sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Angrense no Campeonato de Portugal

Angrense atingiu a fase de promoção à II Liga em 2015-16
Fundado a 1 de dezembro de 1929, o Sport Club Angrense é a delegação número três do Sport Lisboa e Benfica, tendo surgido da fusão entre o Sporting Club da Terceira (clube ligado à prática da Educação Física) e do Club Desportivo Angrense (também conhecido como “Os Caveiras”).
 
Ainda assim, as origens do clube remontam também à extinta União Desportiva dos Empregados do Comércio, que equipava com as atuais cores do Angrense.
 
O emblema de Angra do Heroísmo conquistou o seu primeiro título de campeão distrital em 1931-32. Quase três décadas depois, o Angrense conquistou ainda o título de campeão insular, ao bater os madeirenses do Marítimo em 1959-60.
 
No entanto, foi necessário esperar até à década de 1980 para que o emblema terceirense participasse pela primeira vez nos campeonatos nacionais. Daí para cá somou 17 presenças na III Divisão, uma na II Divisão B e cinco no Campeonato de Portugal, tendo conquistado o título de campeão da Série Açores da III Divisão em 2006-07 e 2010-11.
 
Paralelamente, conquistou o título açoriano em 1933-34, 1936-37, 1959-60, 1966-67, 1980-81, 1987-88, 1991-92, 2013-14, 2017-18 e 2021-22.
 
Em termos de Taça de Portugal, o melhor que conseguiu foi atingir a quarta eliminatória em 1994-95 e 2015-16, isto se excluirmos as participações nas décadas de 1960 e 1970, quando os clubes insulares entravam em cena numa fase já adiantada da prova.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Angrense no Campeonato de Portugal.
 

10. Eugénio Fernandes (74 jogos)

Eugénio Fernandes
Lateral/médio esquerdo natural de Ribeirinha do Pico, na ilha do Pico, representou Vitória do Pico e Prainha antes de ingressar pela primeira vez no Angrense em 2011-12, época marcada pela descida da II Divisão B à III Divisão B.
Na temporada seguinte também se mostrou impotente para impedir uma despromoção, desta feita aos campeonatos regionais açorianos, mas em 2013-14 redimiu-se ao conquistar o título de campeão dos Açores.
Nas três épocas que se seguiram amealhou 62 encontros (todos como titular) no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, atuou os 90 minutos frente ao FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Após a despromoção mudou-se para o Lusitânia dos Açores, tendo ainda representado o Boavista da Ribeirinha antes de regressar ao Angrense no verão de 2022.
Em 2022-23 atuou em 12 jogos (oito a titular) no Campeonato de Portugal, não conseguindo evitar a descida de divisão aos regionais açorianos.
Na presente temporada continua ao serviço do emblema de Angra do Heroísmo.
 
 
 

9. Magina (77 jogos)

Magina
Ponta de lança natural de Porto Judeu, em Angra do Heroísmo, ingressou no Angrense em 2006-07, quando transitou para o futebol sénior, proveniente dos juniores do Sporting Clube «Os Leões».
Na primeira época no emblema terceirense conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão, feito que repetiu em 2010-11.
Depois de duas descidas de divisão consecutivas, sagrou-se campeão açoriano em 2013-14.
Nas três temporadas que se seguiram totalizou 77 partidas (76 a titular) e 37 golos no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, foi titular diante do FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015, um mês depois de tomar a decisão de largar o emprego numa empresa de resíduos hospitalares para se dedicar exclusivamente ao futebol.
Após a despromoção transferiu-se para o Praiense, mas voltou a vestir a camisola do Angrense entre 2020 e 2022, tendo contribuído para a conquista do título açoriano em 2021-22.
 
 
 

8. Délcio (77 jogos)

Délcio
Disputou o mesmo número de jogos de Magina, mas amealhou mais 82 minutos em campo – 6726 contra 6644.
Mais um atleta natural de Porto Judeu e formado no Sporting Clube «Os Leões», neste caso um guarda-redes que passou ainda pelos seniores de Sport Club Barreiro antes de ingressar no Angrense em 2007-08.
Em 2010-11 conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão, feito ao qual se seguiram duas descidas de divisão consecutivas. Porém, em 2013-14 sagrou-se campeão açoriano.
Nas três temporadas que se seguiram somou 77 jogos e 95 golos sofridos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2015-16. Porém, na época seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos.
Após a descida de divisão permaneceu mais dois anos no emblema de Angra do Heroísmo, rumando depois ao Fontinhas.
 
