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Sorteio da nova Champions foi realizado no final de agosto |
Não me englobo no grupo de apocalípticos
que gostaria que a
Liga
dos Campeões fosse, como até ao início da década de 1990, uma prova apenas
e só destinada aos campeões nacionais dos países europeus. Seria mais
democrática, é verdade, mas não me imaginaria a assistir a um The New
Saints-BATE Borisov ou um
Malmoe-Skonto
Riga. Basta dizer que pouco ou nada me interessei pelas pré-eliminatórias, à
exceção dos jogos do
Fenerbahçe
de
José
Mourinho.
O que me atrai é ver os melhores
contra os melhores, a nata do futebol, o
crème de la crème, concentrado numa
só competição, ainda que aberta. Por assim ser, até sou assinante da
DAZN
para assistir a
Champions,
Premier
League e
Liga
Espanhola, em detrimento da
Sport TV que tem a
liga
portuguesa.
Até há bem pouco tempo, era incapaz
de idealizar um modelo melhor para a
Liga
dos Campeões do que aquele que vinha a ser levado a cabo nos últimos anos,
com 32 equipas distribuídas por oito grupos e com presença garantida de pelo
menos 18 das cinco principais ligas. Foi com muitas reticências que recebi o
anúncio do novo modelo da competição. Estranhei, mas, a cada dia que passa, vou
entranhando que o aqui aí vem tem potencial para ser muito mais atrativo.
A fase de grupos estava a ser
muito condicionada pelo sorteio. Uma equipa nova na competição de uma grande
liga geralmente aparecia no pote 4, o que poderia dar origem aos chamados
grupos da morte. Aconteceu na época passada, com
Newcastle,
AC
Milan,
Dortmund
e
PSG.
Por outro lado, a presença do campeão português ou neerlandês no pote 1 poderia
dar origem a um grupo que bem poderia ser de
Liga
Europa, como quando
Sporting,
Tottenham,
Eintracht Frankfurt e
Marselha
ficaram juntos em 2022-23. Ainda assim, o normal (mas pouco emocionante…) era
haver uma hierarquia definida, com as equipas dos primeiros potes a conseguir o
apuramento para os oitavos de final com maior ou menor dificuldade e a apostar
na rotatividade nos últimos encontros.
Agora, a UEFA baralha e volta a
dar num formato diferente, mais aberto, com mais adversários e todas as equipas
a defrontar duas de cada pote – incluído as do próprio pote –, num total de
oito jogos. Obviamente que alguns clubes terão ficado mais satisfeitos do que
outros com o resultado do sorteio, mas, de uma forma geral, ninguém se poderá
queixar em demasia nem se gabar em excesso da sorte que teve.
Os duelos de titãs, que
normalmente só se iniciavam em força nos quartos de final, arrancam agora já
nesta fase de liga, com
AC
Milan-
Liverpool
e
Manchester
City-
Inter
na primeira jornada,
Arsenal-
PSG
na segunda,
Real
Madrid-
Dortmund
e
Barcelona-
Bayern
na terceira,
Real
Madrid-
AC
Milan,
Inter-
Arsenal
ou
PSG-
Atlético
Madrid na quarta.
A realização dos 18 jogos por
jornada distribuídos por três dias e o facto de as partidas da
Liga
Europa e da Liga Conferência se realizarem em semanas diferentes vai
aumentar a quantidade de dias em que o produto de qualidade
Champions
nos entra pela televisão e a quantidade de dias em que há bom futebol para ver.
Que comece a
liga
milionária!
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