Gotze dá quarto título mundial à mannschaft
A Alemanha sagrou-se campeã mundial ao
bater a Argentina por 1-0, esta noite, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.
Mario Gotze, já na segunda parte do prolongamento, apontou o golo decisivo.
Eis a constituição das equipas:
Alemanha
Os germânicos ocupam o 2.º lugar no Ranking FIFA.
Embora o histórico entre as duas seleções seja favorável à Argentina,
em Mundiais as vitórias têm sorrido por mais vezes à Alemanha.
A mannschaft procura repetir
os triunfos nas finais de 1954, 1974 e 1986, podendo-se tornar assim a única
seleção europeia a sagrar-se campeã mundial na América do Sul.
Miroslav Klose (16 golos) é o melhor marcador da história do torneio.
Mustafi está lesionado.
Argentina
A Argentina (5.ª no Ranking FIFA) procura repetir os feitos de 1978 e
1986, em que foi campeã mundial.
Di María é o único ausente, devido a lesão.
Filme do jogo:
Alemanha assumia o jogo. Argentina procurava sobretudo sair em
transições rápidas.
Alemanha a demonstra grande capacidade de posse de bola. Um tiki-taka intercalado com alguns passes
a média e longa distância, pelo ar.
A mannschaft passou a estar
disposta em 4x2x3x1, com Ozil como ‘10’ e Schurrle na ala esquerda.
Enzo Pérez e Lavezzi alternavam entre o lado esquerdo e direito do
meio-campo.
45+1’
Na sequência de um canto de Kroos, Howedes cabeceou ao poste.
Intervalo. Posse de bola: 64% Alemanha, 36% Argentina.
Durante o interregno, Lavezzi cedeu o seu lugar a Aguero.
Jogo cada vez mais faltoso.
Argentina com um 4x3x3 bem patente, com Mascherano, Gago e Biglia a
formarem o triângulo do meio-campo.
Fim do tempo regulamentar.
Início do prolongamento.
Intervalo do prolongamento.
Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a Alemanha como campeã
mundial.
Crónica:
A Alemanha assumiu o comando das operações desde o início do encontro,
circulando bem a bola, praticando uma espécie de tiki-taka intercalado com
passes de média e longa distância.
A Argentina ía respondendo através de transições rápidas, mas até ía
sendo a equipa que criava mais perigo. Chegou a marcar por Higuaín, mas o golo
foi bem anulado pela equipa de arbitragem.
Com a saída de Kramer e a entrada de Schurrle, os germânicos
tornaram-se menos fluidos no ataque, só conseguindo criar perigo através de um
canto, em que Howedes
cabeceou ao poste.
O segundo tempo foi escasso em ocasiões de golo. Apenas Messi, por
duas vezes, esteve perto de abanar as redes.
No segundo tempo os alemães mostraram maior disponibilidade física,
mas a albiceleste foi se mostrando
organizada, até ao momento em
que Schurrle , num momento raro de inspiração, arrancou pelo
corredor esquerdo e cruzou para o interior da área. Mario Gotze, livre de
marcação, finalizou certeiro.
Apesar das investidas da Argentina nos últimos minutos, a Alemanha
segurou a vantagem e sagrou-se campeã mundial.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Alemanha…
Neuer (Bayern) esteve fortíssimo a sair de entre os postes;
Lahm (Bayern) deu bastante profundidade ao corredor direito; Boateng
(Bayern) impediu, praticamente sobre a linha, aquele que seria o 0-1, aos 40’ ; Hummels (Dortmund)
sentiu dificuldades quando teve de acompanhar as arrancadas de Lavezzi ou
Messi, mas esteve imperial de frente para o jogo, exibindo a sua qualidade no
futebol aéreo; e Howedes (Schalke) expôs a sua falta de vocação
ofensiva, mas até esteve perto de marcar no final da primeira parte, tendo
cabeceado ao poste;
Schweinsteiger (Bayern) libertou-se mais na segunda
parte, quando partilhava o duplo pivot
com Kroos; Kramer (M’Gladbach) foi a surpresa no onze inicial, rendendo
Khedira, mas ficou combalido após um choque com Garay, ainda resistiu alguns
minutos em campo mas foi teve de ser substituído por volta da meia hora de jogo;
e Kroos (Bayern) foi pautando os ritmo a meio-campo e assumiu a
responsabilidade da execução das bolas paradas;
Muller (Bayern) esteve intermitente, tanto no lado direito do ataque, como
na posição de ponta de lança; Ozil (Arsenal) piorou o seu desempenho
quando passou da esquerda para o meio; e Klose (Lazio) dispôs de poucas
oportunidades para finalizar;
Schurrle (Chelsea) apareceu pouco, mas foi dele a assistência para o 1-0; Gotze
(Bayern) marcou o golo decisivo, na segunda parte do prolongamento; e Mertesacker
(Arsenal) praticamente nem tocou na bola.
Quanto aos jogadores da Argentina…
Romero (Mónaco)
esteve seguro;
Zabaleta
(Manchester City) subiu pouco, mas ainda assim libertou-se mais do que Rojo; Demichelis
(Manchester City) e Garay (Zenit) complementaram-se bem no centro da
defesa, dobrando os desposicionamentos um do outro; e Rojo (Sporting)
raramente subiu pelo corredor;
Biglia (Lazio)
exibiu qualidade de passe e ajudou a fechar a zona central, até acusar o
desgaste, já no final do segundo tempo; Mascherano (Barcelona) jogou
próximo dos centrais e foi importante a equilibrar a equipa e a recuperar a
bola; Enzo Pérez (Benfica) serviu de tampão às subidas de Lahm, ajudando
bastante Rojo no lado esquerdo; e Lavezzi (PSG) esteve bastante
empenhado e procurou conduzir, em velocidade, os ataques da albiceleste;
Messi
(Barcelona) alternou entre algumas arrancadas e passes fantásticos com alguns
períodos discretos e de menor inspiração; e Higuaín (Nápoles) esteve
perdulário, e quando rematou certeiro, estava em fora de jogo;
Aguero
(Manchester City) deu luta aos defesas adversários, mostrando-se difícil de
derrubar; Palacio (Inter) dispôs de uma boa ocasião para colocar a sua
seleção em vantagem, mas tirou mal as medidas a um chapéu a Neuer; e Gago
(Boca Juniors) refrescou o meio-campo, numa altura em que o setor já se
encontrava muito desgastado, com Enzo Pérez a ser substituído já com a língua
de fora, e mesmo Biglia, que ficou dentro de campo, a perder muito fulgor.
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