 
 

7. Rúben Miranda (86 jogos)

Rúben Miranda
Médio que concluiu a formação no Lusitânia dos Açores, ingressou no Angrense quando transitou para o futebol sénior, em 2015-16.
Nas duas épocas dessa primeira passagem pelo emblema de Angra do Heroísmo amealhou 55 partidas (47 a titular) e um golo no Campeonato de Portugal, ajudando a equipa a apurar-se para a fase de promoção à II Liga em 2015-16. Porém, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos.
Após a descida de divisão teve uma curta passagem pelo Praiense, mas regressou ao Angrense em setembro de 2017 para se sagrar campeão dos Açores em 2017-18.
Na época que se seguiu atuou em 31 encontros (28 a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, voltando a mostrar-se impotente para impedir a descida de divisão.
Depois de passagens por Fontinhas, Lusitânia dos Açores e Lajense, regressou ao Angrense no início da presente temporada.
 
 
 

6. Vítor Miranda (90 jogos)

Vítor Miranda
Defesa natural de Porto Judeu, em Angra do Heroísmo, fez toda a formação e os primeiros anos de sénior no Sport Club Barreiro, de onde saiu para o Angrense no verão de 2010.
Na primeira época no emblema terceirense conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão. E, depois de duas descidas de divisão consecutivas, sagrou-se campeão açoriano em 2013-14.
Nas três temporadas que se seguiram totalizou 78 partidas (73 a titular) e um golo no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, atuou os 90 minutos frente ao FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Em 2017-18 voltou a sagrar-se campeão açoriano e na época seguinte atuou em 12 jogos (todos como titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, voltando a mostrar-se impotente para impedir a descida de divisão.
Após nova despromoção mudou-se para o Fontinhas.
 
 
 

5. Rui Silveira (96 jogos)

Rui Silveira
Lateral direito natural de São Mateus da Calheta, freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, concluiu a formação no Angrense, transitou para a equipa principal em 2002 e por lá ficou durante 17 anos (!).
Em 2006-07 e 2010-11 conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão. E, depois de duas descidas de divisão consecutivas, sagrou-se campeão açoriano em 2013-14.
Nas três épocas que se seguiram amealhou 89 jogos (51 a titular) e três golos no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, foi titular diante do FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Em 2017-18 voltou a sagrar-se campeão açoriano e na época que se seguiu atuou em sete partidas (três a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, voltando a mostrar-se impotente para impedir a descida de divisão.
Após mais uma despromoção transferiu-se para o Lusitânia dos Açores.
 
 
 

4. Pedrinho (120 jogos)

Pedrinho
Médio natural de Angra do Heroísmo, fez toda a formação e toda a carreira de futebolista no Angrense, numa ligação iniciada em 1996-97 e que ainda se mantém, porque Pedrinho já pendurou as botas, mas continua a servir o clube da Rua de São João nas funções de diretor desportivo.
“Comecei em 96-97 e nem estava inscrito. Só me podia inscrever com oito anos e, na altura, o cartão de jogador era feito mesmo em papelão, por isso fiz alguns jogos nessa época sem estar inscrito. Na época seguinte (primeira oficial), passei para o futebol de sete; sempre fui o mais pequeno de todos e, como jogava contra rapazes dos 10 aos 12 anos, comecei por ficar no banco. Até estava habituado a jogar com os mais velhos (na escola primária), mas a nível de capacidade física... Nem conseguia chutar bem uma bola (risos). Depois afirmei-me como titular nos escalões de formação. Marcava muitos golos, destacava-me pela minha rapidez e técnica e odiava perder; era um refilão”, afirmou ao portal zerozero em abril de 2023.
Em 2007-08 transitou para a equipa principal e em 2010-11 conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão. E, depois de duas descidas de divisão consecutivas, sagrou-se campeão açoriano em 2013-14, feito que viria a repetir em 2017-18 e 2021-22.
Ao longo de cinco participações no Campeonato de Portugal (2014-15 a 2016-17, 2018-19 e 2022-23) totalizou 120 partidas (111 a titular) e 42 remates certeiros, registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na competição. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, em 2016-17, 2018-19 e 2022-23 não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, atuou os 90 minutos frente ao FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
O percurso como jogador terminou a 22 de janeiro de 2023, aos 33 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco após um jogo diante do Ferreiras no Algarve. “Tive um ardor muito grande no peito [já dentro do balneário]. Depois tive vontade de vomitar, náuseas e quando tive dormência no braço esquerdo foi o sinal de alarme. Por isso, tive de ir para o Hospital de Faro. Fiz um cateterismo para desobstruir a artéria coronária direita. À partida, parecia ser uma coisa pequena e eu não tinha bem noção do que era, porque nunca falaram em ataque cardíaco ou enfarte. Estive sempre consciente até chegar ao hospital, inclusive estava acordado no cateterismo. Quando perguntei à enfermeira quando é que regressava à ilha. Aí ela explicou que a minha situação era grave. Depois, a cicatrização da parte afetada do coração também não ocorreu da melhor forma (alterou a parte elétrica do coração, originando arritmias de taquicardia ventricular). Essas arritmias não são frequentes, mas ocorrem em alguns períodos e - se jogasse - podiam ser fatais e tive de colocar um desfibrilador, para prevenção”, recordou.
 
