Dez jogadores importantes na história do Moreirense |
“Em 1938, em novembro dia
1/Nasceu o pequeno Moreirense/Que
igual não há nenhum”. O hino não engana e o pequeno Moreirense
Futebol Clube tem vindo a agigantar-se no século XXI, quando fez a estreia
na I
Liga, somando já 12 presenças no primeiro
escalão.
O clube de Moreira de Cónegos tem
feito por colocar no mapa a freguesia do concelho de Guimarães, principalmente
pela conquista da Taça
da Liga em 2016-17 e pela obtenção de um histórico sexto lugar dois
anos depois, numa campanha em que o emblema minhoto bateu
o próprio recorde de pontos na I
Liga: 52.
Antes, em 1999-00, atingiu pela
primeira e única vez as meias-finais da Taça
de Portugal, numa época em que até militava na II Divisão B – já em
1998-99, 2000-01, 2007-08, 2011-12 e 2017-18 os cónegos
chegaram aos quartos de final.
Fundado por Álvaro Almeida e
António Pinheiro da Rocha, funcionários com cargos de alta responsabilidade na
Indústria Têxtil Cuca, localizada na vila, o Moreirense
passou as três primeiras décadas de existência no distritais da AF
Braga. Em 1979 estreou-se na III Divisão Nacional e seis anos depois na II
Divisão.
Durante os anos 1990 os minhotos
chegaram às ligas profissionais, mas após cinco épocas de classificações
modestas acabaram por cair novamente na II Divisão B. Porém, essa despromoção
foi apenas um recuo para ganhar balanço, pois com Manuel Machado no comando
técnico o popular Moreira
somou duas promoções consecutivas, além do título de campeão da II
Liga, e chegou à elite
do futebol português pela primeira vez em 2002.
Em 2022, após oito participações
consecutivas na I
Liga, o Moreirense
foi despromovido ao segundo
escalão, regressando assim a uma competição em que marcou presença em dez
temporadas e que venceu em 2001-02 e 2013-14.
10. Nilson Silva (85 jogos)
Nilson Silva |
Guarda-redes internacional guineense
que concluiu a formação no Salgueiros,
ingressou no Moreirense
em 1991-92, proveniente do Valpaços, para competir na II Divisão B.
Na quarta época no clube, em
1994-95, sagrou-se campeão nacional da II B e alcançou a consequente promoção à
II
Liga, patamar em que amealhou 85 encontros e 126 golos sofridos entre 1995
e 1999, ajudando os minhotos
a permanecer no segundo
escalão. Paralelamente, contribuiu para a caminhada até aos quartos de
final da Taça
de Portugal em 1998-99.
No verão de 1999 transferiu-se
para o Desp.
Aves.
9. Cristiano (90 jogos)
Cristiano |
Avançado brasileiro que chegou a
Portugal em 1996-97 precisamente para reforçar o Moreirense,
foi uma peça importante na equipa no final da década de 1990 e no início dos
anos 2000.
Entre janeiro de 1997 e abril de
2000 amealhou 90 partidas (52 a titular) e nove golos na II
Liga, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II Divisão B em
2000.
Após a descida de divisão
permaneceu mais um ano no clube, despedindo-se com a subida ao segundo
escalão.
Paralelamente, ajudou os cónegos
a chegar às meias-finais da Taça
de Portugal em 1999-00 e aos quartos em 1998-99 e 2000-01.
8. Armando (97 jogos)
Armando |
Avançado angolano que passou por Sintrense,
Sp.
Braga, União
de Coimbra, Famalicão
e Ovarense,
ingressou no Moreirense
no verão de 1996 e rapidamente se estabeleceu como o homem-golo da equipa.
Entre 1996 e 1999 totalizou 97 encontros
(58 a titular) e 43 golos pelos cónegos
na II
Liga, registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na
competição. Em 1997-98 sagrou-se o melhor marcador do campeonato, com 21 golos,
e na época seguinte contribuiu para a caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal.
No verão de 1999 transferiu-se
para o Freamunde.
7. Renato Dias (99 jogos)
Renato Dias |
Defesa central brasileiro que
entrou no futebol português em 1988-89 para jogar no Valdevez, passou ainda por
Neves e Recreio
de Águeda antes de ingressar no Moreirense
em 1993-94, na altura para jogar na II Divisão B.
Na segunda época no clube
sagrou-se campeão nacional da II B e alcançou a promoção à II
Liga, patamar em que somou um total de 99 jogos (96 a titular) e cinco
golos entre 1995 e 1999, ajudando os cónegos
a assegurar sempre a permanência. Paralelamente, em 1998-99 participou na
caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal.
No verão de 1999 deixou o emblema
minhoto e o futebol português para emigrar para o Luxemburgo.
6. Gomes (114 jogos)
Gomes |
Avançado que iniciou a carreira
no Vitória
de Guimarães, passou pela primeira vez no Moreirense
entre 1991 e 1993, na altura para competir na II Divisão B.
Após passagens por Vila Real, Desp.
Chaves e Paços
de Ferreira, regressou a Moreira de Cónegos três anos após ter saído.
Entre 1996 e 2000 totalizou 114
encontros (109 a titular) e seis golos pelos minhotos
na II
Liga, tendo vivido o céu e o inferno em 1999-00: a caminhada até às
meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
Após a despromoção permaneceu
mais um ano no clube, tendo contribuído para a subida ao segundo
escalão em 2001, antes de se mudar para Os Sandinenses.
