Durante este ano, nomeadamente com a
montra que é o Campeonato do Mundo, o alemão Manuel Neuer deixou de ser um
candidato a melhor guarda-redes do planeta para se afirmar como o mais completo
guardião à face da terra.
Nunca se ouviu tanto falar em 1x4x3x3 para se caracterizar uma equipa.
Neuer é isso, o líbero que protege as costas da defesa com uma rapidez felina a
sair da baliza e o primeiro homem da fase de construção, mostrando um à vontade
impressionante a jogar com os pés.
Nas saídas aos cruzamentos exibe grande imponência em intercetar a
bola no ar e agarrá-la com uma segurança de altíssimo nível. Quando é impossível
agarrar o esférico, certifica-se que a soca para bem longe, não a deixando
jogável para um adversário. É destemido nestas ações, e Higuaín que o diga.
É um líder nato, que comanda a sua defesa, e capaz de intervenções
fantástica, fazendo lembrar um guarda-redes de andebol pelos reflexos ou até um
jogador de voleibol pela forma acrobática com que impede que o esférico atinja
o seu alvo.
Por muito ágeis e simpáticos que sejam Petr Cech, Gianluigi Buffon,
Iker Casillas ou Thibaut Courtois, nenhum deles reúne todas estas características.
Manuel Neuer é, por isso, o melhor e mais completo guarda-redes do mundo.
Tudo isto somado leva-nos a pensar há quanto tempo não se assistia a
um guardião que primasse por roçar a perfeição em todos os aspetos, e de que
forma se o pode condecorar para além da Luva de Ouro que recebeu no último
Mundial.
Com o fracasso de Cristiano Ronaldo no Mundial, a intermitência de
Lionel Messi e o problema disciplinar de Luis Suárez, será à altura ideal para
devolver o prémio de melhor jogador do mundo a um guarda-redes?
Para além das exibições fantásticas, estamos a falar de um guardião
que ganhou tudo em 2013/14 à exceção da supertaça alemã e da Liga dos Campeões
e que, até confirmar o título germânico pelo Bayern, tinha apenas 13 golos
sofridos em 26 jogos.
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