domingo, 13 de julho de 2014

Mundial-2014 | Alemanha 1-0 Argentina

Gotze dá quarto título mundial à mannschaft


fifa.com
A Alemanha sagrou-se campeã mundial ao bater a Argentina por 1-0, esta noite, no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro. Mario Gotze, já na segunda parte do prolongamento, apontou o golo decisivo.
               

Eis a constituição das equipas:


Alemanha


Os germânicos ocupam o 2.º lugar no Ranking FIFA.
Embora o histórico entre as duas seleções seja favorável à Argentina, em Mundiais as vitórias têm sorrido por mais vezes à Alemanha.
A mannschaft procura repetir os triunfos nas finais de 1954, 1974 e 1986, podendo-se tornar assim a única seleção europeia a sagrar-se campeã mundial na América do Sul.
Miroslav Klose (16 golos) é o melhor marcador da história do torneio.
Mustafi está lesionado.


Argentina


A Argentina (5.ª no Ranking FIFA) procura repetir os feitos de 1978 e 1986, em que foi campeã mundial.
Di María é o único ausente, devido a lesão.


Filme do jogo:

4’ Higuaín rematou com perigo, mas sem acertar na baliza.

Alemanha assumia o jogo. Argentina procurava sobretudo sair em transições rápidas.

21’ Higuaín isolou-se após um atraso descuidado de Kroos, mas rematou para fora.

Alemanha a demonstra grande capacidade de posse de bola. Um tiki-taka intercalado com alguns passes a média e longa distância, pelo ar.

30’ Messi descobriu Lavezzi no lado direito, e este cruzou para o interior da área onde Higuaín rematou certeiro. No entanto, o golo foi bem anulado por fora de jogo.

31’ Kramer, combalido depois de um choque com Garay, foi substituído por Schurrle.

A mannschaft passou a estar disposta em 4x2x3x1, com Ozil como ‘10’ e Schurrle na ala esquerda.

Enzo Pérez e Lavezzi alternavam entre o lado esquerdo e direito do meio-campo.

45+1’ Na sequência de um canto de Kroos, Howedes cabeceou ao poste.

Intervalo. Posse de bola: 64% Alemanha, 36% Argentina.

Durante o interregno, Lavezzi cedeu o seu lugar a Aguero.

47’ Messi apareceu desmarcado sobre a esquerda e rematou cruzado, mas ao lado.

Jogo cada vez mais faltoso.

74’ Messi fletiu da direita para o meio e rematou de pé esquerdo, mas ao lado.

77’ Saiu Higuaín, entrou Palacio.

82’ Kroos chutou rasteiro e ao lado.

86’ Enzo Pérez foi substituído por Gago.

Argentina com um 4x3x3 bem patente, com Mascherano, Gago e Biglia a formarem o triângulo do meio-campo.

88’ Klose cedeu o seu lugar a Gotze.

Fim do tempo regulamentar.

Início do prolongamento.

91’ Schurrle, assistido por Gotze, testou os reflexos de Romero.

97’ Rojo cruzou para a entrada da área, onde Palacio dominou com o peito, tentou o chapéu a Neuer, mas saiu ao lado.

Intervalo do prolongamento.

113’ Mario Gotze inaugurou o marcador, recebendo um passe de Schurrle no interior da área e finalizando com engenho e frieza.


118’ Na resposta a um cruzamento de Rojo, Messi cabeceou por cima.

120’ Ozil foi rendido por Mertesacker.

Sem mais ocorrências até final, confirmou-se a Alemanha como campeã mundial.


