Além disso, é uma figura cómica,
que proferiu pérolas fantásticas, que levadas à letra redimensionariam, por
exemplo, a noção de tempo. “Os jogadores de 33 e 34 anos vão ter 37 e 38 no
próximo Mundial, se não tiverem cuidado”, afirmou, sugerindo, quem sabe, que hábitos
saudáveis pudessem retardar o avançar da idade. Por outro lado, se há quem fale
em vida depois da morte, Keegan introduziu um outro conceito, o de vida antes
do nascimento: “Tenho-me interessado por corridas toda a minha vida, ou até há
mais tempo do que isso.” Noutra ocasião, quando era o
selecionador inglês e tinha a esperança de conquistar o primeiro título europeu
para Inglaterra
no Euro
2000, insinou que o futebol tivesse sido inventado vários séculos antes de
1846, ano em que há os primeiros registos da prática da modalidade: “Inglaterra
pode terminar o milénio como o começou: como a maior nação do mundo em futebol.” Mais recentemente, numa altura em
que desempenhava o papel de comentador e após uma vitória do Real
Madrid na final da Liga
dos Campeões, mexeu com as tradições espanholas, nomeadamente a sesta a
seguir ao almoço, sugerindo que esta fosse, afinal, após o jantar: “Não vai
haver sesta para ninguém hoje à noite em Madrid.” Mas há mais pérolas fantásticas
como: “Luís Figo é totalmente diferente de David Beckham, e vice-versa”; “Inglaterra
tem os melhores adeptos do mundo, mas os da Escócia
são incomparáveis”; “Chile
tem três opções, eles podem ganhar ou podem perder”; “os guarda-redes
atualmente só nascem aos 20 ou aos 30 anos”; “o meu pai era mineiro e trabalhava
numa mina”; “nunca voltarei a jogar em Wembley
a não ser que volte a jogar em Wembley”;
e “a força de Jose Enrique é que ele é muito forte”.
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