 
 
 

3. Jordanes (122 jogos)

Jordanes
Médio ofensivo natural de Porto Judeu que jogou ao lado de André Horta, João Carvalho e Gonçalo Guedes nas camadas jovens do Benfica, ingressou nos juvenis do Angrense em 2012-13, tendo transitado para a equipa principal duas épocas depois, quando ainda tinha idade de júnior.
Entre 2014 e 2017 amealhou 92 encontros (68 a titular) e seis golos no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, foi titular diante do FC Porto numa partida da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Após a descida de divisão permaneceu no clube da rua de São João e sagrou-se campeão açoriano em 2017-18. Na época seguinte foi utilizado em 30 jogos (29 a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e apontou dois golos, diante de Redondense e Olímpico Montijo, insuficientes para evitar a despromoção.
Depois de mais uma descida de divisão transferiu-se para o Fontinhas, mas haveria de voltar ao Angrense o início da presente temporada.
 
 
 

2. Miguel Oliveira (127 jogos)

Miguel Oliveira
Defesa central/médio defensivo natural de Angra do Heroísmo, fez toda a formação no Angrense, tendo transitado para a equipa principal em 2007-08.
No verão de 2009 mudou-se para Os Marítimos, tendo ainda passado por Lusitânia dos Açores e Praiense antes de regressar ao clube da Rua de São João após cinco anos noutras paragens.
Entre 2014 e 2017 totalizou 95 partidas (todas como titular) e três golos no Campeonato de Portugal. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, na temporada seguinte não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, atuou os 90 minutos diante do FC Porto num encontro da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Após a descida de divisão permaneceu no clube de Angra do Heroísmo e sagrou-se campeão açoriano em 2017-18. Na época que se seguiu participou em 32 jogos (todos como titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e somou três remates certeiros, frente a Amora, 1º Dezembro e Real SC, insuficientes para impedir a despromoção.
Depois de mais uma descida de divisão transferiu-se para o Fontinhas.
 
 
 
 

1. Ivan (138 jogos)

Ivan Santos
Defesa central natural de Altares, freguesia rural do município de Angra do Heroísmo, concluiu a formação no Angrense e transitou para a equipa principal em 2009-10. Desde então que tem feito praticamente toda a carreira no emblema da rua de São João – a exceção foi a temporada 2019-20, quando vestiu a camisola do Fontinhas.
Em 2010-11 conquistou o título de campeão da Série Açores da III Divisão. E, depois de duas descidas de divisão consecutivas, sagrou-se campeão açoriano em 2013-14, feito que viria a repetir em 2017-18 e 2021-22.
Ao longo de cinco participações no Campeonato de Portugal (2014-15 a 2016-17, 2018-19 e 2022-23) totalizou 138 partidas (todas como titular) e quatro remates certeiros. Se em 2015-16 contribuiu para o apuramento para a fase de promoção à II Liga, em 2016-17, 2018-19 e 2022-23 não conseguiu impedir a despromoção aos regionais açorianos. Paralelamente, atuou os 90 minutos frente ao FC Porto num jogo da quarta eliminatória da Taça de Portugal em novembro de 2015.
Presentemente continua a representar o emblema de Angra do Heroísmo, numa fase em que tem já 32 anos.
 




 




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