quarta-feira, 7 de maio de 2025

O gigante montenegrino que não vingou no Sporting. Quem se lembra de Purovic?

Purovic somou seis golos em 27 jogos pelo Sporting em 2007-08
Avançado de elevada estatura (1,93 m) nascido em Titogrado, em Montenegro, ainda no tempo da antiga Jugoslávia, despontou no Buducnost Podgorica, que o catapultou para as seleções jovens da Sérvia e Montenegro, tendo marcado presença no Europeus de sub-17 em 2002 e de sub-21 em 2006.
 
No verão de 2005 deu o salto para o Estrela Vermelha de Belgrado, clube no qual formou uma dupla temível com outro gigante, Nikola Zigic (2,02 m). Ao serviço do campeão europeu de 1990-91 venceu duas dobradinhas sérvias, em 2005-06 e 2006-07. Entretanto, tornou-se internacional A pela recém-criada seleção de Montenegro, tendo participado no primeiro jogo dos montenegrinos enquanto país independente, diante da Hungria em março de 2007.
 
Cobiçado por vários clubes estrangeiros, acabou por se transferir para o Sporting no verão de 2007, por 2,15 milhões de euros, numa altura em que os leões reforçavam-se frequentemente no mercado da Europa de leste – no mesmo defeso chegaram o defesa eslovaco Marian Had e o médio russo Marat Izmailov (ambos emprestados pelo Lokomotiv Moscovo), o médio ofensivo brasileiro Celsinho (ex-Lokomotiv), o atacante montenegrino Simon Vukcevic (ex-Saturn) e o guarda-redes sérvio Vladimir Stojkovic (ex-Nantes).
 
 
Foi recrutado para funcionar como uma alternativa aos outros avançados (Liedson, Derlei, Yannick Djaló e Rodrigo Tiuí) quando fosse necessário recorrer a um futebol mais direto, com mais cruzamentos, mas a verdade é que o seu estilo demasiado posicional e a sua falta de qualidade técnica nunca encaixaram bem no 4x4x2 losango de Paulo Bento.
 
 
“Ele teve um processo de integração mais lento do que Stojkovic e Vukcevic. Só muito recentemente começou a falar um pouco de português, sendo que o inglês é uma língua que não domina. Ele tem pouco mais de 20 anos e veio de acordo com um perfil físico idealizado para a composição do quarteto de avançados. É um jogador no qual acreditamos. Concordamos que o rendimento ainda não está dentro do padrão e que motivou a sua vinda, mas pensamos que ao fim de três meses talvez seja precipitado fazer uma avaliação muito crítica. Mais tempo de adaptação seguramente que necessitará. Já marcou golos importantes, mais fará, porque o seu rendimento vai melhorar”, chegou a justificar o diretor desportivo Carlos Freitas, em entrevista à SIC Notícias, em novembro de 2007.
 
 
Em 2007-08 atuou em 27 jogos, 16 na condição de titular, e apontou seis golos, um registo ainda assim enviesado tendo em conta que metade dos remates certeiros foram diante de equipas de divisões inferiores – marcou ao Fátima para a Taça da Liga e bisou frente ao Louletano para a Taça de Portugal. Nessa época contribuiu para a conquista da prova rainha também com o golo ao Estrela da Amadora que valeu o apuramento para as meias-finais.
 
 
Depois dessa temporada, andou de empréstimo em empréstimo até acertar a rescisão de contrato em julho de 2011. Esteve cedido aos turcos do Kayserispor, aos húngaros do Videoton, aos eslovenos do Olimpija Ljubljana, ao Belenenses (então na II Liga) e aos belgas do Cercle Brugge.
 
 
Afastado das contas da seleção de Montenegro desde maio de 2008, entrou cedo na curva descendente e teve uns últimos anos de carreira bastante discretos, tendo representado os sérvios do OFK Beograd, Bezanija, Spartak Subotica e Radnik Surdulica, os ucranianos do Metalurh Zaporizhya e os malásios do Perak e do Kuantan antes de pendurar as botas em 2018, aos 33 anos.
 





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