Bruno Guimarães com Juninho Pernambucano |
Depois de Renan Lodi
(Atlético Madrid) e Léo Pereira (Flamengo), Bruno
Guimarães é o mais recente jogador que o Athletico
Paranaense catapulta para uma maior dimensão no espaço de meio
ano, o que garante ao emblema
de Curitiba um encaixe global 47 milhões de euros com o trio.
Estes dados refletem a
sustentabilidade do projeto desportivo do furacão,
assente numa aposta vincada na formação e num futebol que
privilegia a relação com bola, mas neste caso concreto também a
qualidade do agora novo
centro-campista do Lyon.
Médio - ou volante,
como dizem os brasileiros - de 22 anos e recrutado em 2017 na Série
D, ao Osasco Audax, tornou-se uma peça fulcral no Athletico
Paranaense, ao ponto de praticamente todos os ataques passarem
pelos seus pés. Tanto assim que é que a equipa ressentia-se sempre
que ele era alvo de uma marcação mais apertada.
Como interior esquerdo
tanto num sistema de 4x3x3 como de 4x2x3x1, joga uns metros à frente
do médio mais recuado e uns outros tantos atrás do volante
mais adiantado (ou do meia) e faz a ponte entre as fases de
construção e criação no momento de organização ofensiva,
recebendo a bola dos defesas ou do médio mais defensivo e
entregando-a a um dos homens mais adiantados. Segundo
o antigo zagueiro internacional canarinho André Cruz, aquando
de uma antevisão do Brasileirão 2019, trata-se de um jogador “bom
no passe curto e longo”. “Tem
um bom desarme e sabe chegar à frente para fazer golos”,
acrescentou o ex-central do Sporting.
A qualidade de passe a
qualquer distância e a chegada à área fazem parte do
cartão-de-visita de Bruno
Guimarães, que é daqueles cujo toque de bola é de craque. Os
seus passes precisos ajudam a equipa não só a progredir no terreno
numa perspetiva vertical como a fazer a bola ir rapidamente de um
flanco ao outro, sabendo descongestionar quando está sob pressão.
Por assim ser, era muitas vezes designado para bater cantos e livres
laterais. Além da precisão na entrega de bola, também sabe queimar
linhas através da condução de bola, galgando metros até à área
adversária.
Além da qualidade
ofensiva, este
internacional olímpico brasileiro era também uma das
referências dos paranaenses
na recuperação de bola. Estava blindado com uma cláusula de
rescisão de cerca de 40 milhões de euros (174 milhões de reais) e
tinha contrato até fevereiro de 2023, mas acabou por ser transferido
para os franceses do Lyon por 20 milhões de euros, apesar de ter
sido falado como possível reforço de Benfica e Atlético Madrid.
Apelidado de Bruxo,
foi uma peça fundamental para a conquista da Copa Sul-Americana em
2018 e da Copa do Brasil no ano passado, além de ter sido eleito
melhor segundo volante do Brasileirão
em 2019. Agora vai juntar-se a um clube em que brilharam vários
brasileiros, com o atual diretor desportivo Juninho Pernambucano a
encabeçar uma lista onde se podem encontrar os nomes de Cris,
Caçapa, Sonny Anderson, Edmílson, Michel Bastos, Fred ou Élber.
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