sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O defesa brasileiro que ganhou uma Taça pelo Beira-Mar e outra pelo Benfica. Quem se lembra de Cristiano?

Cristiano disputou 165 jogos pelo Beira-Mar e 31 pelo Benfica
Jogador com boa envergadura física (1,85 m), capaz de atuar no centro e no lado esquerdo da defesa e com qualidade na execução de livres diretos, reforçou o Beira-Mar no verão de 1998, proveniente do Grêmio de Porto Alegre. Pelo histórico emblema brasileiro havia conquistado uma Taça do Brasil (1997) e jogado ao lado de craques como Chiqui Arce, Roger Machado, Dinho, Emerson e Mário Jardel.
 
Em Aveiro depressa ganhou a confiança do treinador António Sousa. Atuou em 16 encontros na época de estreia, todos como titular. Esteve no banco no triunfo dos aurinegros sobre o Campomaiorense na final da Taça de Portugal, mas contribuiu para a caminhada até ao Jamor, tendo apontado um dos golos na vitória sobre a União de Leiria nos oitavos de final. Porém, essa temporada foi agridoce, uma vez que os aveirenses foram despromovidos à II Liga.
 
Em 1999-00 Cristiano foi um dos esteios da subida do Beira-Mar à I Liga, tendo atuado em 31 jogos no campeonato. Paralelamente, estreou-se nas competições europeias, tendo atuado os 180 minutos na eliminatória da Taça UEFA diante dos neerlandeses do Vitesse (1-2 no Mário Duarte, 0-0 em Arnhem), equipa comandada por Ronald Koeman e que tinha como principal goleador Pierre van Hooijdonk.
 
Entre 2000 e 2002 afirmou-se na I Liga, ajudando os aveirenses a realizar épocas tranquilas, tendo nesse período totalizado 63 partidas e quatro golos – dois deles ao FC Porto, ambos de livre direto – em todas as provas.
 
 
O salto para o Benfica começou a ser noticiado ainda com a época 2001-02 em andamento e acabou por ser concretizado no verão de 2002, num negócio que levou os laterais Diogo Luís e Toni para Aveiro.  
 
Curiosamente, um dos primeiros jogos de Cristiano pelos encarnados foi um particular diante do Grêmio no velhinho Estádio da Luz, num raro confronto entre equipas portuguesas e brasileiras.
 
Nos dois anos em que esteve integrado no plantel das águias não teve muito espaço nem sorte com as lesões. Apesar de em grande parte desse período ter sido o único defesa esquerdo de raiz na equipa, em muitas ocasiões Jesualdo Ferreira e depois José Antonio Camacho optaram por adaptar Ricardo Rocha, Armando Sá ou Cabral a essa posição.
 
Não foi além de 31 jogos e um golo em todas as competições entre 2002 e 2004 e é recordado por muitos benfiquistas por uma péssima exibição em Trondheim diante do Rosenborg (em março de 2004), mas pode gabar-se de ter jogado no Olímpico de Roma diante da Lazio numa pré-eliminatória da Liga dos Campeões, após ter impressionado durante a pré-época, e, sobretudo, por ter ajudado os encarnados a conquistar a Taça de Portugal em 2003-04.
 
Seguiu-se um empréstimo de um ano ao Belenenses e um período na equipa B do Benfica antes de voltar ao Brasil para representar o Juventude de Caxias. Até ao final da carreira vestiu a camisola dos gregos do Atromitos, voltou duas vezes ao Beira-Mar e esteve cerca de oito anos no futebol vietnamita.
 



 





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