quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Recorde todos os jogos entre Vitória FC e O Elvas. Equilíbrio é nota dominante

Vitória e Elvas competem no Campeonato de Portugal
Vitória Futebol Clube e  O Elvas Clube Alentejano de Desportos defrontaram-se por oito vezes em jogos oficiais, curiosamente todas na I Divisão, sendo que os seis primeiros duelos aconteceram entre 1947-48 e 1949-50 e os dois últimos na temporada 1987-88.
 
Apesar de os sadinos terem um historial muito mais rico, os confrontos entre setubalenses e elvenses têm sido marcados pelo equilíbrio, com três triunfos vitorianos contra dois alentejanos, num histórico no qual cabem também três empates.
 
Numa altura em que Vitória e O Elvas se preparam para se defrontar novamente, vale a pena recordar as oito partidas anteriores entre ambos, por ordem cronológica.
 
15 de fevereiro de 1948 – I Divisão (13.ª jornada)
O Elvas e Vitória entraram para a 13.ª jornada empatados pontualmente, com dez pontos, os mesmos do Lusitano VRSA.
Com Badajoz à vista, os alentejanos conseguiram desempatar, com golos de Inácio Rebelo (22 minutos, de grande penalidade) e Massano (55’). Já na reta final do encontro, Cardoso Pereira reduziu para os sadinos, também na transformação de um penálti (83’).
“Os elvenses foram superiores no primeiro tempo e mereciam vantagem superior à dos dois golos e mereciam vantagem superior à dos dois golos com que comandavam o marcador ao alcançar-se a dezena de minutos do segundo tempo”, escreveu o Diário de Notícias.



30 de maio de 1948 – I Divisão (26.ª jornada)
O segundo jogo entre Vitória e O Elvas aconteceu na derradeira jornada do campeonato, numa altura em que as duas equipas já tinham a permanência assegurada, ainda que os elvenses estivessem mais acima na tabela classificativa, em 7.º lugar – os sadinos ocupavam a 11.ª posição, em 14 equipas.
No Campo dos Arcos, os setubalenses vingaram-se da derrota no Alentejo e venceram por 2-0, graças a um bis de Manuel Passos (42 e 72 minutos).
“Os setubalenses impuseram-se em ambas as partes do desafio, marcando um golo em cada meio-campo, ambos por Passos (…) Na segunda parte os locais criaram ataques para ir mais além na obtenção de pontos”, resumiu o Diário de Notícias.



5 de dezembro de 1948 – I Divisão (12.ª jornada)
Se na época anterior Vitória e O Elvas estavam a fazer um campeonato tranquilo, desta feita estavam a sentir mais dificuldades em afastar-se do último lugar, que significava a despromoção. Os elvenses ocupavam o 11.º lugar, com oito pontos. E imediatamente abaixo estavam os sadinos, com seis.
Campos deu vantagem aos setubalenses aos 24 minutos, mas a figura maior da história dos alentejanos, Patalino, restabeleceu a igualdade ao minuto 67.
“O encontro, que foi sempre renhidamente disputado, dividiu-se em duas fases distintas, separada pelo intervalo: um primeiro tempo em que os visitantes mandaram no terreno, mas foram os setubalenses que marcaram, e uma segunda parte em que os locais dominaram, mas em que os alentejanos fizeram o golo do empate”, podia ler-se no Diário de Notícias.


 
3 de abril de 1949 – I Divisão (25.ª jornada)
Chuva de golos na cidade raiana, numa altura em que O Elvas (9.º lugar, com 20 pontos) já tinha a permanência assegurada e o Vitória (13.º, 17) ainda poderia ser alcançado pelo lanterna vermelha Boavista (14.º, 14).
Depois de um autogolo de Artur Oliveira ter adiantado os sadinos aos 31 minutos, Sanina bisou no espaço de seis segundos ainda antes do intervalo (32’ e 38’) e Massano fez o 3-1 no início da segunda parte (77’). No entanto, os setubalenses haveriam de marcar os dois golos que lhe dariam o empate, por intermédio de Aníbal Rendas (77’) e Neves na própria baliza (90’).
O Diário de Notícias destacou a “meia hora de equilíbrio com golos falhados e depois três tentos de enfiada” e a forma como “o Vitória não esmoreceu” quando esteve a perder por dois golos de diferença.


