (e cinco golos) entre 1993 e 1996, tendo marcado presença
no Euro 96 em Inglaterra, no qual foi utilizado em três jogos.
Nas últimas épocas de FC
Porto foi perdendo espaço no plantel, ao ponto de ter estado emprestado ao Standard
Liège em três ocasiões distintas: praticamente toda a época 1998-99, a
primeira metade de 2000-01 e também a primeira metade de 2001-02. A segunda
metade de 2001-02 foi passada no AEK Atenas, também por empréstimo dos portistas.
Em 2002-03 esteve toda a
temporada a treinar com o FC
Porto B, ainda que sem jogar, e admitiu terminar a carreira, mas o seu
antigo treinador nos dragões
e na seleção
nacional António Oliveira tornou-se presidente do Penafiel
e levou-o para lá. Folha cumpriu bem esta última missão da carreira, tendo
ajudado os durienses
a subir à I
Liga em 2003-04 e a conseguir a permanência no primeiro
escalão na época seguinte.
Depois tornou-se treinador, tendo
orientado o FC
Porto B nas quatro últimas temporadas, tendo inclusivamente orientado o
filho Bernardo Folha, que já se estreou pela equipa principal dos azuis
e brancos.
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