O defesa brasileiro que ganhou uma Taça pelo Beira-Mar e outra pelo Benfica. Quem se lembra de Cristiano?
Cristiano disputou 165 jogos pelo Beira-Mar e 31 pelo Benfica
Jogador com boa envergadura
física (1,85 m), capaz de atuar no centro e no lado esquerdo da defesa e com
qualidade na execução de livres diretos, reforçou o Beira-Mar
no verão de 1998, proveniente do Grêmio
de Porto Alegre. Pelo histórico
emblema brasileiro havia conquistado uma Taça do Brasil (1997) e jogado ao
lado de craques como Chiqui Arce, Roger Machado, Dinho, Emerson e Mário Jardel.
Em Aveiro depressa ganhou a
confiança do treinador António Sousa. Atuou em 16 encontros na época de
estreia, todos como titular. Esteve no banco no triunfo dos aurinegros
sobre o Campomaiorense
na final da Taça
de Portugal, mas contribuiu para a caminhada até ao Jamor, tendo apontado
um dos golos na vitória sobre a União
de Leiria nos oitavos de final. Porém, essa temporada foi agridoce, uma vez
que os aveirenses
foram despromovidos à II
Liga. Em 1999-00 Cristiano foi um dos
esteios da subida do Beira-Mar
à I
Liga, tendo atuado em 31 jogos no campeonato. Paralelamente, estreou-se nas
competições europeias, tendo atuado os 180 minutos na eliminatória da Taça
UEFA diante dos neerlandeses do Vitesse (1-2 no Mário Duarte, 0-0 em
Arnhem), equipa comandada por Ronald Koeman e que tinha como principal goleador
Pierre van Hooijdonk. Entre 2000 e 2002 afirmou-se na I
Liga, ajudando os aveirenses
a realizar épocas tranquilas, tendo nesse período totalizado 63 partidas e
quatro golos – dois deles ao FC
Porto, ambos de livre direto – em todas as provas.
O salto para o Benfica
começou a ser noticiado ainda com a época 2001-02 em andamento e acabou por ser
concretizado no verão de 2002, num negócio que levou os laterais Diogo Luís e
Toni para Aveiro. Curiosamente, um dos primeiros
jogos de Cristiano pelos encarnados
foi um particular diante do Grêmio
no velhinho Estádio
da Luz, num raro confronto entre equipas portuguesas e brasileiras. Nos dois anos em que esteve
integrado no plantel das águias
não teve muito espaço nem sorte com as lesões. Apesar de em grande parte desse
período ter sido o único defesa esquerdo de raiz na equipa, em muitas ocasiões Jesualdo
Ferreira e depois José Antonio Camacho optaram por adaptar Ricardo
Rocha, Armando Sá ou Cabral a essa posição. Não foi além de 31 jogos e um
golo em todas as competições entre 2002 e 2004 e é recordado por muitos
benfiquistas por uma péssima exibição em Trondheim diante do Rosenborg (em
março de 2004), mas pode gabar-se de ter jogado no Olímpico de Roma diante
da Lazio numa pré-eliminatória da Liga dos Campeões, após ter impressionado
durante a pré-época, e, sobretudo, por ter ajudado os encarnados
a conquistar a Taça
de Portugal em 2003-04. Seguiu-se um empréstimo de um ano
ao Belenenses
e um período na equipa B do Benfica
antes de voltar ao Brasil para representar o Juventude
de Caxias. Até ao final da carreira vestiu a camisola dos gregos do
Atromitos, voltou duas vezes ao Beira-Mar
e esteve cerca de oito anos no futebol vietnamita.
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