domingo, 4 de dezembro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Barreirense e Quinta do Conde

Barreirense e Quinta do Conde jogaram final da Taça AFS em 2012
Não assisti ao jogo ao vivo, mas lembro-me perfeitamente de Futebol Clube Barreirense e Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde se terem defrontado na final da Taça da Associação de Futebol de Setúbal 2011-12 no Campo Vale da Abelha, em Paio Pires, no feriado 25 de abril (quarta-feira).
 
Os alvirrubros haviam iniciado em 2006, ano da despromoção da II Liga à II Divisão B, uma queda a pique que incluiu a venda dos terrenos do Campo Dom Manuel de Mello e um período de cerca de quatro anos com a casa às costas. A própria massa adepta tinha desmobilizado. O Barreirense era uma social e desportivamente uma sombra daquilo que representava meia dúzia de anos antes, mas em 2011-12 a boa campanha da equipa de futebol sénior na I Distrital da AF Setúbal e o regresso a casa pela porta do novo e modesto Campo da Verderena fez renascer esse fervor, com direito a uma recém-criada claque: a Brigada Camarra.
 
Sob o comando técnico do antigo central Duka, o Barreirense havia descolado na liderança do campeonato três dias antes da final da taça, ao vencer no terreno do adversário direto Vasco da Gama de Sines (1-2), com quem estava até então em igualdade pontual. E no jogo decisivo da Taça AF Setúbal tinha pela frente um dos líderes da II Distrital, o Quinta do Conde (de Lívio Semedo), que até então nunca havia estado no primeiro escalão distrital, mas que tinha eliminado os primodivisionários 1º Maio Sarilhense, Desportivo Portugal, O Grandolense e Vasco da Gama de Sines na caminhada até à final.
 
Embora fosse amplamente favorito, o Barreirense sofreu para erguer o troféu. Com algumas habituai segundas linhas no onze inicial, os alvirrubros inauguraram o marcador aos 40 minutos, por João Nuno, na conversão de uma grande penalidade a castigar falta sobre Yoruba cometida por Viguy, que foi expulso devido a essa infração.
 
Por estar em vantagem numérica e no marcador e por ser de um escalão superior, talvez se esperasse que o Barreirense se encaminhasse para uma goleada, mas não foi nada disso que aconteceu. Gustavo empatou o encontro aos 85’, através de um remate à entrada da área, mas Amadeu deu a vitória à turma do Barreiro ao desviar para o fundo das redes uma bola cruzada por Bailão (90+2’).
 
 
As imagens da camisola gigante do Barreirense estendida nas bancadas do Campo do Vale da Abelha e os festejos de jogadores e adeptos, em comunhão, num dia em que as condições atmosféricas não eram as mais favoráveis, foram das mais marcantes dessa temporada para o histórico emblema da margem sul do tejo, que a 3 de junho juntou o campeonato à taça e celebrou a dobradinha e celebrou a consequente subida à III Divisão Nacional.
 

Ficha de jogo

Campo Vale D´Abelha, na Aldeia de Paio Pires (concelho do Seixal)

Árbitro: Paulo Jorge

Quinta do Conde: Dércio (Fábio Rocha, ao intervalo); Teta (Fábio Antunes, ao intervalo), João Monteiro, Teixeirinha, Filipe Pinto, Viguy, Capela (Gustavo, ao intervalo), Valter, João Silva (Rodri, 60'), Marinho (Xol, 60') e Josemar
Treinador: Lívio Semedo

Barreirense: Carlos Soares; André Cansado, Valter, Nuno Couceiro, Miguel Gomes (Bailão, 50'), David Martins, João Nuno, Mauro Cordeiro (Nuno Dias, 62'), João Racha (Amadeu, ao intervalo), Daniel Lourenço e Yoruba (Jorge Mendes, 68')
Treinador: Duka

Golos: 0-1, João Nuno (40´g.p.); 1-1, Gustavo (85'); 1-2, Amadeu (90+2')

Disciplina: Cartão amarelo a Valter (67'), Gustavo (71'), João Nuno (74') e André Cansado (82'); Cartão vermelho direto a Viguy (39').










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