Crónica:

A Alemanha assumiu o comando das operações desde o início do encontro, circulando bem a bola, praticando uma espécie de tiki-taka intercalado com passes de média e longa distância.
A Argentina ía respondendo através de transições rápidas, mas até ía sendo a equipa que criava mais perigo. Chegou a marcar por Higuaín, mas o golo foi bem anulado pela equipa de arbitragem.
Com a saída de Kramer e a entrada de Schurrle, os germânicos tornaram-se menos fluidos no ataque, só conseguindo criar perigo através de um canto, em que Howedes cabeceou ao poste.
O segundo tempo foi escasso em ocasiões de golo. Apenas Messi, por duas vezes, esteve perto de abanar as redes.
No segundo tempo os alemães mostraram maior disponibilidade física, mas a albiceleste foi se mostrando organizada, até ao momento em que Schurrle, num momento raro de inspiração, arrancou pelo corredor esquerdo e cruzou para o interior da área. Mario Gotze, livre de marcação, finalizou certeiro.
Apesar das investidas da Argentina nos últimos minutos, a Alemanha segurou a vantagem e sagrou-se campeã mundial.


Analisando os atletas em campo, começando pelos da Alemanha
Neuer (Bayern) esteve fortíssimo a sair de entre os postes;
Lahm (Bayern) deu bastante profundidade ao corredor direito; Boateng (Bayern) impediu, praticamente sobre a linha, aquele que seria o 0-1, aos 40’; Hummels (Dortmund) sentiu dificuldades quando teve de acompanhar as arrancadas de Lavezzi ou Messi, mas esteve imperial de frente para o jogo, exibindo a sua qualidade no futebol aéreo; e Howedes (Schalke) expôs a sua falta de vocação ofensiva, mas até esteve perto de marcar no final da primeira parte, tendo cabeceado ao poste;
Schweinsteiger (Bayern) libertou-se mais na segunda parte, quando partilhava o duplo pivot com Kroos; Kramer (M’Gladbach) foi a surpresa no onze inicial, rendendo Khedira, mas ficou combalido após um choque com Garay, ainda resistiu alguns minutos em campo mas foi teve de ser substituído por volta da meia hora de jogo; e Kroos (Bayern) foi pautando os ritmo a meio-campo e assumiu a responsabilidade da execução das bolas paradas;
Muller (Bayern) esteve intermitente, tanto no lado direito do ataque, como na posição de ponta de lança; Ozil (Arsenal) piorou o seu desempenho quando passou da esquerda para o meio; e Klose (Lazio) dispôs de poucas oportunidades para finalizar;
Schurrle (Chelsea) apareceu pouco, mas foi dele a assistência para o 1-0; Gotze (Bayern) marcou o golo decisivo, na segunda parte do prolongamento; e Mertesacker (Arsenal) praticamente nem tocou na bola.


Quanto aos jogadores da Argentina
Romero (Mónaco) esteve seguro;
Zabaleta (Manchester City) subiu pouco, mas ainda assim libertou-se mais do que Rojo; Demichelis (Manchester City) e Garay (Zenit) complementaram-se bem no centro da defesa, dobrando os desposicionamentos um do outro; e Rojo (Sporting) raramente subiu pelo corredor;
Biglia (Lazio) exibiu qualidade de passe e ajudou a fechar a zona central, até acusar o desgaste, já no final do segundo tempo; Mascherano (Barcelona) jogou próximo dos centrais e foi importante a equilibrar a equipa e a recuperar a bola; Enzo Pérez (Benfica) serviu de tampão às subidas de Lahm, ajudando bastante Rojo no lado esquerdo; e Lavezzi (PSG) esteve bastante empenhado e procurou conduzir, em velocidade, os ataques da albiceleste;
Messi (Barcelona) alternou entre algumas arrancadas e passes fantásticos com alguns períodos discretos e de menor inspiração; e Higuaín (Nápoles) esteve perdulário, e quando rematou certeiro, estava em fora de jogo;
Aguero (Manchester City) deu luta aos defesas adversários, mostrando-se difícil de derrubar; Palacio (Inter) dispôs de uma boa ocasião para colocar a sua seleção em vantagem, mas tirou mal as medidas a um chapéu a Neuer; e Gago (Boca Juniors) refrescou o meio-campo, numa altura em que o setor já se encontrava muito desgastado, com Enzo Pérez a ser substituído já com a língua de fora, e mesmo Biglia, que ficou dentro de campo, a perder muito fulgor.



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