segunda-feira, 29 de julho de 2024

Do cântico “vai te pegar” ao beijo a uma desconhecida no meio do trânsito. Recorde Fred

Fred brilhou no Fluminense entre 2009 e 2016 e entre 2020 e 2022
Talvez seja exagerado dizer que Fred estava para o futebol brasileiro como David Beckham estava para o futebol mundial, mas a verdade é que o antigo avançado internacional canarinho era um sex symbol no seu país.
 
Com tanto ou mais sucesso entre o género feminino do que entre os centrais adversários (sobretudo os do futebol europeu…), conseguiu projetar o seu mediatismo para lá do desporto-rei. Durante a sua primeira passagem pelo Fluminense, entre 2009 e 2016, e mesmo em jogos da seleção brasileira, tornou-se normal as mulheres gritarem: “Fred, vem me pegar.” Já as claques, maioritariamente masculinas, festejavam os golos do atacante ao som de “O Fred vai te pegar.” Um cântico personalizado, tal como os sportinguistas entoavam “Se o Paulinho mostra os dentes, eles até caem”.
 
 
 
Obviamente que sex symbol não é sex symbol sem uma ou outra polémica à mistura. Houve inclusivamente um vídeo que se tornou viral, com Fred a abordar uma jovem numa lambreta enquanto conduzia com dois amigos numa venida do Rio de Janeiro. O avançado convenceu-a a parar em plena estrada, meteu conversa e acabou a beijá-la. “O que você faz além de sucesso?”, começou por dizer, no arranque da abordagem.
 
 
O vídeo não mostrou como acabou aquele encontro, mas pelo meio a rapariga pediu para não ser filmada porque tinha namorado. A imprensa não perdoou Fred, que por sua vez considerou que se tratava de uma perseguição. “A Hebe construiu uma carreira a dar beijinhos a toda a gente, os cantores sertanejos dão beijinhos nas fãs em palco e nada disso teve a repercussão que o meu beijo teve. Vocês estão a pegar no meu pé para caramba”, argumentou.
 
O playboy de Teófilo Otoni, que esteve nas cogitações do Benfica em janeiro de 2005 e do FC Porto no verão desse mesmo ano, despontou no América Mineiro e de lá saiu para o Cruzeiro em 2004. No verão de 2005 transferiu-se para os franceses do Lyon, mas após um início promissor caiu de produção e acabou por voltar ao Brasil para representar Fluminense (duas passagens), Atlético Mineiro e novamente Cruzeiro.
 
A veia goleadora exibida no Brasileirão – foi melhor marcador do campeonato em 2012, 2014 e 2016 – permitiram-lhe ser o ponta de lança titular do escrete durante alguns anos, aproveitando uma crise de avançados brasileiro (que ainda continua…) após as retiradas de Ronaldo, Adriano e Luís Fabiano. Sob a orientação de Luiz Felipe Scolari, em plena final da Taça das Confederações 2013, frente à Espanha, recebeu uma bola no peito, desequilibrou-se, caiu e já no chão rematou para o primeiro golo de uma vitória por 3-0. “Já fiz tanta coisa deitado, e coisas boas, só faltava mesmo fazer um golo”, comentou.
 



 
 
  

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