Morreu Andreas Brehme, o ambidestro que deu o título mundial à Alemanha em 1990. Quem se lembra dele?
Andreas Brehme chutava com ambos os pés
Morreu na última madrugada, aos
63 anos, Andreas Brehme, herói do título mundial da Alemanha
em 1990, vítima de ataque cardíaco.
Jogador ambidestro e polivalente,
que jogava preferencialmente nas alas, mas que também podia cobrir a posição de
médio defensivo, formou-se no Barmbek-Uhlenhorst, de Hamburgo, e começou a dar
nas vistas no Kaiserslautern entre 1981 e 1986, clube que o catapultou para a seleção
da Alemanha e para o todo-poderoso Bayern
Munique. Ao serviço do emblema
da Baviera conquistou o campeonato alemão em 1986-87, época também marcada
pela caminhada até à final
da Taça dos Campeões Europeus, perdida para o FC Porto. Contudo, uma das melhores fases
que viveu na carreira foi ao serviço do Inter
de Milão entre 1988 e 1992, ao lado dos compatriotas Lothar Matthäus e Jürgen
Klinsmann, tendo vencido um scudetto e uma Supertaça de Itália em
1989, assim como a Taça
UEFA em 1990-91.
Pelo meio, vingou-se da final perdida
para a Argentina
no Mundial 1986 e marcou (de pé direito) o penálti que valeu o triunfo sobre a seleção
albiceleste no jogo decisivo do Campeonato do Mundo de 1990.
No trajeto que levou a Die
Mannschaft ao terceiro título mundial apontou também um golo (de pé
esquerdo) de livre direto à Inglaterra nas meias-finais.
A execução de faltas era mesmo uma das suas especialidades, pois era dotado de
um potente remate, além de uma fantástica precisão na colocação da bola… com os
dois pés. “Conheço-o há 20 anos e continuou sem saber se ele é destro ou
canhoto”, disse um dia o antigo selecionador alemão Franz Beckenbauer.
A partir de 1992, já trintão e
depois de perder a final do Campeonato da Europa desse ano para a Dinamarca,
só representou Saragoça e Kaiserslautern. Mas foi uma curva descendente bastante
digna. Em 1992-93 ajudou o emblema espanhol a chegar à final da Taça do Rei e
ao serviço do clube alemão encerrou a carreira com a conquista de um improvável
título de campeão nacional em 1997-98, depois de na época anterior se ter
sagrado campeão da… II Liga germânica. E em 1995-96 já havia vencido a Taça da
Alemanha. Nessa altura já não era chamado
para a seleção
alemã, pela qual somou 86 internacionalizações e oito golos entre 1984 e
1994, tendo marcado presença em três Europeus e outros tantos Mundiais.
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