Avançado nigeriano que passou
meia década em Portugal por altura da viragem do milénio, nunca foi
propriamente um goleador, mas marcou o golo que deu o triunfo ao Vitória
de Setúbal sobre uma poderosa AS
Roma com Aldair, Candela e Delvecchio, num jogo da Taça
UEFA disputado no Estádio
do Bonfim.
Natural de Lagos, capital da
Nigéria, este possante atacante – 1,85 m e 85 kg segundo as cadernetas de
cromos, 1,81 m e 80 kg de acordo com outras fontes – iniciou a carreira no
país-natal, mas após 22 golos em 20 jogos pelo Udoji United entrou no futebol
europeu pela porta do Rayo Vallecano, então na II Liga Espanhola, durante o
verão de 1997, quando tinha apenas 19 anos. Após meio ano sem jogar, mudou-se
para o Penafiel
no início de 1998. Embora não tivesse marcado qualquer golo nos seis jogos que efetuou
pelos durienses
na II
Liga, todos como suplente utilizado, deu o salto para o Vitória
de Setúbal no final da temporada. Na primeira época no Bonfim
apenas faturou uma vez em 23 jogos (só três como titular), mas ajudou os sadinos
a conseguir o apuramento para a Taça
UEFA após um quarto de século de ausência das provas europeias. Apesar da concorrência de
Chiquinho Conde conseguiu ser mais utilizado em 1999-00, temporada na qual
somou cinco remates certeiros em 29 partidas (22 como titular), a maior parte
após Rui
Águas ter substituído Carlos
Cardoso no comando técnico. Um desses golos foi no tal triunfo sobre a AS
Roma orientada por Fabio
Capello em Setúbal (1-0), duas semanas depois de os vitorianos
terem sido goleados (7-0) na capital italiana. Na mesma época marcou ao Sporting
de Augusto
Inácio, que se viria a sagrar campeão nacional, numa derrota no Bonfim
(1-2). Ainda assim, não conseguiu impedir a despromoção à II
Liga.
Após a descida de divisão
permaneceu à beira-Sado, tendo correspondido com oito golos em 30 encontros (19
a titular) que ajudaram o Vitória
a conseguir o regresso à I
Liga, tendo beneficiado com a chegada de Jorge
Jesus para o comando técnico. No verão de 2001 transferiu-se
para o Gil
Vicente, mas não apontou qualquer golo nos 13 jogos que disputou na única
época que passou em Barcelos. Em 2002-03 iniciou a temporada no
Farense,
então na II
Liga, mas depois de quatro remates certeiros em 19 partidas mudou-se para
os romenos do Rapid Bucareste, pelos quais se sagrou campeão nacional e
vencedor da Supertaça da Roménia em 2003. No primeiro semestre de 2004
passou uma última vez pelo futebol português, tendo marcado um golo em oito
jogos pelo Feirense
na II
Liga. Nos anos que se seguiram deu
praticamente meia volta ao mundo, tendo passado por sete países de três
continentes. A saber: Al-Ahly (Egito), AEP (Chipre), Maccabi Telavive (Israel),
Tianjin Teda (China), Gretna (Escócia), PSMS Medan (Indonésia) e Vittoriosa
Stars (Malta).
Terminou a carreira em 2010, aos
33 anos, e há cerca de uma década que tem vindo a trabalhar como treinador na Nigéria.
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