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Lourenço esteve em evidência no jogo do de agosto de 2006 |
Vitória
de Setúbal e
Barreirense
já não medem forças, em jogos oficiais, desde fevereiro de 1987, quando ambos
os emblemas militavam na antiga II Divisão Nacional, mas daí para cá que se têm
defrontado em alguns encontros de caráter particular, nomeadamente na
pré-época.
Um desses jogos foi o da
apresentação da equipa do
Barreirense
aos sócios ao final da tarde de 2 de agosto de 2006, uma quarta-feira, no agora
já demolido
Estádio
Dom Manuel de Mello – esse acabou por ser, inclusivamente, a última partida
à qual assisti nesse mítico recinto.
Na altura, recordo-me, os dois
clubes não atravessavam propriamente um grande momento. O
Barreirense
tinha acabado de descer à
II
Liga e estava a desinvestir no plantel, fruto de uma crise financeira que
haveria afundar os
alvirrubros
até aos distritais. Apesar de terem vindo de uma divisão superior, ninguém falava
em subida de divisão como um objetivo. O treinador era Paulo Torres, antigo
lateral esquerdo do
Sporting.
Do outro lado estava o
Vitória
orientado por
Hélio
Sousa, que vinha de duas épocas seguidas a atingir a final da
Taça
de Portugal e o consequente apuramento para a
Taça
UEFA, mas que também vinha, a cada janela do mercado de transferências, a
perder qualidade no plantel, numa altura em que os
sadinos
viviam um drama de salários em atraso.
Confesso que já não me recordava
do resultado – julgava que os
setubalenses
haviam vencido por 1-0 –, mas a Internet recordou-me que, afinal, triunfaram
por 2-1.
A formação da casa até foi a
primeira a marcar, por intermédio de Sandro, aos 22 minutos, após cruzamento de
António Alves a partir do corredor direito.
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Sadino Nandinho tenta fugir a um defesa do Barreirense |
Três minutos depois, o
Vitória
empatou através de um cabeceamento certeiro de
Lourenço,
na sequência de um livre. Logo a seguir ao 1-1,
Lourenço
esteve perto de
bis, mas desta feita a bola por si cabeceada esbarrou na
trave.
Ainda antes do intervalo, Marinho
acertou no poste da baliza de Marco Tábuas. E como quem não marca se arrisca a
sofrer, Ademar combinou bem com
Lourenço
e fez o segundo golo do
Vitória
mesmo ao cair do pano da primeira parte.
No segundo tempo não houve golos.
Numa
crónica redigida pelo site não oficial do Barreirense, pode ler-se que o
conjunto
alvirrubro “apresentou muita vontade e atitude, embora denotando, ainda,
alguma falta de entrosamento, perfeitamente natural numa equipa onde se
mantiveram apenas cinco atletas da época passada”.
O onze inicial do
Barreirense
foi composto por: Hugo Alves; Nuno Rolo,
Bruno
Costa, Esteves e Marinho; Miguel, Canoa, Pina e Carioca; António Alves e
Sandro. No segundo tempo entraram: João, Miguel Gama, Rossano, Mário, Nélson
Moutinho, André Dias,
Bruno
Severino, Miguel Paixão, Marco Véstia e Tomané.
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