Seth Rollins voltou a ser vilão no final do ano passado |
Eu, que apenas assisto
aos pay-per-views e acompanho resultados semanais e notícias
através da blogosfera portuguesa, fiquei surpreendido e até mesmo
desapontado com o heel turn de Seth
Rollins. Sobretudo porque agora se faz acompanhar de três
enforcers, Buddy Murphy e os The Authors of Pain (Akam e
Rezar).
Afinal, estamos a falar
do homem
que em outubro mostrou grande coragem e resiliência para manter no
tapete o indestrutível “The Fiend” Bray Wyatt no Hell in a Cell.
Estamos a falar do homem
que em setembro olhou Braun Strowman nos olhos e o levou de vencida
após um Pedigree e quatro Curb Stomps no Clash of
Champions.
Estamos a falar de um dos
poucos lutadores que tem conseguido vitórias sobre o quase
invencível Brock Lesnar, as mais recentes em
agosto no SummerSlam e em
abril na Wrestlemania 35, ambas curtas, limpas e que transmitiram
uma enorme prova de superação.
Estamos a falar do homem
que em julho protagonizou um momento bonito, empático e romântico
quando fez equipa com a namorada Becky Lynch para ambos reterem os
seus títulos frente a Baron Corbin e Lacey Evans no Extreme Rules,
depois de em
junho ter vencido Baron Corbin num combate sem desqualificações
arbitrado por Lacey Evans no Stomping Grounds após ter contado com a
preciosa ajuda da cara metade, em mais um momento bonito, empático e
romântico.
Estamos a falar de um
homem que em abril protagonizou um bonito e empático ao participar
ao juntar forças com Roman Reigns, regressado após recuperar de
leucemia, e Dean Ambrose, de saída da WWE, no The Shield Final
Chapter, que culminou com o triunfo do trio sobre Baron Corbin, Bobby
Lashley e Drew McIntyre, repetindo o
que tinha acontecido em março no Fastlane.
Estamos a falar de um
homem que em
janeiro do ano passado venceu o combate Royal Rumble após ter
entrado na 10.ª posição e ter estado 43 minutos em ringue,
eliminando Braun Strowman em último lugar.
Não é este o booking
que faz sentido e que se costuma dar a um wrestler para o qual
está planeado um heel turn. Não é este o booking que
faz sentido e que se costuma dar a um wrestler que meses
depois aparece com três pesos pesados para o ajudarem a ganhar as
suas batalhas. Assim como não faz muito sentido nem se costuma
promover um heel turn a wrestler que, sobretudo durante
a ausência de Roman Reigns, se assumiu como o principal babyface
da companhia e reuniu a empatia dos vários nichos de fãs, dos mais
ingénuos aos que conhecem melhor o fenómeno do wrestling.
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