|
Portista Hulk com a oposição de Mkhitaryan |
Estávamos
a 13 de setembro de 2011. Dragões e ucranianos tinham ficado alojados no mesmo
grupo de APOEL e Zenit e iniciavam nessa noite a participação na Champions. Os
azuis e brancos tinham vencido a Liga Europa quatro meses antes, mas era o
ex-adjunto Vítor Pereira que comandava a equipa e não o principal obreiro da
conquista, André Villas Boas; o principal goleador das duas épocas anteriores,
Radamel Falcao, havia saído para o Atlético Madrid sem que tivesse sido
contratado um sucessor à altura; e alguns jogadores, talvez frustrados por não
terem dado o salto para um colosso europeu no verão, apresentavam algum sub-rendimento.
Do
outro lado estava um Shakhtar que, visto agora, há distância de mais de uma
década, tinha um plantel muito interessante: Chygrynskiy (central que passou pelo
Barcelona), Jádson (nunca atingiu um colosso europeu mas era dos melhores dos
ucranianos), Fernandinho (viria a representar o Manchester City), Srna, Mkhitaryan
(hoje no Inter depois de passar por Borussia Dortmund, Manchester United,
Arsenal e Roma), Willian (que viria a representar Chelsea e Arsenal), Luiz
Adriano (goleador-mor naquela altura e viria a jogar no AC Milan), Eduardo da
Silva (ex-Arsenal) e Douglas Costa (viria a passar por Bayern Munique e
Juventus).
E
como quem não marca arrisca-se a sofrer, o Shakhtar colocou-se em vantagem aos
12 minutos, por intermédio de Luiz Adriano, que aproveitou uma defesa
incompleta de Helton a uma bola rematada por Willian para ser bem-sucedido na
recarga.
Aos
25 minutos foi anulado o 0-2 aos ucranianos, comandados pelo mítico Mircea
Lucescu, e praticamente na resposta o FC Porto chegou ao empate, através de um
livre direto executado por Hulk.
A
partir daí, os azuis e brancos superiorizaram-se completamente ao adversário,
uma tendência para a qual contribuiu a expulsão direta de Rakitskiy ao minuto
40, devido a entrada dura sobre João Moutinho.
No
início do segundo tempo, chegou o 2-1, com o sucessor de Falcao, Kléber, a faturar,
na sequência de um cruzamento rasteiro de James Rodríguez a partir da esquerda
(51’).
Os
dragões tentaram a tudo o custo ampliar a vantagem, mas nunca o conseguiram, o
que até ao apito final causou a sensação de alguma intranquilidade, pois a vantagem
era pouco cómoda apesar de o Shakhtar não atacar muito.
Na
crónica redigida para este blogue, elogiei a resposta portista ao golo sofrido
e à determinação em procurar o golo que lhe desse vantagem, assim como a forma
como a equipa soube controlar e dominar o jogo, gerir a posse de bola e criar
situações de golo, ainda quem sem a eficácia necessária no capítulo da finalização.
Individualmente
destaquei “mais uma grande exibição” de James Rodríguez, mas, apesar do golo,
realcei a missão complicada de Kléber para fazer esquecer Falcao. Do lado do
Shakhtar realcei a tripla brasileira do ataque: o “extremo rapidíssimo”
Willian, o “playmaker de classe” Jadson e o “eficaz” e “excelente ponta de
lança” Luiz Adriano.
Mais
de dois meses depois, as duas equipas voltaram a defrontar-se, desta vez em
Donetsk. O FC Porto voltou a vencer, desta feita por 2-0, graças a golos de
Hulk e de Rat na própria baliza.
Contudo, os seis pontos obtidos
pelos
dragões
diante do Shakhtar revelaram-se insuficientes para seguir em frente na
Champions,
uma vez que nos restantes quatros jogos os
azuis
e brancos apenas somaram dois pontos – APOEL e Zenit conseguiram um total
de nove.
Sem comentários:
Enviar um comentário