Do cântico “vai te pegar” ao beijo a uma desconhecida no meio do trânsito. Recorde Fred
Fred brilhou no Fluminense entre 2009 e 2016 e entre 2020 e 2022
Talvez seja exagerado dizer que Fred
estava para o futebol brasileiro como David Beckham estava para o futebol
mundial, mas a verdade é que o antigo
avançado internacional canarinho era um sex symbol no seu país.
Com tanto ou mais sucesso entre o
género feminino do que entre os centrais adversários (sobretudo os do futebol
europeu…), conseguiu projetar o seu mediatismo para lá do desporto-rei. Durante
a sua primeira passagem pelo Fluminense,
entre 2009 e 2016, e mesmo em jogos da seleção
brasileira, tornou-se normal as mulheres gritarem: “Fred,
vem me pegar.” Já as claques, maioritariamente masculinas, festejavam os golos
do atacante ao som de “O Fred
vai te pegar.” Um cântico personalizado, tal como os sportinguistas entoavam “Se
o Paulinho mostra os dentes, eles até caem”.
Obviamente que sex symbol
não é sex symbol sem uma ou outra polémica à mistura. Houve
inclusivamente um vídeo que se tornou viral, com Fred
a abordar uma jovem numa lambreta enquanto conduzia com dois amigos numa venida
do Rio de Janeiro. O avançado convenceu-a a parar em plena estrada, meteu conversa
e acabou a beijá-la. “O que você faz além de sucesso?”, começou por dizer, no
arranque da abordagem.
O vídeo não mostrou como acabou
aquele encontro, mas pelo meio a rapariga pediu para não ser filmada porque
tinha namorado. A imprensa não perdoou Fred,
que por sua vez considerou que se tratava de uma perseguição. “A Hebe construiu
uma carreira a dar beijinhos a toda a gente, os cantores sertanejos dão
beijinhos nas fãs em palco e nada disso teve a repercussão que o meu beijo
teve. Vocês estão a pegar no meu pé para caramba”, argumentou. O playboy de Teófilo Otoni,
que esteve nas cogitações do
Benfica em janeiro de 2005 e do
FC Porto no verão desse mesmo ano, despontou no América Mineiro e de lá
saiu para o Cruzeiro
em 2004. No verão de 2005 transferiu-se para os franceses do Lyon,
mas após um início promissor caiu de produção e acabou por voltar ao Brasil
para representar Fluminense
(duas passagens), Atlético
Mineiro e novamente Cruzeiro. A veia goleadora exibida no
Brasileirão – foi melhor marcador do campeonato em 2012, 2014 e 2016 –
permitiram-lhe ser o ponta de lança titular do escrete
durante alguns anos, aproveitando uma crise de avançados brasileiro (que ainda
continua…) após as retiradas de Ronaldo, Adriano e Luís Fabiano. Sob a
orientação de Luiz
Felipe Scolari, em
plena final da Taça das Confederações 2013, frente à Espanha, recebeu uma
bola no peito, desequilibrou-se, caiu e já no chão rematou para o primeiro golo
de uma vitória por 3-0. “Já fiz tanta coisa deitado, e coisas boas, só faltava
mesmo fazer um golo”, comentou.
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