Dez jogadores importantes na história recente do Sporting |
Um dos sete totalistas da Taça
da Liga, o Sporting
Clube de Portugal está prestes a iniciar a 16.ª presença (esta quarta-feira
às 20:45, na receção ao Farense)
numa prova que já venceu por quatro ocasiões (2017-18, 2018-19, 2020-21 e
2021-22).
Os leões
partiram para esta edição da prova como a segunda equipa com mais títulos
(menos três do que o Benfica),
jogos (60, menos dois que o Benfica),
golos marcados (100, menos 23 do que o Benfica),
vitórias (33, menos sete do que o Benfica)
e presenças em finais (seis, menos duas que o Benfica)
na história da competição.
Além das épocas em que ergueu o
troféu, o clube de Alvalade
atingiu a final nas duas primeiras edições, 2007-08 e 2008-09, tendo perdido
ambas no desempate nas grandes penalidades – primeira para o Vitória
de Setúbal, depois para o Benfica.
10. Bruno Fernandes (13 jogos)
Disputou o mesmo número de jogos
de Daniel Carriço e Marcos
Acuña, mas amealhou mais minutos em campo: 1051.
Médio internacional jovem
português recrutado aos italianos da Sampdoria por 9,7 milhões de euros no
verão de 2017, teve impacto imediato na equipa e chegou rapidamente à seleção
nacional A.
Em termos de Taça
da Liga amealhou 13 jogos (onze a titular) e cinco golos entre 2017 e 2020,
ajudando os leões
a erguer o troféu em 2017-18 e 2018-19. Paralelamente, venceu uma Taça
de Portugal (2018-19), foi eleito por duas vezes melhor jogador da I
Liga (2017-18 e 2018-19), marcou presença no Mundial 2018 e fez parte da
seleção portuguesa que conquistou a Liga das Nações em 2019.
9. Ricardo Esgaio (14 jogos)
Ricardo Esgaio |
Lateral/extremo direito
internacional jovem português e formado maioritariamente no Sporting,
foi convocado pela primeira vez para um jogo da equipa principal em 2011-12,
mas só se estreou na época seguinte.
Entre 2012 e 2017 amealhou onze
jogos (dez a titular) de leão
ao peito na Taça
da Liga. Paralelamente, venceu a Taça
de Portugal em 2014-15 e marcou presença no Campeonato do Mundo de sub-20
em 2013, no Campeonato da Europa de sub-21 em 2015 e nos Jogos Olímpicos do Rio
de Janeiro em 2016. Pelo meio esteve ainda emprestado à Académica
no primeiro semestre de 2015.
No verão de 2017 mudou-se para o Sp.
Braga no âmbito da transferência de Rodrigo Battaglia para o Sporting,
mas haveria de voltar a casa quatro anos depois, tendo atuado em três partidas
(todas como titular) na campanha que culminou com a conquista da Taça
da Liga em 2021-22.
8. Rui Patrício (14 jogos)
Rui Patrício |
Disputou o mesmo número de jogos
de Ricardo Esgaio, mas amealhou mais 19 minutos em campo – 1165 contra 1051.
Descoberto pelo antigo
guarda-redes leonino Joaquim
Carvalho (1958 a 1970) e apontado desde tenra idade como sucessor de Vítor
Damas, foi formado no Sporting e
estreou-se pela equipa principal ainda com idade de júnior, aos 18 anos,
defendendo uma grande penalidade logo no primeiro jogo, numa visita ao Marítimo,
em novembro de 2006. Cerca de um ano depois roubou a titularidade ao sérvio
Stojkovic e não mais a largou.
Entre 2007 e 2018 totalizou 14
jogos e 15 golos sofridos na Taça
da Liga, ajudando os leões
a vencer a prova em 2017-18 e a chegar à final em 2007-08 – em 2008-09 fazia
parte do plantel, mas não foi utilizado na competição. “A primeira final da Taça
da Liga perdemos com o Vitória
de Setúbal nos penáltis, hoje em nova final aos penáltis tinha de ser para
nós”, afirmou, após a final de 2018 diante dos sadinos.
Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2007-08 e 2014-15) e duas Supertaças
(2008 e 2015), tendo ainda vencido o Euro 2016 – tendo sido eleito o melhor
guarda-redes do torneio – e marcado presença nos Campeonatos da Europa de 2008
e 2012
e nos Mundiais de 2014 e 2018.
No verão de 2018 rescindiu unilateralmente
com o Sporting
na sequência da invasão à Academia do clube e transferiu-se para os ingleses do
Wolverhampton.
7. Anderson Polga (14 jogos)
Anderson Polga |
Disputou o mesmo número de jogos
de Ricardo Esgaio e Rui
Patrício, mas amealhou mais minutos em campo: 1241.
O primeiro campeão do mundo a
atuar em Portugal. Natural de Santiago, Rio Grande do Sul, despontou no Grêmio,
clube pelo qual venceu dois campeonatos gaúchos e uma Copa do Brasil e que o
catapultou para a seleção brasileira, tendo participado na campanha vitoriosa
do escrete de Luiz Felipe Scolari no Mundial
2002.
Um ano depois mudou-se para
o Sporting,
tendo conquistado rapidamente o estatuto de titular, que acabou por manter
durante praticamente todas as nove temporadas que passou em Alvalade,
embora nunca tivesse voltado a ser chamado para a canarinha.
Em termos de Taça
da Liga, amealhou 14 jogos entre 2007 e 2008, tendo atingido a final da
prova em 2007-08 e 2008-09. Paralelamente, fez parte ativa da equipa que em
2004-05 chegou à final da Taça
UEFA, embora não tivesse atuado no jogo decisivo, e conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e duas Supertaças (2007
e 2008) pelo emblema
leonino. Ficou a faltar o campeonato.
6. Marcelo Boeck (14 jogos)
Marcelo Boeck |
Disputou o mesmo número de jogos
de Anderson Polga, Ricardo Esgaio e Rui
Patrício, mas amealhou mais minutos em campo: 1260.
Guarda-redes brasileiro
contratado ao Marítimo
no verão de 2011 com o intuito de oferecer concorrência a Rui
Patrício, viveu na sombra do internacional português nas competições mais
importantes, mas aproveitou as taças, sobretudo a Taça
da Liga, para jogar.
Entre 2011 e 2016 totalizou 14
encontros e 13 golos sofridos de leão
ao peito na prova. Curiosamente, os verde
e brancos nunca atingiram sequer as meias-finais ao longo desse período.
Em janeiro de 2016 voltou ao
Brasil para representar a Chapecoense. “Foram oito anos e meio nesse grande
país, e 4 anos e meio nesse enorme clube! Meu muito obrigado por tudo, desde o presidente
Bruno ate o nosso símbolo Paulinho, meu eterno obrigado pela honra de poder
jogar, ser capitão, ser campeão e viver esse clube. Sempre serei sportinguista
com todo esforço, dedicação, devoção e gloria. Desde o Brasil: Eu quero o Sporting
campeão! Abraços da família verde
e branca Boeck!!!”, afirmou no Instagram aquando da despedida.
5. Vukčević (16 jogos)
Simon Vukcevic |
Médio ofensivo/extremo canhoto
montenegrino dotado de qualidade técnica acima da média, ingressou no Sporting
no verão de 2007, proveniente dos russos do Saturn.
Em quatro temporadas ao serviço
dos verde
e brancos totalizou 16 partidas (12 a titular) e cinco golos na Taça
da Liga, ajudando a equipa a atingir a final da prova em 2007-08 e 2008-09.
Paralelamente, venceu uma Taça
de Portugal (2007-08) e uma Supertaça
(2007) e acumulou várias polémicas, nomeadamente no tempo em que era orientado
por Paulo Bento.
“Sim, [o Sporting]
foi um clube que me marcou, além do Partizan, na Sérvia. Quatro anos é muito
tempo, mas mesmo assim sinto que podia ter dado muito mais e ter feito mais.
Mas eu decidi sozinho, cometi muitos erros. Fiz muitas coisas más”, contou ao Maisfutebol
em novembro de 2016. “Ele [Paulo Bento] tentou ajudar-me, hoje percebo que foi
para o meu bem, mas o meu comportamento não era bom. Quis ajudar-me, tentou
fazer-me ver que o grupo era mais importante, mas eu parecia que era jogador de
ténis, que estava sozinho. Foi minha culpa. Já passou”, acrescentou.
