Do festejo de Yekini à quase eliminação da Itália. Assim foi o primeiro voo mundial das super águias
Nigéria atingiu os oitavos de final no Mundial 1994
A Nigéria
não foi além dos oitavos de final no Mundial 1994, mas saiu dos Estados Unidos
com muitas histórias para contar. Comecemos pelo contexto: fazia a sua estreia
num Campeonato do Mundo, mas começou o ano com a conquista da Taça das Nações
Africanas e atingiu em abril a posição mais alta de sempre de uma seleção
africana, o quinto lugar. Ainda hoje é o recorde continental.
Às ordens do neerlandês Clemens
Westerhof estava uma geração de ouro, como o futuro guarda-redes de Farense
e Gil
Vicente, Peter Rufai; o ponta de lança do Vitória
de Setúbal recém-sagrado melhor marcador da I
Liga portuguesa, Rashidi Yekini; o futuro extremo do Sporting,
Emmanuel Amunike; os talentosos médios George Finidi (Ajax)
e Jay-Jay Okocha (Eintracht Frankfurt) e o avançado Daniel Amokachi (Club
Brugge). A estreia no torneio realizado nos
States não poderia ter sido mais impactante, com uma vitória por 3-0 sobre a
Bulgária de Stoichkov,
Balakov e Kostadinov
em Dallas. O golo inaugural foi apontado por Yekini, festejado com um icónico
balançar de redes e um grito que anunciou o primeiro voo mundial das super
águias – Amokachi e Amunike apontaram os restantes golos.
Depois de uma derrota às mãos da Argentina
de Maradona em Foxborough (1-2), a seleção
africana carimbou o apuramento para os oitavos de final com um triunfo
sobre a Grécia
(2-0) na terceira jornada da fase de grupos, com golos de Finidi e Amokachi, o
que inclusivamente valeu o primeiro lugar na poule.
Nos oitavos de final, novamente
em Foxborough, a Nigéria
esteve à beira de um escândalo mundial, uma vez que esteve a vencer a poderosa Itália
durante mais de uma hora de jogo, desde que Amunike marcou aos 25 minutos até
Roberto Baggio empatar aos 88’. No prolongamento, Baggio bisou, na conversão de
um penálti, e colocou um ponto final na aventura nigeriana
nos Estados Unidos.
Alguns elementos desta seleção,
nomeadamente Uche, Oliseh, Okocha, Amokachi, Amunike, Ikpeba, contribuíram para
a conquista do título olímpico dois anos depois, em Atlanta.
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