 
8 de janeiro de 1950 – I Divisão (13.ª jornada)
Mais um jogo com seis golos às portas de Espanha, desta feita com triunfo do O Elvas, que entrou para a última jornada da primeira volta em zona de despromoção, com apenas nove pontos, ao passo que o Vitória ocupava a quinta posição, com 12 pontos.
Depois do golo madrugador de Patalino logo no primeiro minuto, Manuel Massano marcou o segundo para os elvenses aos 8’. Cardoso Pereira, o “Peyroteo do Sado”, reduziu para os sadinos aos 37’. No segundo tempo Manuelito bisou para os alentejanos (50’ e 80’) e, pelo meio, José Nunes marcou o segundo tento dos setubalenses (67’).
O Elvas teve ainda o quinto tento à mercê, mas Carvalho defendeu para canto um livre de Osvaldo e depois defendeu também aquele novo castigo”, salienta o Diário de Notícias


 
7 de maio de 1950 – I Divisão (26.ª jornada)
À entrada para a última jornada do campeonato, O Elvas estava imediatamente acima da zona de despromoção, mas com os mesmos pontos que o Estoril, que estava na zona de descida, com a diferença entre golos marcados e sofridos a fazer a diferença. O Vitória tinha dois pontos de vantagem, pelo que ainda não estava a salvo.
Esperava-se uma partida equilibrada, mas os sadinos sentenciaram o triunfo ainda na primeira parte, etapa na qual marcaram os quatro golos, por intermédio de Vasco (18 minutos), Campos (35’), Nunes (36’) e Ataz (43’).
O resultado jogo realizado no Campo dos Arcos, conjugado com a goleada do Estoril ao Lusitano VRSA (10-0), atirou os alentejanos para a II Divisão.
“Este desafio era de importância vital para ambas as equipas: aos setubalenses um empate bastava para fugirem à zona de perigo, mas para os alentejanos a situação apresentava-se pior, pois tinham de vencer em campo alheio. Ao fim e ao cabo, o Vitória (…) conseguiu libertar-se do pesadelo, batendo O Elvas por quatro golos sem resposta – todos marcados antes do intervalo”, escreveu o Diário de Notícias.


 
13 de dezembro de 1987 – I Divisão (13.ª jornada)
37 anos e meio depois, O Elvas e Vitória voltaram a defrontar-se oficialmente, num jogo que ficou marcado pelo regresso de Rui Jordão aos relvados, após ano e meio de ausência, agora com a camisola dos vitorianos.
À partida para o jogo na cidade raiana, os sadinos comandados por Malcolm Allison ocupavam o quarto lugar, com 15 pontos, a um dos vice-líderes Benfica e Boavista, enquanto os elvenses estavam na 14.ª posição (entre 20 equipas), a primeira acima da zona de despromoção.
Os setubalenses começaram melhor e chegaram ao golo aos 25 minutos, por intermédio de Roçadas, na conversão de uma grande penalidade. Porém, Beto Vidigal estabeleceu a igualdade aos 67’.
“O mau tempo e as deficientes condições em que se encontrava o relvado da equipa alentejana não impediram que se assistisse a algumas fases bem agradáveis de futebol entre equipas que confirmaram atravessar um bom momento. Como atrativo, o encontro teve a particularidade de assinalar o regresso do veterano Jordão, com uma estreia de bom nível na equipa de Malcolm Allison, integrando-se perfeitamente no entrosamento do conjunto, que há algum tempo vem sendo uma das principais características do onze sadino”, podia ler-se no Diário de Notícias.



 
 
30 de abril de 1988 – I Divisão (32.ª jornada)
Uma volta depois, o Vitória continuava a fazer um bom campeonato, entrando para a receção ao O Elvas em 6.º lugar, com 34 pontos. Já os alentejanos estavam na zona de despromoção com 25 pontos, menos dois do que as primeiras equipas acima dessa zona vermelha.
O jogo do Bonfim foi decidido graças a um golo solitário de Aparício à passagem da meia hora.
“Com um início disputado em toada lenta, imposta pelos visitantes, os sadinos lograram atingir com êxito a baliza adversária apenas uma vez, depois de algumas oportunidades desperdiçadas. Aparício voltou a ser o marcador de serviço e obteve o tento da vitória, aos 31 minutos, ao cabecear com êxito um cruzamento para a área, apontado por Hélio, que entrara aos nove minutos, em substituição de Jordão, que se lesionara no ataque sadino”, podia ler-se no Diário de Notícias












































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