No verão de 2011 transferiu-se
para os ingleses do Blackburn Rovers.
4. Izmailov (16 jogos)
Marat Izmailov |
Disputou o mesmo número de jogos
de Simon Vukčević, mas amealhou mais 22 minutos em campo – 1038 contra 1016.
Médio ofensivo russo muito dotado
tecnicamente, ingressou no Sporting
no verão de 2007, inicialmente por empréstimo do Lokomotiv Moscovo e um ano
depois a título definitivo.
Em cinco anos e meio de leão
ao peito muito marcados por lesões e polémicas amealhou 16 jogos (onze a
titular) e três golos na Taça
da Liga, ajudando os verde
e brancos a atingir a final em 2007-08 e 2008-09. Paralelamente, venceu uma
Taça
de Portugal (2007-08) e duas Supertaças
(2007 e 2008), tendo ainda marcado presença no Euro
2012.
Em janeiro de 2013 transferiu-se
para o FC
Porto, no âmbito de um negócio que levou Miguel Lopes e Ventura para Alvalade.
3. João Moutinho (16 jogos)
Entretanto tornou-se capitão de
equipa e participou em 16 jogos (15 a titular) na Taça
da Liga entre 2007 e 2010, tendo atingido a final da prova em 2007-08 e
2008-09. Paralelamente, conquistou duas Taças
de Portugal (2006-07 e 2007-08) e outras tantas Supertaças
(2007 e 2008) e marcou presença no Euro 2008.
No verão de 2010 transferiu-se
para o rival do FC
Porto, num processo que levou o presidente leonino
de então, José Eduardo Bettencourt, de apelidar Moutinho de “maçã podre”. “Era
capitão no Sporting
e mudar-me para o FC
Porto não foi fácil. Mas foi uma grande e boa decisão, uma das melhores que
tomei no futebol porque ganhei várias coisas”, afirmou em fevereiro de 2019,
numa entrevista à Premier
League.
2. Coates (16 jogos)
Sebastián Coates |
Disputou o mesmo número de jogos
que Moutinho,
Izmailov e Vukcevic, mas amealhou mais minutos em campo: 1440.
Defesa central de elevada
estatura (1,96 m) que tinha no palmarés a conquista da Copa América de 2011 e
no currículo uma passagem sem grande sucesso pelo Liverpool,
chegou a Alvalade por
empréstimo dos ingleses do Sunderland em janeiro de 2016, por indicação
de Jorge
Jesus, que anteriormente o quis levar para o Benfica.
Desde então que somou já 16
encontros (todos a titular) e dois golos na Taça
da Liga, tendo conquistado a prova em 2017-18, 2018-19, 2020-21 e 2021-22.
Paralelamente, venceu um campeonato (2020-21) e uma Taça
de Portugal (2018-19) e tornou-se capitão de equipa.
1. Adrien Silva (17 jogos)
Adrien Silva |
Médio luso-francês formado
no Sporting, transitou
para a equipa principal em 2007-08, quando ainda tinha idade de júnior.
Entre 2008 e 2016 amealhou 17
jogos (14 a titular) e um golo na Taça
da Liga, tendo ajudado os leões
a atingir a final da prova em 2007-08 e 2008-09. Paralelamente, contribuiu para
a conquista de duas Taças
de Portugal (2007-08 e 2014-15) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (2015) e para que Portugal se sagrasse campeão da Europa
em 2016. Também venceu uma outra Taça
de Portugal, mas pela Académica,
ajudando a briosa
a bater o Sporting
na final.
“Vivi muitos momentos bonitos com
o Sporting,
mas tal como nos momentos negativos não me fui abaixo, não fiquei eufórico nos
bons momentos porque sabia que tinha de continuar a mostrar que tinha lugar ali”,
afirmou em março de 2022 em entrevista à revista francesa Caviar.
No verão de 2017 transferiu-se
para o Leicester, mas só se estreou pela equipa inglesa em janeiro do ano
seguinte devido a um atraso no registo da transferência.
Sem comentários:
Enviar um comentário