A minha primeira memória
não só de jogos entre o Sporting e o PSV como entre equipas
portuguesas e a formação de Eindhoven remonta a agosto de 2008 e
não era sequer uma partida de caráter oficial. Era o encontro de
apresentação dos leões para a época 2008-09.
Confesso que, antes de
fazer uma pesquisa, me recordava do resultado, de um golo tardio que
tramou o conjunto orientado por Paulo Bento e por uma reação mista
a João
Moutinho, que estava a ser alvo do interessa dos ingleses do
Everton e tinha manifestado vontade em deixar Alvalade. “A minha
vontade, pelas razões que tenho, é poder sair”, disse dias antes,
lamentando que o Sporting tenha rejeitado a proposta do clube de
Liverpool, que não cobriu a cláusula de rescisão 25 milhões de
euros. O médio,
então com 21 anos e capitão do Sporting, foi assobiado por uns e
aplaudido por outros em Alvalade, num desafio em que entrou após o
intervalo.
Quanto ao jogo em si, os
homens de verde e branco tiveram uma entrada de leão e uma saída de
cordeiro. Tanto assim foi que inauguraram o marcador logo aos seis
minutos, através de um remate de primeiro de Vukcevic após
cruzamento de Grimi; e sofreram o golo do empate aos 88', com Van der
Leegte a cabecear para o fundo das redes da baliza do desamparado
Ricardo Batista na sequência de um livre apontado pelo médio
ofensivo finlandês Vayrynen.
“Um leão de duas
caras. No antepenúltimo teste antes do pontapé de saída para a
temporada – a discussão da Supertaça ante o FC Porto, dentro de
duas semanas –, os verdes e brancos mostraram várias faces,
começaram por ser acutilantes, alegres, organizados, mas as diversas
substituições sempre realizadas em partidas deste género, bem como
as experiências táticas empregues,mudaram o rosto da turma de
Alvalade retirando brilho e interesse ao desafio. Um aspeto por
corrigir e que tem antecedentes: as bolas paradas. Quase sem nada ter
feito durante a partida, o PSV chegou ao empate muito por obra e
graça de um erro crasso no coração da área leonina, na sequência
de um livre direto a punir falta de um João
Moutinho que divide emoções em Alvalade”, escreveu O Jogo.
No PSV de Huub Stevens,
os nomes mais sonantes eram os do guarda-redes brasileiro Cássio, o
extremo húngaro Dzsudzsak, o extremo holandês Afellay, o
guarda-redes sueco Isaksson (não jogou) e o antigo central
benfiquista Alcides.
Entretanto, João
Moutinho não saiu nessa época nem na que se seguiu, ficando
mais dois anos a jogar de leão ao peito antes de se transferir para
o FC Porto. Curiosamente, no verão de 2008, encontrou-se “por
acaso” com... Pinto
da Costa.
Oito anos depois, os dois clubes voltaram a defrontar-se num jogo de pré-época, com um resultado bastante diferente, uma vez que o PSV goleou por 5-0.
Sem comentários:
Enviar um comentário