quinta-feira, 6 de novembro de 2025

O nigeriano que deu um triunfo ao Vitória de Setúbal sobre a AS Roma. Quem se lembra de Maki?

Maki jogou na I Liga portuguesa por Vitória de Setúbal e Gil Vicente
Avançado nigeriano que passou meia década em Portugal por altura da viragem do milénio, nunca foi propriamente um goleador, mas marcou o golo que deu o triunfo ao Vitória de Setúbal sobre uma poderosa AS Roma com Aldair, Candela e Delvecchio, num jogo da Taça UEFA disputado no Estádio do Bonfim.
 
Natural de Lagos, capital da Nigéria, este possante atacante – 1,85 m e 85 kg segundo as cadernetas de cromos, 1,81 m e 80 kg de acordo com outras fontes – iniciou a carreira no país-natal, mas após 22 golos em 20 jogos pelo Udoji United entrou no futebol europeu pela porta do Rayo Vallecano, então na II Liga Espanhola, durante o verão de 1997, quando tinha apenas 19 anos.
 
Após meio ano sem jogar, mudou-se para o Penafiel no início de 1998. Embora não tivesse marcado qualquer golo nos seis jogos que efetuou pelos durienses na II Liga, todos como suplente utilizado, deu o salto para o Vitória de Setúbal no final da temporada.
 
Na primeira época no Bonfim apenas faturou uma vez em 23 jogos (só três como titular), mas ajudou os sadinos a conseguir o apuramento para a Taça UEFA após um quarto de século de ausência das provas europeias.
 
Apesar da concorrência de Chiquinho Conde conseguiu ser mais utilizado em 1999-00, temporada na qual somou cinco remates certeiros em 29 partidas (22 como titular), a maior parte após Rui Águas ter substituído Carlos Cardoso no comando técnico. Um desses golos foi no tal triunfo sobre a AS Roma orientada por Fabio Capello em Setúbal (1-0), duas semanas depois de os vitorianos terem sido goleados (7-0) na capital italiana. Na mesma época marcou ao Sporting de Augusto Inácio, que se viria a sagrar campeão nacional, numa derrota no Bonfim (1-2). Ainda assim, não conseguiu impedir a despromoção à II Liga.
 
  
 
Após a descida de divisão permaneceu à beira-Sado, tendo correspondido com oito golos em 30 encontros (19 a titular) que ajudaram o Vitória a conseguir o regresso à I Liga, tendo beneficiado com a chegada de Jorge Jesus para o comando técnico.
 
No verão de 2001 transferiu-se para o Gil Vicente, mas não apontou qualquer golo nos 13 jogos que disputou na única época que passou em Barcelos.
 
Em 2002-03 iniciou a temporada no Farense, então na II Liga, mas depois de quatro remates certeiros em 19 partidas mudou-se para os romenos do Rapid Bucareste, pelos quais se sagrou campeão nacional e vencedor da Supertaça da Roménia em 2003.
 
No primeiro semestre de 2004 passou uma última vez pelo futebol português, tendo marcado um golo em oito jogos pelo Feirense na II Liga.
 
Nos anos que se seguiram deu praticamente meia volta ao mundo, tendo passado por sete países de três continentes. A saber: Al-Ahly (Egito), AEP (Chipre), Maccabi Telavive (Israel), Tianjin Teda (China), Gretna (Escócia), PSMS Medan (Indonésia) e Vittoriosa Stars (Malta).
 
 
Terminou a carreira em 2010, aos 33 anos, e há cerca de uma década que tem vindo a trabalhar como treinador na Nigéria.
 






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