“Só há uma opção: a vitória, o empate ou a derrota”. As melhores pérolas de Beckenbauer
Beckenbauer foi 103 vezes internacional pela Alemanha
Franz
Beckenbauer foi uma figura com um papel revolucionário no futebol. Contrariou
o preconceito de que os alemães
eram altos, loiros e espadaúdos, mas algo toscos; foi o primeiro defesa a
tornar-se verdadeiramente um ídolo para os miúdos que sonhavam em tornar-se
futebolistas; e revolucionou o papel do líbero, construindo e pensando o jogo a
partir da retaguarda, quando só se esperava que quem ali jogasse apenas tapasse
buracos.
Também revolucionou, de certa
forma, a noção de tempo. “Houve um ano em que joguei quinze meses”, afirmou o Kaiser,
que pela Alemanha
foi campeão europeu em 1972 e campeão mundial em 1974 como jogador e campeão
mundial em 1990 como selecionador. Também nisso foi revolucionário, porque foi
o primeiro a vencer o título mundial nas duas funções, tendo posteriormente
sido também presidente do Bayern
Munique e comentador televisivo. Como comentador, diga-se, ficou
mais exposto a gaffes, e cometeu muitas. “Bem, o resultado não vai mudar
muito, a não ser que haja um golo”, afirmou, numa evidente lapalissada, pouco
revolucionária. Mais revolucionária foi outra afirmação, um autêntico três em
um: “Só há uma opção: a vitória, o empate ou a derrota.” Beckenbauer
também revolucionou a nossa forma de ver futebol. “Naquela época, metade do
país ficou presa atrás da televisão”, frisou, quando recordava a vitória no Mundial
1990, aparentemente sugerindo que os alemães tivessem acompanhado o torneio
através da parte de trás do televisor. Além dos êxitos pela seleção
da Alemanha, venceu 14 troféus pelo Bayern
Munique, entre os quais três Taças
dos Campeões Europeus consecutivas (1973-74, 1974-75 e 1975-76), ganhou um
campeonato pelo Hamburgo
e o título norte-americano pelo New
York Cosmos na condição de futebolista. Como treinador venceu também um
campeonato francês pelo Marselha
e um campeonato e uma Taça
UEFA pelo Bayern.
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