Luiz Adriano e Luís Aguiar em disputa de bola a meio-campo |
Vice-campeão nacional pela primeira (e por enquanto única) vez na época anterior, os minhotos superaram os conceituados Celtic e Sevilha para marcar presença pela primeira vez na fase de grupos da Champions. Depois dessas façanhas incríveis nas rondas preliminares, os bracarenses chocaram com a realidade logo na jornada inaugural, quando foram goleados em Londres pelo Arsenal (0-6).
Na ronda seguinte, o conjunto então orientado por Domingos Paciência defrontou o Shakhtar Donetsk na Pedreira. É verdade que os ucranianos não eram nem nunca foram um colosso do futebol europeu, até porque nunca tinham superado a fase de grupos da Liga dos Campeões, mas um ano e meio antes tinham vencido a Taça UEFA. O lateral direito croata Darijo Srna, o lateral esquerdo romeno Razvan Rat, o médio ofensivo arménio Henrikh Mkhitaryan, os extremos brasileiros Willian e Douglas Costa e o ponta de lança brasileiro Luiz Adriano eram algumas das figuras da equipa.
O obstáculo não parecia inultrapassável,
mas os bracarenses
sofreram uma derrota pesada em casa: 0-3. Aos 56 minutos, o avançado brasileiro
Luiz Adriano apareceu desmarcado na área minhota
e rematou para o fundo das redes, num lance o guarda-redes Felipe deixou
escapar a bola por entre os braços. Aos 72’, Luiz Adriano recebeu um passe de
Douglas Costa, rodopiou sobre Moisés e faz o segundo. E ao cair do pano Paulo
César cometeu penálti e Douglas Costa converteu em golo.
“Primeiro ponto: houve duas partes bastante distintas na Pedreira. Na primeira metade, os portugueses mostraram-se concentrados, superiores, e criaram duas claras oportunidades de golo. Ora, quem viu o Shakhtar na primeira metade, adivinhava a qualidade de toque dos brasileiros da equipa - Willian, Douglas Costa e Luiz Adriano -, mas nunca que uma equipa inerte durante 45 minutos se transformasse num rolo compressor. Para mudar o rumo de jogo, muito terão contribuído as saídas de Rodríguez, por lesão, aos 41', e de Salino, aos 55 minutos, por opção. Dois minutos depois da saída do brasileiro, chegou o primeiro golo dos ucranianos (...) Duas derrotas, duas goleadas. Começa mal o Sp. Braga na Champions”, escreveu o Correio da Manhã.
O Sp.
Braga parecia destinado a uma aventura europeia para esquecer, mas a
verdade é que venceu os três jogos seguintes: 2-0 (em casa) e 1-0 (fora) ao
Partizan e 2-0 na receção ao Arsenal.
À entrada para a última jornada, os bracarenses
estavam na luta pelo apuramento, com os mesmos nove pontos do que os gunners
e menos três do que o Shakhtar, embora tivesse desvantagem no confronto direto
com ambos. Ou seja, em Donetsk os minhotos
teriam de fazer melhor resultado do que o Arsenal
na receção ao Partizan ou, para só dependerem deles mesmos, teriam de golear o
Shakhtar por quatro golos de diferença para recuperarem da desvantagem no
confronto direto.
A missão chegou a parecer possível
quando aos 52 minutos o Partizan fez o empate em Londres,
numa altura em que havia 0-0 em Donetsk, mas nas retas finais dos encontros
tanto o Arsenal
como o Shakhtar marcaram dois golos e garantiram as vitórias nos respetivos
jogos.
No caso concreto do duelo entre
ucranianos e arsenalistas,
Rat inaugurou o marcador aos 78 minutos através de um remate forte junto a um
dos vértices da área. Cinco minutos depois, Rat serviu Luiz Adriano, que fez o
2-0 para a formação comandada pelo romeno Mircea Lucescu, que estava no cargo
desde maio de 2004.
“A vontade podia ser a melhor das táticas. Há derrotas que só contam como tal na classificação, sem se tornarem vitórias morais. O Sp. Braga não segue para os oitavos da Champions, mas desce como cabeça-de-série à Liga Europa, algo que o Benfica, o mais forte dos representantes portugueses na prova, não conseguiu”, resumiu o jornal O Jogo.
Nessa mesma temporada de 2010-11, o Sp. Braga voltaria a defrontar uma equipa ucraniana, o Dínamo de Kiev, e tornaria a não ganhar nenhum dos encontros, mas seguiu para as meias-finais da Liga Europa porque empatou a um golo em Kiev e a zero na Pedreira.
Sem comentários:
Enviar um comentário