Barreirense e Quinta do Conde jogaram final da Taça AFS em 2012 |
Não assisti ao jogo ao vivo, mas
lembro-me perfeitamente de Futebol
Clube Barreirense e Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde se
terem defrontado na final da Taça da Associação
de Futebol de Setúbal 2011-12 no Campo Vale da Abelha, em Paio Pires, no
feriado 25 de abril (quarta-feira).
Os alvirrubros
haviam iniciado em 2006, ano da despromoção da II
Liga à II Divisão B, uma queda a pique que incluiu a venda dos terrenos do Campo
Dom Manuel de Mello e um período de cerca de quatro anos com a casa às
costas. A própria massa adepta tinha desmobilizado. O Barreirense
era uma social e desportivamente uma sombra daquilo que representava meia dúzia
de anos antes, mas em 2011-12 a boa campanha da equipa de futebol sénior na I
Distrital da AF Setúbal e o regresso a casa pela porta do novo e modesto
Campo da Verderena fez renascer esse fervor, com direito a uma recém-criada
claque: a Brigada
Camarra.
Sob o comando técnico do antigo
central Duka, o Barreirense
havia descolado na liderança do campeonato três dias antes da final da taça, ao
vencer no terreno do adversário direto Vasco
da Gama de Sines (1-2), com quem estava até então em igualdade pontual. E
no jogo decisivo da Taça AF
Setúbal tinha pela frente um dos líderes da II Distrital, o Quinta do Conde
(de Lívio Semedo), que até então nunca havia estado no primeiro
escalão distrital, mas que tinha eliminado os primodivisionários 1º Maio
Sarilhense, Desportivo Portugal, O
Grandolense e Vasco
da Gama de Sines na caminhada até à final.
Embora fosse amplamente favorito,
o Barreirense
sofreu para erguer o troféu. Com algumas habituai segundas linhas no onze
inicial, os alvirrubros
inauguraram o marcador aos 40 minutos, por João Nuno, na conversão de uma grande
penalidade a castigar falta sobre Yoruba cometida por Viguy, que foi expulso
devido a essa infração.
Por estar em vantagem numérica e
no marcador e por ser de um escalão superior, talvez se esperasse que o Barreirense
se encaminhasse para uma goleada, mas não foi nada disso que aconteceu. Gustavo
empatou o encontro aos 85’, através de um remate à entrada da área, mas Amadeu
deu a vitória à turma
do Barreiro ao desviar para o fundo das redes uma bola cruzada por Bailão
(90+2’).
As imagens da camisola gigante do
Barreirense
estendida nas bancadas do Campo do Vale da Abelha e os festejos de jogadores e
adeptos, em comunhão, num dia em que as condições atmosféricas não eram as mais
favoráveis, foram das mais marcantes dessa temporada para o histórico
emblema da margem sul do tejo, que a
3 de junho juntou o campeonato à taça e celebrou a dobradinha e celebrou a
consequente subida à III Divisão Nacional.
Ficha de jogo
Campo Vale D´Abelha, na Aldeia
de Paio Pires (concelho do Seixal)
Árbitro: Paulo Jorge
Quinta do Conde: Dércio
(Fábio Rocha, ao intervalo); Teta (Fábio Antunes, ao intervalo), João Monteiro,
Teixeirinha, Filipe Pinto, Viguy, Capela (Gustavo, ao intervalo), Valter, João
Silva (Rodri, 60'), Marinho (Xol, 60') e Josemar
Treinador: Lívio Semedo
Barreirense:
Carlos
Soares; André Cansado, Valter, Nuno Couceiro, Miguel Gomes (Bailão, 50'), David
Martins, João Nuno, Mauro Cordeiro (Nuno Dias, 62'), João Racha (Amadeu, ao
intervalo), Daniel Lourenço e Yoruba (Jorge Mendes, 68')
Treinador: Duka
Golos: 0-1, João Nuno
(40´g.p.); 1-1, Gustavo (85'); 1-2, Amadeu (90+2')
Disciplina: Cartão amarelo
a Valter (67'), Gustavo (71'), João Nuno (74') e André Cansado (82'); Cartão
vermelho direto a Viguy (39').
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