O gigante montenegrino que não vingou no Sporting. Quem se lembra de Purovic?
Purovic somou seis golos em 27 jogos pelo Sporting em 2007-08
Avançado de elevada estatura
(1,93 m) nascido em Titogrado, em Montenegro, ainda no tempo da antiga Jugoslávia,
despontou no Buducnost Podgorica, que o catapultou para as seleções jovens da
Sérvia e Montenegro, tendo marcado presença no Europeus de sub-17 em 2002 e de
sub-21 em 2006.
No verão de 2005 deu o salto para
o Estrela
Vermelha de Belgrado, clube no qual formou uma dupla temível com outro
gigante, Nikola Zigic (2,02 m). Ao serviço do campeão
europeu de 1990-91 venceu duas dobradinhas sérvias, em 2005-06 e 2006-07.
Entretanto, tornou-se internacional A pela recém-criada seleção de Montenegro, tendo
participado no primeiro jogo dos montenegrinos enquanto país independente,
diante da Hungria
em março de 2007. Cobiçado por vários clubes
estrangeiros, acabou por se transferir para o Sporting
no verão de 2007, por 2,15 milhões de euros, numa altura em que os leões
reforçavam-se frequentemente no mercado da Europa de leste – no mesmo defeso
chegaram o defesa eslovaco Marian Had e o médio russo Marat Izmailov (ambos emprestados
pelo Lokomotiv Moscovo), o médio ofensivo brasileiro Celsinho (ex-Lokomotiv), o
atacante montenegrino Simon Vukcevic (ex-Saturn) e o guarda-redes sérvio Vladimir
Stojkovic (ex-Nantes).
Foi recrutado para funcionar como
uma alternativa aos outros avançados (Liedson, Derlei, Yannick
Djaló e Rodrigo Tiuí) quando fosse necessário recorrer a um futebol mais
direto, com mais cruzamentos, mas a verdade é que o seu estilo demasiado
posicional e a sua falta de qualidade técnica nunca encaixaram bem no 4x4x2
losango de Paulo
Bento.
“Ele teve um processo de
integração mais lento do que Stojkovic e Vukcevic. Só muito recentemente
começou a falar um pouco de português, sendo que o inglês é uma língua que não
domina. Ele tem pouco mais de 20 anos e veio de acordo com um perfil físico idealizado
para a composição do quarteto de avançados. É um jogador no qual acreditamos.
Concordamos que o rendimento ainda não está dentro do padrão e que motivou a
sua vinda, mas pensamos que ao fim de três meses talvez seja precipitado fazer
uma avaliação muito crítica. Mais tempo de adaptação seguramente que
necessitará. Já marcou golos importantes, mais fará, porque o seu rendimento
vai melhorar”, chegou a justificar o diretor desportivo Carlos Freitas, em entrevista
à SIC Notícias, em novembro de 2007.
Em 2007-08 atuou em 27 jogos, 16
na condição de titular, e apontou seis golos, um registo ainda assim enviesado
tendo em conta que metade dos remates certeiros foram diante de equipas de
divisões inferiores – marcou ao Fátima
para a Taça
da Liga e bisou frente ao Louletano
para a Taça
de Portugal. Nessa época contribuiu para a conquista da prova
rainha também com o golo ao Estrela
da Amadora que valeu o apuramento para as meias-finais.
Depois dessa temporada, andou de
empréstimo em empréstimo até acertar a rescisão de contrato em julho de 2011.
Esteve cedido aos turcos do Kayserispor, aos húngaros do Videoton, aos
eslovenos do Olimpija Ljubljana, ao Belenenses
(então na II Liga) e aos belgas do Cercle Brugge.
Afastado das contas da seleção de
Montenegro desde maio de 2008, entrou cedo na curva descendente e teve uns
últimos anos de carreira bastante discretos, tendo representado os sérvios do OFK
Beograd, Bezanija, Spartak Subotica e Radnik Surdulica, os ucranianos do Metalurh
Zaporizhya e os malásios do Perak e do Kuantan antes de pendurar as botas em
2018, aos 33 anos.
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