quinta-feira, 7 de novembro de 2024

O holandês do nome gigante na origem da demissão de Adriaanse do FC Porto. Quem se lembra de Vennegoor of Hesselink?

Vennegoor of Hesselink assinou pelo Celtic após não rumar ao Dragão
Jan Vennegoor of Hesselink raramente meteu os pés em Portugal, mas esteve na origem da demissão de um treinador do FC Porto ainda durante a pré-época, Co Adriaanse, no verão de 2006.
 
O possante (1,91 m) ponta de lança internacional holandês, que tinha acabado de participar no Mundial da Alemanha e que há quase uma década que apresentava um registo de golos assinalável no campeonato do seu país (315 jogos, 133 golos) com as camisolas de Twente (1996 a 2001) e PSV (2001 a 2006), era um dos alvos do treinador, seu compatriota, para reforçar os dragões.
 
Esse interesse foi assumido publicamente e motivou uma longa novela durante várias semanas. “Ainda não desistimos. Já disse ao presidente: é um achado, porque com Vennegoor of Hesselink não ganhamos um, mas dois jogadores”, chegou a dizer Adriaanse ao De Telegraaf a 18 de julho. O ponta de lança, por sua vez, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola a confessar a sua vontade de ir para o Dragão.
 
Segundo se dizia na altura, o PSV queria uma transferência por 8,5 milhões de euros – com o jogador a receber 20 por cento -, mas os azuis e brancos não foram além de 5,5 milhões.
 
 
No final desse mês, o técnico assumiu que esse alvo já não era possível, mostrou estar descontente e até ironizou: “Está tudo terminado. O avançado que quero já não é de agora, pois há oito meses que digo que preciso de um ponta-de-lança de certas características e por isso falei de Huntelaar. Tem de ser um jogador que jogue bem de cabeça e que venha buscar jogo ao meio-campo. Se tenho nomes? Sim, o Ronaldo, o Ronaldinho e o Van Nistelrooy...”
 
No início de agosto, enquanto Adriaanse ainda queria mais um avançado e até justificou as derrotas com Manchester United e Inter de Milão no Torneio de Amesterdão com a falta de um ponta de lança com as características desejadas, Pinto da Costa afirmou publicamente que o plantel estava fechado.
 
A rutura entre treinador e presidente tornou-se inevitável e o treinador apresentou o pedido de demissão antes da partida para um estágio de pré-temporada em Inglaterra e a cerca de uma semana da disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, diante do Vitória de Setúbal. “Se achasse que ele não tinha capacidade, tinha-o mandado embora. Têm de lhe perguntar a ele, porque eu ainda não sei por que é que ele saiu”, afirmou Pinto da Costa na altura.
 
Com a demissão do holandês, Rui Barros assumiu interinamente o comando técnico antes de chegada de Jesualdo Ferreira. E a primeira decisão da era pós-Adriaanse foi a reintegração de… um avançado, Hélder Postiga.
 
Dois anos depois, o avançado holandês defrontou o FC Porto no Dragão ao serviço dos escoceses do Celtic, num jogo de pré-época, e… marcou.
 
 
Vennegoor of Hesselink, porém, não se resumiu a esse interesse do FC Porto. Foi 19 vezes internacional pelos Países Baixos, tendo ainda marcado presença no Euro 2008, venceu uma taça pelo Twente, três campeonatos e duas taças pelo PSV e dois campeonatos, uma taça e uma taça da liga pelo Celtic.  
 
 






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