5. João Duarte (117 jogos)
João Duarte |
Defesa central nascido em
Guimarães, ingressou no Moreirense
no verão de 1997, proveniente do Tirsense.
Nas três primeiras épocas em
Moreira de Cónegos amealhou 87 encontros (79 a titular) e quatro golos na II
Liga, período no qual viveu o melhor e o pior momento em 1999-00: a
caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
No entanto, permaneceu no clube,
numa decisão que se revelou apertada, uma vez que em 2001 festejou a subida à II
Liga e um ano depois à I
Liga, patamar onde chegou a jogar em 2002-03. Na época de promoção ao primeiro
escalão, também marcada pela conquista do título à II
Liga, atuou em 30 partidas (todas como titular) e marcou um golo ao Leça.
No verão de 2003 transferiu-se
para o Santa
Clara, mas haveria de voltar a representar o Moreirense
entre 2006 e 2008, na altura para competir na II B, após passagens por Paços
de Ferreira e Vizela.
4. Fernando Jorge (123 jogos)
Fernando Jorge |
Defesa central luso-angolano
que vinha a fazer carreira na região de Leiria, nomeadamente ao serviço de Bombarralense
e Marinhense, ingressou no Moreirense
em 1994-95, época marcada pela conquista do título nacional da II Divisão B e
pela consequente promoção à II
Liga.
Entre 1995 e 2000 totalizou 123
encontros (113 a titular) e cinco golos no segundo
escalão, tendo vivido o céu e o inferno em 1999-00: a caminhada até às
meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
Após a despromoção mudou-se para
o Famalicão.
3. Chiquinho (128 jogos)
Chiquinho |
Lateral direito natural de
Guimarães e formado no Vitória,
passou por Silves,
Benfica
Castelo Branco, Varzim e Vila Real antes de ingressar no Vila Real no verão
de 1994.
Na primeira época no clube
sagrou-se campeão nacional da II Divisão B e alcançou a consequente promoção à II
Liga, patamar em que amealhou 128 partidas (126 a titular) e dois golos
entre 1995 e 2000, tendo vivido o melhor e o pior momento em 1999-00: a
caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
No verão de 2000 transferiu-se
para o Fafe.
2. Serafim (134 jogos)
Serafim |
Mais um jogador vimaranense,
neste caso um lateral esquerdo que surgiu pela primeira vez na equipa principal
do Moreirense
em 1992-93, na altura para jogar na II Divisão B.
Haveria de voltar aos cónegos
em 1995-96, após dois anos no Serzedelo, mas não foi além de oito jogos (seis a
titular) na II
Liga nessa temporada.
Na época seguinte esteve cedido ao
Pevidém, mas regressou a Moreira de Cónegos em 1997-98 para se impor
gradualmente como titular e conquistar o estatuto de capitão. Entre 1997 e 2000
totalizou 74 encontros (71 como titular) e três golos no segundo
escalão, tendo vivido o céu e o inferno em 1999-00: a caminhada até às
meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
Porém, permaneceu no clube e foi
um dos esteios do treinador Manuel Machado nas duas promoções consecutivas que
levaram o Moreirense
à I
Liga. Em 2001-02 foi totalista na II
Liga e marcou um golo ao Desp.
Aves, numa época em que os minhotos
não só subiram como conquistaram o título de campeão do seg
Apesar de ter sido bastante
utilizado na estreia no patamar
maior do futebol português, em 2002-03, mudou-se para o Santa
Clara, então na II
Liga, na época seguinte.
Contudo, após uma passagem pelo Leixões,
voltou o emblema do concelho de Guimarães em 2005-06 para atuar em 18 partidas
(todas como titular) no segundo
escalão, numa temporada marcada pela descida à II Divisão B.
A seguir à despromoção permaneceu
mais dois anos no clube, rumando depois ao Ribeirão.
1. Altino (182 jogos)
Altino |
Defesa central/médio defensivo natural
de Guimarães, concluiu a formação no Tirsense
e passou por Vilarinho e Vizela
antes de ingressar no Moreirense
a meio da época 1992-93.
“A minha saída [do Vizela]
fez com que nas ruas, em tom de gozo, me chamassem traidor e até o patrão da
minha mulher a mandou de férias mais cedo por não ter gostado da notícia. Na
verdade, o Moreirense,
nessa altura, não me dizia nada, nem gostava do clube, mas acabei por aceitar e
fui para lá”, contou à Lusa em outubro de 2016.
Em 1994-95 sagrou-se campeão
nacional da II Divisão B e alcançou a consequente promoção à II
Liga, patamar em que amealhou 149 partidas (146 a titular) e nove golos
entre 1995 e 2000, tendo vivido o melhor e o pior momento em 1999-00: a
caminhada até às meias-finais da Taça
de Portugal e a descida à II Divisão B.
Após a despromoção permaneceu no
clube e afirmou-se como um dos pilares da equipa que, sob o comando técnico de Manuel
Machado, subiu de divisão em anos consecutivos. Em 2001-02 atuou em 33 jogos
(30 a titular) e marcou um golo ao Maia na campanha que culminou com a
conquista do título da II
Liga.
Em 2002-03 despediu-se do clube da
melhor maneira, com a estreia na I
Liga. “Foram dez anos que me marcaram muito. Lá, joguei por duas vezes os
quartos de final da Taça
de Portugal e também as meias-finais com o Sporting.
Fiquei a gostar muito do Moreirense”,
confessou.
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